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Revista mensal publicada pela Bible Truth Publishers
ÍNDICE
Faithful Words for Young and Old, vol. 13 (adaptado)
W. E. Sibthorpe
W. J. Prost
D. C. Buchanan
As Três Portas H. H. Snell (adaptado) Exortações sobre Pastoreio
R. K. Gorgas
Young Christian, Vol. 19
W. J. Prost
C. E. Lunden
Edward Dennett
H. J. Vine
Pastores
Um pastor deve ser corajoso e gentil. Ele não deve temer nenhum inimigo, e deve sempre atender às necessidades de seu rebanho. E neste duplo caráter, temos certeza de que o Senhor Jesus no céu, o Sumo Pastor das ovelhas, espera que os ‘subpastores’ ajam em favor do rebanho de Deus: por um lado, indo adiante dele – pois o diabo, como um leão que ruge, não está longe, e também há homens perversos que rodeiam por aí sem boas intenções – e, por outro lado, ter uma mente pronta, cheia de amor, gentil e paciente para cuidar dos fracos e tímidos entre o querido povo de Deus.
À noite, as ovelhas se deitam e dormem dentro das paredes protetoras do aprisco. E o pastor? Nos dias de Davi e de nosso Senhor, o pastor colocava as ovelhas para dormir, e então ele se posicionava na entrada, na porta, e passava a noite lá, tendo certeza de que ninguém entraria para prejudicar as ovelhas e nenhuma ovelha sairia para correr perigo. Nosso Pastor nunca cochila nem dorme; Ele cuida de nós noite e dia.
Faithful Words for Young and Old, vol. 13 (adaptado)
O Senhor Nosso Pastor
Salmo 23; João 10:14
O Senhor Se fez e Se faz conhecido a nós de muitas maneiras, todas preciosas para nossa alma, suprindo nossas necessidades temporais e espirituais. Primeiramente Ele Se fez conhecido a nós como nosso Salvador. O conhecimento de Seu amor por nós, que O levou a morrer por nossos pecados na cruz, nos deu muito gozo e nos levou a amá-Lo. Aqueles que creem n'Ele podem ter certeza de ter a vida eterna, de ter o perdão dos pecados, de ser completos e aceitos n'Ele, e podem ter certeza de estar com Cristo para sempre em glória (Jo 10:27-29; Ef 1:6-7).
Esse é um assunto resolvido e é agora, e sempre será, o nosso tema de louvor. Além disso, é abençoado conhecê-Lo e desfrutar d'Ele como nosso Pastor, nos suprindo de Sua plenitude em todas as nossas necessidades e vindo ao nosso encontro em todos os nossos variados estados de alma. Há pelo menos duas coisas notáveis sobre o Senhor como nosso Pastor, e Seus caminhos conosco, “ovelhas da Sua mão”: primeiro, o cuidado amoroso do Pastor por Suas ovelhas; segundo, a presença do Pastor que está com Suas ovelhas em todas as circunstâncias de toda a sua jornada por este mundo até Sua casa com Ele.
O cuidado amoroso do Pastor
Perfeito, gracioso e completo é o cuidado do Pastor. Todos nós somos amados por Ele com um amor eterno, e Ele nos chama de “Minhas ovelhas”; ninguém além d’Ele pode nos chamar assim, e Ele não Se esquece da menor nem da mais fraca. Na verdade, as mais fracas são os objetos especiais de Seu cuidado, pois Ele as reúne com Seu braço, as carrega em Seu seio e gentilmente as conduz (Is 40:11; Jo 10:27, Jo 4:10; Rm 8:28-30). Que confiança n'Ele nos dá ouvir de Seus próprios lábios que Ele conhece nosso nome e vai à nossa frente, enfrentando todos os perigos e todas as provações ao longo do caminho antes de chegarmos a esses perigos e provações.
Ele “chama pelo nome às ovelhas... vai adiante delas” (Jo 10:3-4). Muitas armadilhas que foram colocadas pelo inimigo de nossa alma para nos prender, Ele viu e as afastou de nós. Seu olhar atento detecta muitas armadilhas, e cuidadosamente Ele nos conduz em segurança por entre elas. Em muitos desvios que nos teriam tirado do caminho, Ele nos tem conduzido e nos levou em segurança ao longo do reto e estreito caminho. Tal é o cuidado amoroso e fiel do nosso Pastor por nós.
Com tal Pastor, nada nos faltará. Ele cuida de Suas ovelhas; Ele não as entrega para um mercenário. Nós somos o Seu rebanho, e não o rebanho de qualquer homem. “Deitar-me faz em verdes pastos”. Esses pastos não são um recinto construído sobre as opiniões e doutrinas do homem, pois nem o intelecto e a mente natural, nem a busca de prazeres e passatempos mundanos são verdes pastos.
O Senhor nosso Pastor nos faz deitar onde podemos nos alimentar de Seu amor, Sua graça, Sua bondade e Sua glória, sim, daquilo “que d’Ele se achava em todas as Escrituras”, e que o Espírito Santo Se deleita em nos mostrar, porque somos amados por Ele. É importante prestar atenção às exortações, inspiradas pelo Espírito Santo, dos apóstolos Pedro e Paulo: “desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo” (1 Pe 2:2). “Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4:15-16).
Guia mansamente a águas tranquilas
O lugar onde o Pastor guia Seu rebanho é “mansamente à águas tranquilas”. O Senhor não quer que sejamos infelizes e inquietos; Ele quer que desfrutemos de Sua paz em todas as circunstâncias. Ele disse “Deixo-vos a paz… Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14:27). Nestes tempos perigosos, o quanto precisamos dessa palavra. Que tranquilidade de espírito e que contentamento de mente isso dá para nos apoiarmos confiantemente em Seu amor e cuidado! Nada pode nos separar do Seu amor. E se, por causa das tristezas e da aspereza da jornada no deserto ou por causa do rápido progresso da infidelidade e do mundanismo, nosso espírito caiu em tristeza e ficamos desanimados, vamos nos animar; Ele é suficiente para fazer o coração se regozijar. Ele é o Todo-Poderoso, amoroso, gracioso e terno Pastor. Sua glória não foi nem um pouco maculada. Ele é o Resplendor da Glória Eterna.
“Ele restaura minha alma” (Sl 23:3 – JND), ou melhor, o significado é: “Ele revigora” ou revive “minha alma”; é como um bom tônico para uma pessoa cuja saúde está debilitada; ele a revigora. O Senhor pode fazer isso quando ficamos desanimados, pois Ele revigorou os dois discípulos a caminho de Emaús e restaurou a alma deles. Primeiro, Ele fez isso, tirando tudo o que estava no coração deles e, em seguida, em Seu amor, removendo a desconfiança e eliminando o desânimo deles, ministrando a Palavra e confortando-os, fazendo com que lhes ardesse dentro o coração, enquanto Ele lhes falava no caminho (Lc 24).
Temos outro exemplo disso quando Paulo foi preso na fortaleza e, na quietude da noite, o Senhor aproximou-Se dele e disse: “Paulo, tem ânimo! Porque, como de Mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma” (At 23:11).
Ocupar-nos com nossas circunstâncias não nos revigorará, porque elas são variáveis; nem podemos nos voltar para nós mesmos: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum”; e o coração, o Senhor nos disse, é “enganoso... mais do que todas as coisas, e perverso” (Jr 17:9). Embora todas as coisas, tanto os fundamentos da Terra e “os céus... perecerão” e “como uma veste, envelhecerão”, o Senhor nosso Pastor é o Deus eterno e imutável.
A segunda coisa que notamos é:
A presença do Pastor
“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a Tua vara e o Teu cajado me consolam” (Sl 23:4). Teme-se que muitos crentes não cheguem a esse vale, no qual a presença consciente do Senhor é percebida e desfrutada, até à morte, mas deveríamos perceber, e se continuarmos em comunhão diária com Ele, descobriremos que este mundo é o vale da sombra da morte. Nada pode afetar a nossa posição em Cristo; mesmo o nosso estado de alma nunca pode afetar a nossa posição. Mas devemos viver de acordo com a nossa posição. Que sejamos mais parecidos com Cristo e com menos mentalidade terrenal. Muitas vezes, é somente quando um santo tem que deixar a Terra que o mundo é abandonado. É um privilégio glorioso, bem como uma responsabilidade abençoada, como santos de Deus, nos considerar mortos com Cristo, como somos aos olhos de Deus; isso nos separaria completamente do mundo, como se estivéssemos mortos para ele. Então ele seria para nós o vale da sombra da morte. Mas teremos Sua presença conosco e poderemos dizer: “Não temerei mal algum”. Essa é a expressão confiante de quem percebe a presença sustentadora do Pastor.
Estamos aos olhos de Deus mortos e ressuscitados com Cristo, como se tivéssemos saído deste mundo completamente, e somos deixados para viver aqui na Terra como um povo celestial esperando para ser levado para o céu onde Cristo está. Este mundo é como uma estalagem para o crente, para permanecer como um peregrino e um estrangeiro por um breve tempo, ao término do qual o Pastor o levará para Sua casa, que é a nossa morada eterna. Enquanto isso, temos Sua presença conosco, pois Ele nunca nos deixará nem nos abandonará. Não precisamos temer, pois “a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida”.
W. E. Sibthorpe
O Bom, Grande e Sumo Pastor
“Pastoreia as Minhas ovelhas” (Jo 21:16 – ARA). O Senhor Jesus tinha ressuscitado dentre os mortos e agora está instruindo Pedro. Essas palavras vieram d'Aquele que é nosso Exemplo supremo e foram ditas a alguém que tinha acabado de falhar de maneira notória em não seguir seu Senhor. Mas o Senhor poderia usar Pedro e, em várias passagens, encontramos orientação para o papel de pastor, pois também somos encorajados a cuidar de Suas ovelhas.
No Novo Testamento, o Senhor Jesus é mencionado como o Pastor de três maneiras diferentes – como o Bom Pastor, o Grande Pastor e o Sumo Pastor. Cada um deles traz um pensamento distinto diante de nós, enquanto cada um também nos dá um exemplo de uma maneira diferente. Gostaria de olhar para esses três caracteres do Senhor Jesus como Pastor, para que possamos ver Sua perfeição em cada papel, mas também ver como cada um é um exemplo para nós a buscar cuidar dos outros.
O Bom Pastor
Em João 10:11, o Senhor Jesus diz: “Eu Sou o bom Pastor: o bom Pastor dá a Sua vida pelas ovelhas”. No momento em que Ele diz isso, o Senhor Jesus tinha sido rejeitado. Podemos dizer que em João 7 Suas palavras foram rejeitadas, em João 8 Sua Pessoa foi rejeitada, enquanto em João 9 Suas obras foram rejeitadas. Mas então vemos que Deus vai ter Suas ovelhas apesar de tudo. Isso só pode acontecer se o Bom Pastor der Sua vida pelas ovelhas, a fim de que elas possam ser Suas. Não havia outra maneira. Davi arriscou sua vida para salvar as ovelhas do leão e do urso, mas o Senhor Jesus deve dar a vida para que as ovelhas sejam salvas. Que preço Ele pagou por elas!
No Velho Testamento, vemos esse caráter do Senhor Jesus no Salmo 22, onde Seus sofrimentos são retratados mais como vindos das mãos de Deus, pois são esses sofrimentos que tiram nossos pecados. Seu clamor no versículo 1 ficou sem resposta, pois o pecado estava em questão, e Deus não podia olhar para o pecado. E qual é a consequência? Nada além de bênção, demonstrada em toda a última parte do salmo, do versículo 22 até o fim. Assim é com o Bom Pastor. Se Ele dá Sua vida pelas ovelhas, não há nada além de bênção para elas.
É evidente que nós, como seres criados, nunca podemos assumir o sofrimento por outro com o pensamento de expiar o pecado. Não, nosso Senhor Jesus estava Sozinho nisso. No entanto, lemos que “nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 Jo 3:16 – ARA). Se seguirmos os passos de nosso Senhor e Salvador, responderemos ao Seu supremo sacrifício estando dispostos a dar a vida por aqueles que são tão preciosos para Ele – Suas ovelhas. Isso pode não significar realmente ir à morte, mas ao desistir de nossas próprias ambições e desejos para ser uma ajuda ao povo de Deus, podemos, nesse sentido, dar nossa vida. “E quem, neste mundo, aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna” (Jo 12:25). Para ganhar uma recompensa para a eternidade, Deus nos chama a desistir de nossa vida aqui embaixo, a fim de viver para Ele.
O Grande Pastor
Então, em Hebreus 13:20-21 (ARA), lemos: “Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos [dentre os – ARA] mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas, vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a Sua vontade, operando em vós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus”. O Senhor Jesus é o Grande Pastor em ressurreição, pois Ele triunfou sobre a morte, Satanás e o pecado. Como tal, Ele trouxe o “concerto eterno” pelo qual Deus pode abençoar o homem em graça, em oposição ao Velho Concerto, que se baseava no que o homem deveria ter feito. Agora Deus pode sair em graça, numa base totalmente nova, pois Cristo morreu e ressuscitou.
Esse caráter do Senhor Jesus influencia a nossa caminhada, pois Deus agora pode trabalhar em nosso coração para “cumprir a Sua vontade” e trabalhar “o que perante Ele é agradável”. Não havia poder para o homem fazer a vontade de Deus sob o antigo concerto, mas agora Deus lhe deu nova vida em Cristo. Agora, o crente é habitado pelo Espírito Santo e tem, como seu Objeto, um Cristo ressuscitado em glória. Com um Objeto em glória e o Espírito aqui embaixo, o crente tem poder para agradar ao Senhor no seu andar. Todo o poder que ressuscitou Cristo dentre os mortos é nosso, para nos capacitar a andar diante do Senhor neste mundo.
Vemos esse caráter do Senhor Jesus ilustrado no Salmo 23 – provavelmente o mais conhecido de todos os salmos. Seu cuidado por nós nos leva por todo o caminho por este mundo, suprindo nossas necessidades, alimentando-nos, restaurando-nos, mantendo-nos no vale da sombra da morte e terminando em glória. É como o Grande Pastor que Ele pode ser chamado de “o Pastor para todo o caminho até o lar”, pois Ele nunca descansará até que estejamos em segurança com Ele em glória. Ele não nos salva apenas e depois nos deixa para encontrar nosso próprio caminho neste mundo. Em vez disso, Ele cuida de nós em todos os sentidos, capacitando-nos a trilhar um caminho que é agradável aos Seus olhos.
Que exemplo para nós como pastores! Pode haver apenas um “Grande Pastor”, mas todos nós podemos estar envolvidos em alimentar as ovelhas, conduzi-las por águas calmas, buscando restaurá-las, se necessário, e confortando-as em circunstâncias difíceis; todas essas coisas também podemos fazer, no espírito do Grande Pastor.
O Sumo Pastor
Finalmente, em 1 Pedro 5:4, lemos: “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória”. Se o Senhor Jesus é o Sumo Pastor, então segue-se que existem ‘subpastores’. Este capítulo em 1 Pedro nos mostra o caráter que o Senhor procura nesses ‘subpastores’. Eles devem servir ao rebanho de Deus voluntariamente, não por dinheiro ou como dominadores, mas sim liderando pelo exemplo. Presbíteros e anciãos são necessários para o rebanho de Deus, mas há uma maneira correta para eles realizarem o serviço deles. Pedro nos mostra isso e também nos diz que uma recompensa será oferecida “quando o Sumo Pastor aparecer”.
O pastoreio é muitas vezes um trabalho sem reconhecimento neste mundo, feito em sua maior parte nos bastidores e, em muitos casos, não apreciado nem mesmo pelas ovelhas. Evangelizar e ensinar também envolve trabalho, mas esses dons estão muito mais vistos pelo público. Por essa razão, creio eu, a referência a uma recompensa especial para encorajar o pastor. A coroa de glória mais do que compensará todo o esforço gasto em favor das ovelhas de Deus. Temos o mesmo espírito no bom samaritano, que disse ao hospedeiro da estalagem: “Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar” (Lc 10:35). Que recompensa maravilhosa será receber essa coroa de glória!
O Sumo Pastor é retratado para nós no Salmo 24. Lá vemos o Senhor Jesus profeticamente retratado em glória. Não mais desprezado e rejeitado, Ele é aclamado como o dono do “mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24:1). Naquele dia, ninguém será capaz de se aproximar d'Ele sem estar “limpo de mãos e puro de coração” (v. 4). O Senhor será “forte e poderoso… poderoso na guerra” (v. 8), e todo o mundo verá a Sua glória. Aqueles que foram fiéis como ‘subpastores’ no dia de Sua rejeição verão essa glória e a compartilharão com Ele.
O pastoreio é um serviço muito necessário, mas multifacetado. Devemos estar dispostos a deixar de lado nossas próprias vontades e olhar para o nosso Exemplo perfeito nesses três carácteres como Pastor. Então Ele pode nos usar para cuidar das ovelhas pelas quais Ele morreu.
W. J. Prost
O Pastor Entra pela Porta
Em João 10, temos um ministério maravilhoso sobre pastoreio que é ensinado e demonstrado pelo Pastor de todos os pastores. A primeira coisa que nos é dito é que aquele que entra pela “porta” é “o pastor das ovelhas”. Essa é a maneira apropriada de se aproximar das ovelhas. Aqueles que não entram pela porta são “ladrões e salteadores”. Subir pelo muro é a indicação de que tal pessoa não é o pastor. Para ser um pastor, a primeira coisa necessária é tratar de conhecer as ovelhas, e que as ovelhas conheçam o pastor. É somente depois de conhecer o pastor é que as ovelhas o seguirão, e somente depois de o pastor conhecer as ovelhas é que ele será capaz de liderá-las. O Senhor Jesus veio onde estavam as ovelhas: “Ele veio para os Seus” (Jo 1:11); Ele veio para conhecer as ovelhas, como Ele diz: “Conheço as Minhas ovelhas”, e as ovelhas vieram para conhecê-Lo, como Ele diz, “e das Minhas Sou conhecido” (Jo 10:14). Que experiência Ele passou enquanto vivia na Terra fazendo isso! Ele, sendo sempre Santo e sem pecado, veio a aprender “a obediência pelas coisas que padeceu” (Hb 5:8). Ele aprendeu por experiência própria o que era ser Homem e conhecer as necessidades e sentimentos de todos ao Seu redor. Há um grande significado para aquele que entra pela porta do aprisco (curral); esse é o ponto de partida de como ser um bom pastor.
Moisés aprendeu esta lição enquanto cuidava de ovelhas. Foi por 40 anos que ele aprendeu a lição depois de perceber seu próprio fracasso em cuidar dos irmãos no Egito. Seu primeiro esforço para ajudar seus irmãos terminou em desastre. Mas esse primeiro fracasso não o desqualificou para sempre. O Senhor transformou as circunstâncias resultantes em um meio de ensiná-lo a se familiarizar com as ovelhas, aprender a conhecê-las e ensiná-lo a cuidar delas. Então, depois, Moisés foi capacitado a fazer o mesmo com seus irmãos – as ovelhas de Israel. Ele fez isso por 40 anos com apenas um fracasso principal. Não vamos desistir de cuidar uns dos outros por causa dos fracassos, mas sim aprender a conhecer melhor uns aos outros por meio dessas experiências e, assim, fazê-lo melhor depois.
O porteiro
Em seguida, em João 10, temos o papel do porteiro. Ele guarda as ovelhas enquanto elas estão no aprisco. Isso é para protegê-las durante a noite em suas paredes fechadas. As ovelhas precisam de proteção contra adversários; elas não são capazes de se defender. O porteiro serve enquanto as ovelhas estão no curral. Então, durante o dia, quando o pastor vem, as ovelhas são levadas pelo pastor para o pasto aberto. Um porteiro só permite o pastor designado (aquele qualificado para cuidar bem das ovelhas) a levar as ovelhas para o campo aberto. O Senhor Jesus desde o início de Seu ministério em Israel demonstrou esse cuidado de Pastor para com aqueles ao Seu redor, mesmo em Seu último ato, quando Ele entregou o cuidado de Sua mãe a João (Jo 19:27). Somente Ele era o Fiel como Pastor, e agora, como o Sumo Pastor, Ele, por meio da comissão a Pedro, diz a todos nós: “apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe 5:2-3).
A causa
Muito pode ser aprendido sobre pastoreio, conforme nos é apresentado na vida de Davi. Ele teve que passar por vários anos de espera antes de ser autorizado a servir como rei de Israel. Quando ele finalmente se tornou rei, já havia aprendido a ser um pastor. Não podemos dizer que é evidente na história dele que o Porteiro não permitiu que ele assumisse as ovelhas imediatamente. Ele teve que aprender a cuidar das ovelhas de Israel primeiro. Vemos esse processo da aprendizagem do pastoreio avançar, do cuidado de ovelhas para o cuidado de pessoas, quando ele foi enviado por seu pai para levar suprimentos e procurar seus irmãos. Ele obedeceu diligentemente a seu pai, como diz que ele “deixou as ovelhas a um guarda, e carregou-se, e partiu, como Jessé lhe ordenara”. Além disso, quando ele chegou ao local, o teste foi mais difícil, pois ele estava lidando com mal-entendidos e falsas acusações. Seu irmão mais velho disse: “Por que desceste até aqui? E a quem deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção e a maldade do teu coração, que desceste para ver a peleja” (1 Sm 17:28). A resposta de Davi não foi em defesa de si mesmo, mas ele apenas se referiu à “razão” pela qual veio. Havia uma razão. E às vezes cantamos:
“Que razão maravilhosa poderia mover Teu coração
Para tomar sobre Ti nossa maldição e esperteza,
Sabendo bem que iríamos ser
Tão frios, tão negligentes Contigo?
A razão foi o amor – nos dobramos de vergonha
Diante do nome do nosso bendito Jesus,
Ele que teve que sangrar e sofrer assim,
Porque Ele nos amou e teve compaixão de nós.
Hino 85 do apêndice do Hinário Little Flock
Mudança de coração
O tempo de aprendizado deveria ser prolongado e a perseguição contra Davi intensificada. O rei Saul tentou matá-lo e foi forçado a fugir. Tornou-se um fugitivo faminto e cansado. Naquele tempo, Nabal, com a sua abundância, recusou-se a dar comida aos homens de Davi. Isso provocou Davi a se levantar em vingança contra a injustiça de Nabal. No entanto, este não era o momento para Davi corrigir a injustiça; ele ainda não havia recebido esse papel. A lição a ser aprendida neste momento era sobre como pastorear as ovelhas de Israel. O Senhor usou Abigail, uma mulher prudente, para ensinar a Davi esta bela lição. Ela enviou comida para os homens famintos e carentes e suplicou a Davi. “Perdoa, pois, à tua serva esta transgressão, porque certamente fará o SENHOR casa firme a meu senhor, porque meu senhor guerreia as guerras do SENHOR, e não se tem achado mal em ti por todos os teus dias” (1 Sm 25:28). O coração de Davi foi mudado. Ele tomou isso vindo do Senhor e respondeu: “Bendito o SENHOR, Deus de Israel, que, hoje, te enviou ao meu encontro. Bendita seja a tua prudência, e bendita sejas tu mesma, que hoje me tolheste de derramar sangue e de que por minha própria mão me vingasse” (vs. 32-33 – ARA). Davi seria um rei melhor agora que havia aprendido com a experiência. O capítulo seguinte nos ensina outras lições que Davi aprendeu, mas passamos para uma história notável perto do fim da vida de Davi, que mostrou como é um bom pastor.
Intercessão
Quando Israel pecou a ponto de o Senhor permitir que Davi contasse o povo sem pagar o dinheiro da redenção, o anjo do Senhor começou uma praga de destruição. Naquela época, o verdadeiro coração de pastor de Davi se manifestou. Ele intercedeu junto a Deus, dizendo: “Não sou eu o que disse que se contasse o povo? E eu mesmo sou o que pequei e fiz muito mal; mas estas ovelhas que fizeram? Ah! SENHOR, meu Deus, seja a Tua mão contra mim e contra a casa de meu pai e não para castigo de Teu povo” (1 Cr 21:17). Que grande demonstração de amor e cuidado! Isso é o que nosso Senhor fez por nós como o Bom Pastor, dando a Sua vida por nós. Que Exemplo para nós fazermos um pelo outro! “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1 Jo 3:16 – ARA).
Em Ezequiel 34, temos muitos ensinamentos morais sobre pastoreio como uma profecia de um dia futuro. O exemplo de Davi é mencionado. “Portanto livrarei as Minhas ovelhas, para que não sirvam mais de rapina, e julgarei entre ovelhas e ovelhas. E suscitarei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará; o Meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor. E Eu, o SENHOR, lhes serei por Deus, e o Meu servo Davi será príncipe no meio delas; Eu, o SENHOR, o disse” (Ez 34:22-24 – ACF). Vemos nesses versículos que Davi é mencionado primeiro como sendo um pastor sobre eles, e depois um príncipe. Essa é a ordem, que foi perfeitamente seguida por nosso Senhor, que veio primeiro como Pastor, chegando ao ponto de dar Sua vida por nós. Só então Ele assume o papel de Rei. Que o Senhor nos ensine a nos tornarmos melhores pastores enquanto esperamos servindo até a Sua vinda em breve.
D. C. Buchanan
As Três Portas
Para entender o discurso de nosso Senhor em João 10, devemos considerar as circunstâncias em que foi proferido e também distinguir entre as três portas mencionadas.
No capítulo anterior, o Senhor deu visão a um homem que nasceu cego. Quando o Senhor ouviu que o homem havia sido expulso da sinagoga, Ele o encontrou e Se revelou a ele como o Filho de Deus. Ele era evidentemente uma das ovelhas de Cristo e ouviu Sua voz. Foi nessas circunstâncias que nosso Senhor proferiu este discurso penetrante do Pastor e das ovelhas.
A porta para o aprisco
A primeira porta, então, para a qual nosso Senhor chama a atenção é A Porta para o Aprisco. Os governantes e mestres farisaicos estavam no aprisco – a nação judaica – mas não haviam entrado nele pelo caminho divinamente designado. Em vez de entrar pela porta, eles subiram ao aprisco de alguma outra maneira. Eles não eram credenciados por Deus.
Por esta porta, nosso Senhor entrou, e o porteiro abriu para Ele, porque Ele trouxe todas as credenciais pertencentes ao Pastor de Israel, o verdadeiro Pastor das ovelhas. Os profetas há muito tempo haviam marcado Suas características. Moisés escreveu sobre Ele como “O Pastor, a Pedra de Israel” (Gn 49:24), e disse ao povo: “O Senhor, vosso Deus, vos levantará dentre vossos irmãos um profeta como eu; a Ele ouvireis” (At 7:37). Além disso, somos informados de que Suas “origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5:2). Homens sábios anunciaram Sua vinda ao mundo, como Sua estrela nos céus os havia guiado. O anjo do Senhor visitou os pastores e anunciou as boas novas, dizendo: “na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2:11). Mas cabia a João anunciá-Lo publicamente como o Filho de Deus e o Cordeiro de Deus. Assim, o Homem Cristo Jesus trouxe todas as provas com Ele de que Ele era o Pastor de Jeová, e para Ele o porteiro abriu. Além disso, Ele chamou Suas próprias ovelhas pelo nome; seja Mateus, Maria Madalena, uma adúltera samaritana ou pescadores diligentes, aqueles a quem Ele chamou ouviram Sua voz e O seguiram. Ele amava Suas ovelhas e, no mais puro amor, deu voluntariamente Sua vida por elas, pois Seu propósito era reuni-las em um só rebanho (Jo 10:16). Assim, vemos claramente que Ele entrou no aprisco pela porta e que manifestou de todas as maneiras que Ele era “o Pastor das ovelhas”.
A porta das ovelhas
A segunda porta mencionada neste belo discurso é A Porta das Ovelhas – O próprio Cristo, a porta pela qual as ovelhas seriam levadas para fora do judaísmo, pois o Pastor das ovelhas não apenas “chama Suas próprias ovelhas pelo nome”, mas “as traz para fora” (v. 3).
É muito importante ver isso claramente. É-nos dito que Jesus veio para os Seus (Sua nação amada), e os Seus não O receberam, pois eles se afastaram terrivelmente de Deus. Embora eles defendessem a observância exterior da lei, eles se esqueceram tanto de Deus que isso se tornou uma mera formalidade. A nação havia sido entregue aos gentios, no desagrado governamental de Deus, por causa de seus pecados. Portanto, não encontramos nosso Senhor restabelecendo o judaísmo; em vez disso, Ele as conduziu Consigo, individualmente, para fora das coisas corruptas. Quando conhecem a Cristo e foram associados a Ele, e sabendo que Ele “tira para fora as Suas ovelhas” e “vai adiante delas”, foram constrangidos a segui-Lo. Cristo não é apenas o Bom Pastor, mas “a Porta das ovelhas” – a Porta pela qual as ovelhas foram tiradas de um judaísmo corrompido, por meio de Seu chamado para Si.
No início da história de Israel, quando o nome de Jeová foi desonrado pelo pecado do bezerro de ouro, descobrimos que “tomou Moisés a tenda, e a estendeu para si fora do arraial… e aconteceu que todo aquele que buscava o SENHOR saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial” (Êx 33:7). Assim, vemos que Moisés conduziu os fiéis PARA FORA.
Novamente vemos nas epístolas que nos últimos dias, quando a profissão do Cristianismo estaria associada a todos os tipos de mal e “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”, o caminho dos fiéis está claramente marcado: “Destes afasta-te”(2 Tm 3:1-5). Em outros lugares, os fiéis são ordenados a sair “pois, a Ele (a Cristo) fora do arraial, levando o Seu vitupério” (Hb 13:13). Na última epístola que Paulo escreveu, ele contempla a terrível corrupção e o afastamento da verdade, e apela aos santos por fidelidade individual ao Senhor. Ele os exorta a se separarem do mal. “De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, [se alguém tiver se purificado a si mesmo desses (vasos), em se separando a si mesmo deles – JND] será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra” (2 Tm 2:21). Essas e outras passagens mostram que, quando o mal e a corrupção entrarem, os fiéis devem se purificar disso. Nisso, o Senhor é “a Porta das ovelhas”, bem como seu Líder. Portanto, ninguém pode estar em uma posição correta aqui sem ter comunhão pessoal com o Senhor – a Porta das ovelhas – e estar sujeito à orientação de Sua Palavra e Espírito. Dificuldades e incertezas logo são removidas quando as almas realmente se colocam diante do Senhor e estão dispostas a serem guiadas por Ele. O Senhor é o Líder, a Porta e o Objeto para aqueles que vão a Ele, e podemos ter certeza de que Sua presença e bênção especiais estarão fora daquilo que os homens tentam credenciar com o nome de Cristo, mas que é corrupto e mau. Assim, vemos que Cristo sendo a Porta das ovelhas para tirar os Seus do judaísmo corrompido está de acordo com um princípio divino de ação, que é igualmente obrigatório nestes dias de Cristianismo corrompido. O caminho dos fiéis agora é certamente sair daquilo que desonra Seu nome, e encontrar ali Sua presença e Sua bênção. Felizes, de fato, são aqueles que sabem o que é estar diante do Senhor, o que é ser conduzido por Ele e estar fora com Ele, separados de tudo o que desonra Seu nome.
A porta da salvação
A terceira porta mencionada por nosso Senhor neste discurso é A Porta da Salvação. Ele disse: “Eu Sou a Porta; se alguém entrar por Mim, será salvo” (Jo 10:9 – ARA). Essa Porta é Cristo. Assim, o Senhor Se apresentou como o único Caminho da salvação, e a porta está totalmente aberta agora, não apenas para os judeus, mas também para os gentios. Observe, Ele é “a Porta”; não há outra. Não é uma passagem longa, sombria e tortuosa, mas uma porta, e sabemos que para entrar em uma porta, é necessário apenas um passo. Uma pessoa que está do lado de fora da porta dá um passo, e está dentro; ela entrou. E assim, a alma que agora crê no testemunho de Deus da verdade da salvação somente por Cristo, entra imediatamente na presença de Deus por fé, por meio de Jesus, o Salvador. A salvação, então, é somente por Cristo. Ninguém que o deseje está excluído dessa maravilhosa bênção, pois está aberta a qualquer “alguém”. “Se alguém entrar por Mim, será salvo”. Tendo recebido Jesus como a Porta e tendo entrado por fé, ele tem direito à salvação – salvação dos pecados, da condenação, da ira, do inferno; ele é salvo com uma salvação eterna. Quando alguém conhece assim a bem-aventurança de ter entrado pela “Porta”, aceitando o Senhor em Sua Palavra, ele é um filho de Deus por fé em Cristo Jesus. Ele conhece o Bom Pastor, tendo ouvido Sua voz e estando disposto a ser guiado por Ele, ele é realmente abençoado.
Por fim, observe que o tal “entrará, e sairá, e achará pastagens”. Ele pode entrar na presença de Deus dentro do véu e encontrar força e conforto lá, onde está o Bom, Grande e Sumo Pastor. Ele também pode sair no serviço do Senhor e encontrar Sua presença e bênção ao procurar alimentar e refrescar Suas ovelhas e cordeiros, de acordo com aquela palavra: “e o que regar também será regado” (Pv 11:25).
H. H. Snell (adaptado)
Exortações sobre Pastoreio
“A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As Minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as Minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da Terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque” (Ez 34:4-6).
Essa passagem é muito indagadora. Onde, amados companheiros servos de Cristo, estão os pastores hoje? Como as ovelhas de Cristo têm sido tratadas?
Nossa passagem apresenta um caso em que aprendemos a partir de aspectos negativos. Que possamos permitir que a sua exortação estimule o nosso coração! É óbvio que os pastores de Israel não fizeram o que deveria ter sido feito. Vamos considerar brevemente cada uma das acusações do Espírito Santo.
“A fraca não fortalecestes”
É interessante que esta seja a primeira necessidade considerada. Os fracos entre nós precisam de atenção, irmãos. Eles precisam ser fortalecidos, apoiados e sustentados (At 20:28; 1 Ts 5:14). Não há, em vez disso, a infeliz tendência de desprezar e negligenciar os fracos?
“E a doente não curastes”
Estamos alertas para sinais de doença espiritual nas ovelhas do Senhor? Quão importante é o ministério de cura que administra o remédio certo em tais casos! A doença espiritual tem sinais, assim como a doença física. A indiferença, a febre e um caminhar debilitado são todos avisos de doença. Quão abençoado é um ministério de cura em tais casos! Em alguns círculos, há muita ênfase hoje na cura física, mas pouco cuidado com a doença espiritual, que é muito mais séria.
“E a quebrada não ligastes”
Oh, as preciosas ovelhas que foram quebradas! Saúde, problemas familiares, problemas na assembleia: Reconhecemos as feridas e procuramos curá-las?
“A desgarrada não tornastes a trazer”
É um fato solene, amados, que afugentamos algumas das ovelhas do Senhor. Oh, eles não deveriam ter ido embora, mas entendemos e sentimos por aqueles que foram afugentados? Quão abençoado é buscar e trazer de volta tais ovelhas! Receio que nossa tendência seja ´desprezá-las e citar em nossas passagens de defesa, como: “tornem-se eles para ti; mas não voltes tu para eles”, ou: “saíram de nós, mas não eram de nós”. Em ambos os casos, a Escritura é grosseiramente mal interpretada.
“E a perdida não buscastes”
Quantas ovelhas de Deus se perderam na confusão que caracteriza a Cristandade hoje! Fica claro nessa passagem que essas queridas ovelhas devem ser procuradas, não evitadas. Não falo, é claro, daqueles que lideram os movimentos de afastamento, mas sim daquelas ovelhas que foram levadas. Um pastor com o amor e o coração de Cristo receberá discernimento divino para diferenciar isso.
“Mas dominais sobre elas com rigor e dureza”
Sinto a vergonha dessa afirmação. Elas são Seus tesouros e devem ser tratadas com aquela mesma ternura que Ele sempre mostra aos Seus. Não há lugar para aspereza ou rigor no manejo de Suas ovelhas.
Há muitos anos, o meu sogro me acompanhou numa viagem de negócios de Genebra a Zurique, na Suíça. Procuramos um irmão lá que eu conhecia desde a minha juventude; ele era um verdadeiro pastor das ovelhas do Senhor. Enquanto o visitávamos, vi pendurada sobre sua mesa uma pintura de ovelhas com um pastor. Ele me disse que era para lembrá-lo de quão preciosas as ovelhas são para Cristo.
Uma outra passagem vem à mente, novamente ensinando a partir de aspectos negativos. Zacarias 11:16 dá uma consideração adicional: “Nem apascentará a sã”
É tocante notar que, com todos os problemas das ovelhas fracas, doentes, quebradas, perdidas e afastadas, Deus nos lembra da necessidade vital de alimentar e cuidar das ovelhas saudáveis – aquelas que estão ainda em pé.
Que Deus ajude aqueles que são ‘subpastores’, a quem o cuidado de Suas ovelhas foi confiado, a cumprir essa responsabilidade fielmente e com amor genuíno por Cristo e Suas queridas ovelhas.
“E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória” (1 Pe 5:4).
“Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós” (1 Pe 5:2).
R. K. Gorgas
Voltemos Agora
E observe a força das palavras “voltemos agora” (At 15:36 – TB). Não importa quantas vezes você esteve lá antes. Pode ser uma, duas ou três vezes. A questão não é essa. “Voltemos agora” é o lema do coração pastoral, pois há sempre uma demanda pelo trabalho pastoral. As questões estão sempre surgindo nos vários lugares em que a “Palavra do Senhor” foi pregada e recebida, exigindo o trabalho do pastor divinamente qualificado.
Nenhuma linguagem humana poderia estabelecer adequadamente o valor e a importância do verdadeiro trabalho pastoral. Quem dera houvesse mais disso entre nós! Muitas vezes corta pela raiz males que podem crescer a proporções terríveis. Isso é verdade de uma maneira especial neste dia de escassez espiritual. Há uma imensa necessidade – uma exigência para o evangelista, de pensar “nas regiões além” – uma exigência para o pastor voltar “agora para visitar os irmãos por todas as cidades” em que “a Palavra do Senhor” foi pregada, “para ver como passam”.
Você possui algo de um coração pastoral? Em caso afirmativo, pense nessas palavras abrangentes: “voltemos agora”. Você tem agido de acordo com isso? Você tem pensado em seus irmãos – naqueles “que receberam fé igualmente preciosa” (JND) – naqueles que, ao receber “a Palavra do Senhor”, se tornaram irmãos espirituais? Seus interesses e empatias estão envolvidos em favor de “todas as cidades” nas quais um elo espiritual foi formado com a Cabeça acima?
Alimentar Minhas ovelhas
Oh, como o coração anseia por uma maior exibição de zelo santo e energia, de devoção individual e independente – independente, quero dizer, não da comunhão do verdadeiramente espiritual, mas de toda influência que tenderia a obstruir e impedir aquele serviço elevado ao qual cada um é distintamente chamado, em responsabilidade para com o Mestre somente.
Vamos tomar cuidado com a máquina pesada da rotina religiosa e da falsa ordem. Tenhamos cuidado, também, com a indolência, com o amor ao conforto pessoal, com uma falsa economia, que nos levaria a atribuir uma importância indevida à questão da despesa. A prata e o ouro são do Senhor, e Suas ovelhas são muito mais preciosas para Ele do que a prata e o ouro. As palavras d'Ele são: “Amas-Me? Apascenta as Minhas ovelhas”
Se apenas houver o coração para fazer isso, os recursos nunca faltarão. Quantas vezes podemos nos encontrar gastando dinheiro, desnecessariamente, na mesa, no guarda-roupa e na biblioteca, o que seria amplamente suficiente para nos levar para “os lugares que estão além”, para pregar o evangelho ou para “todas as cidades”, a fim de “visitar os irmãos”!
Que o Senhor nos conceda um sincero espírito abnegado, um coração dedicado a Ele e ao Seu serviço santíssimo, e um verdadeiro desejo pela propagação de Seu evangelho e pela prosperidade espiritual de Seu povo.
Os interesses de Cristo
Que o tempo passado de nossa vida seja suficiente para termos vivido e trabalhado por nós mesmos e por nossos interesses, e que o tempo vindouro seja dado a Cristo e Seus interesses. Não permitamos que nosso coração traiçoeiro nos engane por raciocínios plausíveis sobre reivindicações domésticas, comerciais ou outras. Tudo isso deve ser rigorosamente atendido, sem dúvida. Uma mente bem regulada nunca oferecerá a Deus um sacrifício decorrente da negligência de qualquer justa reivindicação. Se eu estiver à frente de uma família, as reivindicações dessa família devem ser devidamente respondidas. Se eu estiver à frente de uma empresa, as reivindicações dessa empresa devem ser devidamente atendidas. Se sou um empregado contratado, devo cuidar do meu trabalho. Falhar em qualquer uma dessas coisas seria desonrar o Senhor, em vez de servi-Lo.
Os lugares que estão além
Mas, permitindo a maior margem possível para todas as justas reivindicações, vamos perguntar: estamos fazendo tudo o que podemos para “os lugares que estão além” e para “visitar os irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor”? Não houve um culpado abandono de ambos os trabalhos, do evangelístico e do pastoral? Não permitimos que laços domésticos e comerciais atuem indevidamente sobre nós? Qual foi o resultado? O que ganhamos? Os nossos filhos acabaram bem e os nossos interesses comerciais prosperaram? Não aconteceu muitas vezes que, onde a obra do Senhor foi negligenciada, as crianças cresceram em descuido e mundanismo? E quanto aos negócios, não trabalhamos muitas vezes a noite toda e nos deparamos com uma rede vazia pela manhã?
Por outro lado, onde a família e as circunstâncias foram deixadas, com genuína confiança, nas mãos do Senhor, elas não foram muito mais bem cuidadas? Que essas coisas sejam profundamente ponderadas, com um coração honesto e um olhar simples, e teremos a certeza de chegar a conclusões corretas.
Para ver como estão
Observe a plenitude da expressão: “para ver como estão”. Quanto está envolvido nessas palavras! “Como estão”, pública, social e particularmente. “Como estão”, na doutrina, na associação, no andar. “Como estão”, espiritual e moralmente. Em uma palavra, “como estão”, em todos os sentidos.
Lembremo-nos sempre de que “ver como nossos irmãos estão” nunca deve se transformar em um espírito intrometido, curioso, fofoqueiro e bisbilhoteiro – um espírito que fere e não cura, que se intromete e não conserta. A todos os que nos visitam com um espírito como este, devemos, com certeza, dizer: “fiquem longe daqui”.
Mas, para todos os que queiram agir conforme Atos 15:36, desejamos dizer: “Nossas mãos, nosso coração, nossa casa estão bem abertos; entrem, benditos do Senhor. ‘Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa e ficai ali’.” Ó Senhor, tenha o prazer de levantar evangelistas para visitar “os lugares que estão além”; e pastores para visitar, repetidas vezes, “os irmãos por todas as cidades”.
“Amas-me? Alimenta os Meus cordeiros”
“Amas-me? Pastoreia as Minhas ovelhas”
(Jo 21:15-16 - JND).
“E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória” (1 Pe 5:4).
Young Christian, Vol. 19
Uma Vara de Ferro
A expressão “uma vara de ferro” ocorre quatro vezes na Palavra de Deus e, em todos os quatro casos, está conectada com o julgamento vindouro e o subsequente reinado de nosso Senhor Jesus Cristo. Sabemos que a esperança de todo verdadeiro crente hoje é que o Senhor Jesus venha e nos leve para casa para estar com Ele, como Ele prometeu. É verdade que Ele esperou muito tempo por esse dia, e Sua noiva também esperou muito tempo. Mas, “ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará” (Hb 10:37).
Então, depois que formos chamados para casa, haverá um período de pelo menos sete anos, muitas vezes chamado de “semana da tribulação”, e no final dessa semana, o Senhor Jesus voltará a este mundo em julgamento. É somente pelo julgamento que a paz e as bênçãos virão a este mundo, pois a paz verdadeira não pode ser estabelecida até que nosso bendito Salvador tenha tomado Seu lugar de direito. A Escritura chama Sua vinda em julgamento de “a Aparição”, pois naquele momento Ele será visto por todos neste mundo. Ele não será visto pelo mundo incrédulo quando vier chamar Sua noiva para o lar.
Uma mão forte
A expressão “uma vara de ferro” é um tanto assustadora à primeira vista, pois apresenta à nossa mente uma vara de metal forte, evidentemente para ser usada por Aquele que assume o controle deste mundo e governa com poder. Temos a expressão: “ele governa com mão de ferro”, sugerindo à nossa mente alguém que não permitirá qualquer desafio à sua autoridade.
O primeiro uso dessa expressão na Escritura realmente transmite esse mesmo pensamento, pois no Salmo 2:9 lemos: “Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; Tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro”. Esse salmo profetiza a rejeição do Senhor Jesus e o desejo do homem de dominar este mundo para si mesmo. Os pensamentos do homem são para se livrar de toda restrição e se recusar a reconhecer que o Senhor Jesus é o Rei legítimo. Mas Deus também tem Seus propósitos, e Seus propósitos são exaltar Seu amado Filho como Cabeça sobre todas as coisas. Quando o Senhor Jesus voltar para tomar Seu lugar como Rei, Ele derrubará com mão forte – uma vara de ferro – todos os que se opõem a Ele. Uma vara de ferro é uma imagem muito apropriada de como o Senhor Jesus realizará o julgamento.
Ao vencedor
As outras três referências ao uso de uma vara de ferro por nosso Senhor são todas encontradas no livro do Apocalipse, e as apresentaremos como aparecem na tradução de J. N. Darby:
“ao que vencer e guardar até ao fim as Minhas obras, Eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá [pastoreará – JND]; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de Meu Pai” (Ap 2:27).
“E deu à luz um filho, um varão que há de reger [pastorear – JND] todas as nações com vara de ferro” (Ap 12:5).
“E da Sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e Ele as regerá [pastoreará – JND] com vara de ferro” (Ap 19:15).
O que é digno de nota em todos os três versículos na versão JND é que a palavra “pastorear” é usada em vez da palavra “reger”, como é traduzida na ARC. Por que uma palavra mais gentil é usada aqui, em vez de uma palavra mais forte?
A vara e o cajado
Eu sugeriria que há dois pensamentos reunidos no uso da palavra “pastorear”. No Salmo 23:4, lemos: “A Tua vara e o Teu cajado me consolam”. Aqui, a palavra “vara” tem um significado semelhante à palavra “vara” na expressão “vara de ferro”, mas a vara do Salmo 23 nunca foi usada nas ovelhas. Em vez disso, era uma arma defensiva, para ser usada contra predadores e outros que pudessem vir a prejudicar as ovelhas. O cajado do Salmo 23 era usado para resgatar as ovelhas, e às vezes é chamado de “gancho”, pois era usado para tirar as ovelhas de um lugar difícil ou para guiá-las no caminho correto.
Eu sugeriria que o uso da palavra “vara” no Salmo 23 nos dá a chave para o entendimento da palavra “pastorear” nos versículos do Apocalipse que se referem a uma vara de ferro. Em primeiro lugar, o Senhor Jesus realmente governará com uma vara de ferro durante todo o dia do Senhor. O dia do Senhor começa com os julgamentos no final do período da tribulação e continua por todo o reinado milenar de 1.000 anos de Cristo, incluindo os julgamentos no final do Milênio. Uma vara de ferro será necessária, pois mesmo na rica bênção daqueles 1.000 anos, o pecado ocasionalmente levantará sua cabeça. Sabemos também que quando Satanás for solto “por um pouco de tempo” no final desse tempo, uma rebelião de vastas proporções ocorrerá contra Cristo e Seus fiéis. O Senhor Jesus lidará com tudo isso com mão forte. Seu povo também representará Seu poder em derrubar o mal, pois nos é dito que todos os que têm parte na primeira ressurreição “reinarão com Ele mil anos” (Ap 20:6). De acordo com Apocalipse 2:27, aqueles que são vencedores no dia de Sua rejeição também exercerão poder sobre aqueles que se opõem a Ele.
Proteção
No entanto, a palavra “pastorear” também transmite o pensamento de que há proteção para aqueles que pertencem ao Senhor. Quando o Senhor trouxer Seu povo para a bênção terrenal no Milênio, seja a nação de Israel ou a “grande multidão” que será salva pela pregação do evangelho do reino durante a semana da tribulação, eles serão pastoreados pelo Senhor. Durante todo o maravilhoso dia do Milênio, o Senhor agirá como um Pastor para eles – suprindo todas as suas necessidades e protegendo-os com Sua vara de ferro. Lemos em Isaías 40:11: “Como Pastor, apascentará o Seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no Seu regaço; as que amamentam, Ele as guiará mansamente”. Da mesma forma, lemos: “E levantarei sobre elas um só Pastor, e Ele as apascentará” (Ez 34:23). Essas passagens apontam para o dia em que o Senhor será um Pastor para Seu povo na Terra, cuidando deles em todos os sentidos e usando a vara de ferro para protegê-los.
Certamente o Senhor é nosso Pastor agora, e Ele cuida de nós em todos os sentidos. No entanto, Ele não intervém abertamente com Sua vara de ferro, pois hoje é o momento de Sua rejeição. Seu cuidado de Pastor se manifesta de outras maneiras, e Sua proteção ocorre providencialmente, muitas vezes por anjos que são, em sua maior parte, invisíveis. Mas no dia vindouro a vara de ferro será evidente, pois “todo olho O verá”, e todos serão compelidos a reconhecer Sua autoridade e poder como o legítimo Rei.
W. J. Prost
O Bom Pastor
O Espírito de Deus guarda a porta das ovelhas. Cristo, ao servir ao Pai, entra pela porta. De agora em diante, o próprio Cristo é visto como a Porta do novo aprisco. Ele dá a autoridade para deixar a antiga economia judaica e entrar na nova ordem da salvação – crer e seguir o Pastor, que é Cristo. As ovelhas estão familiarizadas com a voz do Pastor, e Ele chama cada uma pelo nome.
Cristo entra pela porta. Ele é a Porta; Ele é o Pastor. Ele é visto em contraste com todos os pastores anteriores. As ovelhas, confinadas à ordem da lei do Velho Testamento e às tradições dos homens, estão prontas para aceitar uma ordem inteiramente nova de coisas – uma ordem que traz, em vez de exigir algo do homem (como a lei fazia). Cristo, sendo a Porta, é o único Caminho de entrada no novo aprisco. Quando Ele Se apresentou como a Porta, os judeus a quem o Senhor estava Se dirigindo não entenderam Suas palavras. Os eleitos de Israel aceitaram prontamente a salvação plena e gratuita. Aqueles que entraram pela Porta eram salvos, gozaram de liberdade e se alimentaram em boas pastagens.
C. E. Lunden
O Pastor Ferido
O Messias, então, como o Pastor de Israel, e como Aquele que é descrito como o Companheiro de Jeová, é visto em Zacarias 13:7 como ferido – ferido pela espada do juízo porque, como o Bom Pastor, Ele deu Sua vida pelas ovelhas, interceptando assim o golpe que lhes era devido, para que Ele pudesse, em favor delas, satisfazer todas as santas reivindicações de Deus e glorificá-Lo a respeito dos pecados delas.
Segue-se, então, um duplo efeito imediato. Primeiro, as ovelhas são dispersas. Isso foi cumprido literalmente na noite de Sua prisão, quando todos os Seus discípulos – aqueles que O reconheceram como o Pastor de Israel - O abandonaram e fugiram. De outra forma, isso foi realizado na dispersão dos judeus sobre a face de toda a Terra, pois está escrito: “Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho” (Jr 31:10). Ele veio para reunir Suas ovelhas, mas quando elas, como povo, se recusaram a ouvir a voz do Bom Pastor, e Ele foi ferido, Deus em Seu governo, e judicialmente, “espalhou” o rebanho. Também é acrescentado: “Mas volverei Minha mão para os pequenos”. Assim, embora o julgamento devesse cair sobre as ovelhas que não conheciam a voz de seu Pastor e que, em vez de segui-Lo, exigiam Sua crucificação, Deus cobriria com Sua mão os “pequenos” que haviam reconhecido seu Messias. Esses são os remanescentes que se apegaram a Ele durante Seu ministério terrenal, naquele dia de maldade e angústia.
Edward Dennett
Jesus, o Pastor
Ó Pastor do rebanho de Deus, Tua voz amamos ouvir; Seus tons divinos, tão fortes e verdadeiros, Ainda assim, todo medo ansioso; Oh! Ajunta Tuas ovelhas, Senhor, Todas como sendo uma para Te seguir! Sim, em voz alta, e pela Tua Palavra Liberta todos os Teus queridos!
Ó Pastor do rebanho de Deus, Teu olho vigilante vê A trilha perigosa, o lobo que dispersa, O ladrão e aquelas que fogem; Em Tua verdadeira sabedoria confiaríamos, Confiando somente em Ti, Feliz por nos abrigarmos ao Teu lado, Todas atraídas a Ti como sendo uma só.
Todo-Poderoso Pastor do rebanho, Tua poderosa mão segura Cada ovelha tímida, cada cordeiro terno Sem um aprisco estreito; Um suficiente Pastor sobre o um rebanho Para manter todos nós, e guia Para fontes puras, para campos de verdade, Por amor abundantemente fornecido.
Ó glorioso Pastor do rebanho, A assembleia comprada por sangue, A pérola inestimável, a noiva celestial É Tua, ó Cristo de Deus: Nós então, Senhor, por amor do Teu nome A Ti agora sermos verdadeiros, E a glória de Deus Pai buscar; Sua vontade com alegria fazer.
H. J. Vine
“Eu Sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a Sua vida pelas ovelhas”
(Jo 10:11)
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