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Foto do escritorJ. G. Bellett (1795-1864)

O Filho de Deus - Parte 6/6


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O Filho de Deus

John Gifford Bellett 

 

Capítulo 6


“Então, também o mesmo Filho Se sujeitará Àquele que todas as coisas Lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1 Co 15:28).

 

É bom e fortalecedor para a alma manter a fé e a lembrança vivas de que é o mesmo Jesus que esteve aqui na Terra e que agora está no céu, e a Quem devemos conhecer “por toda Sua própria eternidade”. Quando mantivermos isso em mente, cada passagem de Sua vida aqui será apresentada novamente a nós, e sentiremos e reconheceremos que temos nos evangelhos uma página mais maravilhosa para meditar, sim, e de certa forma, muito mais feliz também, do que imaginávamos.

 

Nos dias de Sua permanência entre nós, tudo era uma realidade para Ele, tudo era vivo e pessoal. Ele fez mais do que tocar a superfície. Quando Ele curava uma ferida ou removia uma tristeza, Ele, de certa forma, as sentia. “Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças”. Seu Espírito bebeu tanto das fontes, como da corrente, pois não só Suas alegrias eram reais, mas Suas tristezas eram reais, Seus medos e decepções, e assim por diante, eram reais, mas Ele entrou em cada ocasião em todo o seu caráter. Ele conhecia a voz não pronunciada daquela alma necessitada que O tocava na multidão e sentia esse toque em todo o seu significado. Ele se encheu de gozo com a fé daquele gentio que atravessou a espessa  nuvem de Sua humilhação e alcançou a glória divina que resplandecia em Sua Pessoa sob ela; e Ele igualmente Se deleitou com a fé ousada – mas não muito ousada – daquela pecadora da cidade que atravessou a nuvem escura de seu próprio pecado e sua vergonha, e alcançou a graça divina que poderia curar tudo aquilo (Lc 7). Ele entendeu o passo impetuoso de Zaqueu enquanto subia na figueira brava e a meditação de Natanael enquanto estava sob a figueira.

 

Ele ouviu a disputa dos discípulos no caminho enquanto subiam para Jerusalém, e a ouviu no tumulto das concupiscências interiores, antes disso irromper em guerras e combates. E Ele conhecia o amor, bem como a autoconfiança, que atraiu Pedro do barco para a água.

 

Certamente, então, cabe a nós, ao lermos “a história maravilhosa” na recordação disso, nos sentir como Ele mesmo Se sentiu, ao notarmos a mão que fez a ação ou seguirmos o pé que estava trilhando o caminho. Cada ato e palavra seriam sentidos com uma nova impressão, e se assim fosse, que avanço mais abençoado poderíamos estar fazendo? Não seria edificante, em um sentido elevado, se pudéssemos realmente nos familiarizar mais com um Jesus vivo e pessoal? Neste nosso tempo, amados, pode haver uma tendência a esquecer Sua Pessoa ou Ele mesmo no testemunho comum que agora é tão extensivamente dado à Sua obra. A porção da doutrina pode ser examinada como uma linha de medição e um nível, em vez de ser vista com um coração admirado e adorador, como o lugar das glórias do Filho de Deus. E, contudo, é isso que Ele valoriza em nós. Ele nos fez pessoalmente Seus objetos, e Ele procura que façamos d’Ele o nosso Objeto.

 

E eu me pergunto: não é essa, em certo sentido, a pedra mais alta? Não é esse o principal desejo pessoal de Cristo para conosco nos caminhos de Sua graça? A eleição, a predestinação, o perdão, a adoção, a glória e o reino – não são coroados somente por esse desejo de Cristo em relação a nós, fazendo de nós um objeto para Ele? Certamente isso coroa tudo; certamente é a pedra mais alta; está acima e além de tudo, mais completa, mais rica e mais alta do que qualquer outra. A adoção e a glória, as boas-vindas à família e a participação no reino, seriam incompletas, se não houvesse também este mistério – o Filho de Deus encontrando em nós um objeto de desejo. Isso compreende todas as outras obras e conselhos na história da graça e, portanto, está além de todos eles.

 

O Espírito Se deleita em falar da obra de Cristo e de levá-la em sua preciosidade e suficiência ao coração e à consciência. Nada poderia nos sustentar por um momento sequer, se a obra não tivesse sido exatamente o que foi, e assim aconselhada e ordenada por Deus. Contudo, a obra do Senhor Jesus Cristo pode ser o grande assunto, onde Ele mesmo é apenas um fraco Objeto, e a alma será, portanto, uma grande perdedora.

 

Mas essas meditações sobre o Filho de Deus, que venho seguindo agora, posso dizer, até o final, me sugerem outro pensamento neste exato momento.

 

Ao considerar as partes mais profundas e longínquas dos caminhos de Deus, às vezes sentimos como se fossem demais para nós, e buscamos alívio do peso delas voltando às verdades anteriores e mais simples. Isso, no entanto, não precisa acontecer. Se acolhêssemos corretamente esses mistérios mais profundos, deveríamos saber que não precisamos nos retirar deles para obter alívio, porque eles são realmente apenas outras e mais profundas expressões da mesma graça e amor que estávamos aprendendo no início. Eles são apenas um fluxo mais abundante, ou um canal mais amplo do mesmo rio, apenas por estarem um pouco mais distantes da nascente.

 

Até que essa certeza seja depositada na alma, estamos mal preparados para pensar nesses mistérios. Se tivermos medo de que, ao olharmos para as glórias, estaremos deixando o lugar das afeições, estamos errando quanto à verdade e enganando nossa própria alma. Isso não é assim de forma alguma. Quanto mais plenamente as glórias se desdobram, mais as riquezas da graça são reveladas. A elevação de um rio em seu nascedouro, onde o observamos todo de uma só vez, sem esforço ou espanto, possui seu próprio encanto peculiar; mas quando ele se torna, sob nossos olhos, um poderoso rio, com suas margens e correntes diversificadas, aprendemos melhor por que ele começou a fluir. Ainda é a mesma água, e podemos subir à sua nascente e descer dela e andar ao longo de seus canais com prazer variado, mas constante. Não precisamos buscar alívio voltando-nos para sua nascente, enquanto a examinamos em seu curso, ao longo e no decorrer das eras e dispensações. Quando em espírito (como agora no caminho dessas meditações), alcançamos o “novo céu” e a “nova Terra”, estamos apenas em companhia da mesma Pessoa gloriosa e em comunhão com a mesma graça ilimitada, a Quem conhecemos e da qual graça aprendemos desde o início.

 

Aquele mesmo que Se tornou real para a alma e que está perto, é Aquele que eu gostaria, na graça de Deus, que fosse fruto destas meditações: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13:8). Ele é assim, tanto em Sua própria glória, quanto para nós.

 

Em dias passados, Ele Se manifestou, o Filho de Deus, às vezes velado, às vezes em glória revelada. A Abraão na porta da tenda, a Jacó em Peniel, a Josué sob os muros de Jericó, a Gideão e a Manoá, as manifestações foram veladas, e a fé, em mais ou menos vigor, por meio do Espírito, removeu o véu e alcançou a glória que estava por baixo. A Isaías, a Ezequiel e a Daniel, o Filho de Deus apareceu em glória revelada; e Ele teve, por um certo processo gracioso, que tornar o brilho da glória tolerável para eles (Is 6; Ez 1; Dn 10).

 

A Pessoa, no entanto, era uma e a mesma, velada ou revelada. Assim, nos dias em que Ele realmente assumiu carne e sangue (e não como naqueles dias passados), a glória foi velada e a fé foi colocada para descobri-la, como no tempo de Abraão ou de Josué; e depois de ter ascendido, Ele apareceu a João em tal brilho de glória revelada, que algo tinha que ser feito por Ele em graça, como no caso de Isaías ou de Daniel, antes que Sua presença pudesse ser suportada (Ap 1). Os tempos e as estações a esse respeito não faziam diferença. É claro que, até que a plenitude do tempo chegasse, o Filho não era “nascido de mulher”. Foi então que “O que santifica”, como lemos, “participou das mesmas coisas”, carne e sangue com os filhos (Hb 2:11, 14). Pois de fato Ele participou, a partir daquele momento, da carne e sangue; tornou-Se, de fato, o Remidor da semente de Abraão. “Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos” (Hb 2:17). E tudo isso esperou pelo seu devido tempo, “a plenitude do tempo”, os dias da virgem de Nazaré. Mas aquelas manifestações do Filho de Deus, em dias passados, eram promessas deste grande mistério, que no devido tempo Deus enviaria Seu Filho, “nascido de mulher”. Estas eram, se assim posso expressar, as sombras da substância que se aproximava. E o que tenho observado é isto – que é de interesse para nossa alma – que esses prenúncios eram maravilhosamente exatos. Eles previram, em formas tanto de glória quanto de graça, os caminhos d’Aquele que depois caminhou e peregrinou aqui na Terra em amor humilde, servil e solidário, e agora é glorificado no céu, o Filho do Homem, a Semente da virgem, para sempre.

 

É encantador para a alma traçar essas precisas semelhanças e previsões. Se temos uma glória velada na eira de Ofra, também a temos no poço de Sicar. Se temos o brilho da glória revelada ao lado do rio Hidéquel, também temos o mesmo na Ilha de Patmos. O Filho de Deus era como um Homem viajante aos olhos de Abraão no calor do dia, assim como Ele era para os dois discípulos na estrada para Emaús enquanto o dia passava rápido. Ele comeu da vitela de Abraão, “tenra e boa”, como fez com “um peixe assado e um favo de mel”, entre os discípulos em Jerusalém. Em Seus dias de ressurreição, Ele assumiu diferentes formas, para Se adequar, em graça divina, à necessidade ou demanda do momento, como Ele havia feito no passado, seja como um Estranho ou um Visitante, seja simplesmente como um “Homem de Deus” para Manoá e sua esposa no campo, ou como um Homem com uma espada para Josué em Jericó.

 

E é isso, acho que posso dizer novamente, que valorizo especialmente ao seguir essas meditações sobre Ele – ver Um Jesus por toda parte; e isso também, perto e real para nós. Precisamos (se é que se pode falar pelos outros) de olhos purificados que sejam exercitados para verem e se deleitarem em um céu como deve ser o céu de Jesus. Será que não é nada, podemos perguntar ao nosso coração, será que não é nada passar a eternidade com Aquele que olhou para cima e chamou a atenção de Zaqueu na oliveira brava, e depois, para o emocionante gozo de sua alma, ouviu seu nome de Seus próprios lábios? Com Aquele que, sem uma palavra de censura, encheu de gozo e de um espírito de liberdade que excessivamente abundava o coração convicto e vivificado de uma pobre pecadora de Samaria? Certamente não queremos nada além da mente de uma criança, simples e crédula. Pois não estamos estreitados n’Ele, e não há nada para Ele como esta mente que crê. Isso O glorifica além até mesmo dos serviços da eternidade.

 

A natureza, na verdade, não se iguala a isso. Isso vem do trabalho interior e do testemunho do Espírito Santo. A natureza se vê oprimida. Ela sempre se revela como aquilo que, como o apóstolo diz, está “destituído da glória de Deus”. Quando Isaías, na ocasião já mencionada, foi chamado à presença dessa glória, ele não pôde suportá-la. Ele lembrou-se de sua impureza e clamou que estava perecendo. Tudo o que ele apreendeu foi a glória, e tudo o que ele sentiu e conheceu em si mesmo foi sua inaptidão para estar diante dela. Essa era a natureza. Essa foi a ação da consciência que, como em Adão no jardim, busca alívio do peso da presença de Deus. A natureza no profeta não descobriu o altar que, assim como a glória, estava na cena diante dele. Ele não percebeu aquilo que era totalmente igual para dar-lhe perfeita tranquilidade e segurança, para ligá-lo (embora ainda um pecador em si mesmo) à presença da glória em todo o seu brilho. A natureza não poderia fazer essa descoberta. Mas o mensageiro do Senhor dos Exércitos não apenas revela, mas a aplica, e o profeta fica à vontade na posse de uma pureza ou santidade que está na medida do próprio “Santo dos Santos” e o brilho do trono do Senhor dos Exércitos.

 

O Espírito age acima da natureza, sim, em contradição com a natureza. A natureza em Isaías – em todos nós – permanece à parte e fica envergonhada, incapaz de olhar para cima: o Espírito nos atrai para dentro e para cima em liberdade. Quando Simeão é levado pelo Espírito à presença da glória, ele é imediatamente elevado com toda confiança e gozo. Ele toma o Menino Jesus nos braços. Ele não faz nenhum pedido à mãe para permitir que seja assim, ele não se sente em dívida com ninguém pelo abençoado privilégio de abraçar “a Salvação de Deus”, que seus olhos viram naquele momento. Ele, por meio do Espírito, havia descoberto o altar, e a glória, portanto, não estava além dele (Is 6; Lc 2).

 

E essas coisas ainda são verdadeiras agora, tão verdadeiras como sempre, tão verdadeiras como nos dias de Isaías e Simeão. O Espírito conduz por um caminho que a natureza nunca trilhou. A natureza se distancia e tem medo, sim, reprovará onde a fé está cheia de liberdade. E essas diversas formas de natureza e de fé, podem nos lembrar, para nosso conforto e fortalecimento, enquanto ainda olhamos para o Filho de Deus e meditamos nos mistérios e conselhos de Deus relacionados a Ele.

 

Nossas meditações têm esperado no Senhor desde a eternidade, do seio do Pai, até os próximos dias do reino milenar. Observamos Sua ascensão e descida nas dispensações intermediárias e marcamos os elos entre as partes sucessivas desse grande mistério, ou os momentos de transição nos estágios dessas jornadas maravilhosas.

 

Temos pouca liberdade na Escritura (nosso único mapa e bússola) para segui-Lo mais adiante. Os Salmos e os profetas abrem a porta para o reino vindouro e a abrem amplamente. Mas eles dificilmente nos levam além disso. Pelo menos, se eles nos levarem a saber que existem regiões ainda mais distantes, que é quase tudo o que eles fazem. Eles nunca nos permitem pesquisá-los.

 

Falam do reino vindouro repetidas vezes como eterno. Com razão, como não preciso dizer, mas neste sentido: que não é para dar lugar a nenhum outro reino. Como Daniel diz: “e esse reino não passará a outro povo” (Dn 2:44). Ele deve ser tão intransferível quanto o sacerdócio do próprio Cristo, o Filho de Deus. Deve ser tão duradouro quanto a realeza, enquanto durar o poder “ordenado por Deus”, pois não cessará enquanto Aquele, “a Quem pertence o poder”, tiver algo a ver por meio do poder. Mas ainda assim, na época certa, terá cumprido seu encargo e serviço, e então cessará.

 

Desse mistério, dessa cessação ou entrega do reino, temos uma indicação verbal ou literal no Salmo 8. Esse Salmo celebra o senhorio do Filho do Homem, no dia do Seu poder, sobre as obras das mãos de Deus. Mas contém uma indicação (como encontramos em um comentário inspirado sobre isso em 1 Coríntios 15:27-28) de que aquele dia de poder cederá à outra ordem de coisas.

 

Temos também indicações morais do mesmo mistério. Por exemplo, a era ou dispensação que estamos contemplando agora é, como vemos, um reino, o tempo de um cetro, e, como tal (não posso dizer?) deve ter um fim. Um cetro poderia ser um símbolo da eternidade divina, a eternidade da presença de Deus? Um cetro pode exercer seu poder preponderante durante o seu tempo, mas a Escritura nos leva a dizer que não poderia ser um símbolo de nossa eternidade na bendita presença de Deus. Até mesmo Adão dificilmente poderia ter tido um cetro. Ele tinha domínio, mas era exatamente o de um rei? Seu senhorio e herança, mais propriamente, não era um reino. Aquele não era o governo real, embora houvesse a mais completa sujeição a ele e a ordem mais perfeita. Um reino não foi desenvolvido por muito tempo no progresso do caminho e da sabedoria divinos. E tudo isso sugere que, quando chegar o tempo de um reino, ou o governo de um cetro, ou o exercício do poder real, tal forma de coisas não será final ou eterna. Julgo que isso não pode dar lugar aos pensamentos que são espirituais ou biblicamente exercidos em relação a Deus e Seus caminhos. Um cetro de justiça não é um pensamento tão alto nem tão eterno quanto a morada da justiça, e é isso que a Escritura confirma (2 Pe 3:13).

 

E, além disso, como outra indicação moral dessa mesma verdade, o reino vindouro será apenas uma condição imperfeita de coisas. Não precisamos determinar até que ponto pode haver a necessidade dele ou a demanda por seu exercício, ainda assim, o poder estará presente para se manifestar. Os profetas, como dissemos, examinam amplamente este reino em sua força, extensão, duração, glória, paz e bem-aventurança e coisas semelhantes, mas, além disso, a presença do mal e da tristeza é contemplada, embora com autoridade para controlar e recursos para aliviar.

 

Não é isso, então, pergunto, mais uma indicação de caráter moral, de que tal ordem de coisas deve ceder a uma melhor? Com certeza. Mas há mais do que isso: O reino é uma coisa delegada, uma mordomia, e, sendo assim, podemos dizer em raciocínio divino ou bíblico, deve prestar contas de si mesmo e ser entregue. Mas aqui, amados, meditações sobre o próprio Jesus, o Filho de Deus, convidam novamente a alma.

 

Nesse caráter, ao qual me referi agora, Seu reino é como Seu tempo passado de humilhação na Terra e Seu tempo presente de sacerdócio no céu. Tudo, em um sentido amplo, foi ou é ou será mordomia. Ele veio aqui a esta nossa Terra para fazer a vontade de Deus, e quando Ele a cumpriu, Ele a entregou como em sacrifício: Seu atual assento no céu é uma mordomia. Como Sumo Sacerdote lá, Ele é Fiel, “fiel Àquele que O constituiu, como também o foi Moisés em toda a Sua casa” (Hb 3:2; Nm 12:7). E segundo esses padrões será Seu poder e reino vindouro. Será, como o resto, uma mordomia, embora de algo novo, algo que não havia sido confiado a Ele ou colocado em Suas mãos antes, algo, também, muito glorioso e excelente: Ainda assim, será uma mordomia. E, sendo assim, na devida época, terão que ser prestadas contas e entregue. E esse mistério é cheio de bem-aventurança, se apenas tivéssemos fé e afetos para desfrutá-lo. Pois, dessa maneira maravilhosa, a sujeição e obediência a Deus – que o homem, uma criatura do pó, a lançou de si e recusou-a – pela indescritível glória da Pessoa d’Aquele que a possui e a presta, recebe um valor tal que todas as criaturas, da mais alta à mais baixa jamais poderiam ter Lhe dado, embora tenham continuado em serviço ininterrupto e completo.

 

E essa é uma preciosa verdade, que a alma perde na medida em que o inimigo a rouba do sentido e da apreensão da Pessoa do Filho.

 

O próprio Filho Se deleita em ser tudo isso – o Mordomo ou Servo da vontade de Deus, seja em graça ou em glória, em humilhação ou em poder. E quando nós, no espírito de adoração, consideramos ou recordamos Quem Ele é em todas as mudanças e condições, podemos e diremos que as mudanças e condições, sejam as mais altas ou as mais baixas, são como nada. O que, em certo sentido, pode levantar Um tal assim? Poderiam a glória e um reino elevá-Lo? A fé acha fácil, de fato, ver Um tal Mordomo de poder, domínio e honras reais, quando Ele vem para Se sentar em um trono, assim como Ele era um Mordomo quando atravessou o caminho da vida em fraqueza e humilhação. Tais distâncias, em certo sentido, não são nada para Alguém como “o Filho”. Em outro sentido, a distância, certamente sabemos, é imensa, pois Ele entrou em tristeza em seu tempo e entrará em gozo em seu tempo. Tudo foi, é e será real para Ele, como dissemos antes, e, portanto, em outro sentido, a distância é imensa. O “Homem de dores” tomará “o cálice da salvação”. Isso não será nada? Àquele que foi desprezado e rejeitado, insultado e desprezado, todo joelho se dobrará, toda língua confessará. Mas a Pessoa é a mesma por toda parte, Deus e Homem em um só Cristo; e a fé, portanto, recebe isso, pois, tendo sido o Mordomo da vontade e graça do Pai em dias de humilhação, Ele ainda será o Mordomo do reino do Pai em dias de exaltação e força.

 

E assim será, como passagem após passagem nos diz. “Quando Eu receber a assembleia”, diz Cristo, antecipando o reino, “julgarei com equidade” (Sl 75:2 – JND), reconhecendo assim que Ele está sob comissão ou em mordomia, quando no reino. Assim, com a mesma intenção, Ele reconhece que o tempo de Seu recebimento do reino e da distribuição das recompensas e honras do reino, não estão em Suas mãos, mas nas do Pai (Mc 13:32; Mt 20:23). Toda língua naquele dia, certamente, confessará que Jesus Cristo é o Senhor, mas então, isso deve ser “para a glória de Deus Pai”. O próprio Senhor o chama repetidamente de reino do Pai. E, além disso, Ele será ungido para o ministério desse reino, assim como Ele foi ungido para o ministério dos dias da Sua carne (Is 11, 61:1-2). E mais ainda (posso dizer?), Ele será Dependente de Deus durante Seu dia de força, como Ele já uma vez foi, em Seu dia de tristeza e fraqueza. Portanto, lemos: “e continuamente se fará por Ele oração”; como Salomão, rei que O representa, por um ato público de intercessão, colocou sob os cuidados do Deus de Israel o reino que ele havia recebido (Sl 72; 2 Cr 6).

 

Tudo isso é uma indicação moral de que deve haver uma entrega do reino; pois tudo nos mostra que o reino é uma coisa delegada, uma mordomia; e, como dissemos, essa indicação moral é afirmada pelo raciocínio divino em 1 Coríntios 15 e Salmo 8. Tudo é sujeição: os dias reais do poder, os dias de esvaziamento de Si mesmo, da tristeza, os dias celestiais do ministério sacerdotal, tudo é igualmente sujeição e serviço. Como Cristo não Se glorificou para ser feito Sumo Sacerdote, mas Aquele que Lhe disse: “Tu és Meu Filho, hoje Te gerei”, assim, podemos dizer, nem Ele Se glorificou para ser feito Rei, mas Aquele que Lhe disse: “Assenta-Te à Minha direita, até que Eu ponha os Teus inimigos por escabelo dos Teus pés”. “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu Um como o Filho do Homem; e dirigiu-Se ao Ancião de dias, e O fizeram chegar até Ele. E foi-Lhe dado domínio, e a honra, e o reino” (Sl 2:7, 110:1; Dn 7:13-14).

 

Essa é a instituição do reino vindouro de Cristo. E assim ele é algo delegado, tomado das mãos de Outro, a seu tempo para ser devolvido. O Filho, certamente, será Fiel, onde todos os outros foram encontrados em falta. Deles está escrito: “Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses”, mas do Filho está escrito: “Ó Deus, o Teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do Teu reino. Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso, Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria, mais do que a Teus companheiros” (Sl 45, 82; Hb 1).

 

Mas tudo isso ainda nos diz que Ele mantém o reino como uma mordomia. Seja a espada ou o cetro do reino, seja Ele agindo como Davi ou como Salomão, Ele será igualmente Fiel. Quando Ele sair para o julgamento ou para travar as batalhas do Senhor, assim será; como se diz d’Ele: “O Senhor, à Tua direita, ferirá os reis no dia da Sua ira” (Sl 110:5). E novamente: “Vinde, contemplai as obras do SENHOR; que desolações tem feito na Terra” (Sl 46:8). Quando Ele Se assentar no trono ou ministrar o reino em paz, será assim. “Andarei em minha casa”, diz Cristo o Rei, “com um coração sincero” (Sl 101:2). E d’Ele se diz a Jeová: “Ele julgará o Teu povo com justiça e os Teus pobres com juízo” (Sl 72:2). Mas, novamente digo, tudo isso sugere poder delegado, embora de forma singular. Seu reino aperfeiçoará o que diz respeito a ele mesmo, como fez Sua morte uma vez e para sempre e como Seu sacerdócio celestial está fazendo agora dia a dia. E então Seu cetro será colocado de lado, o reino cessará. Como está escrito: “quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai”. E novamente: “então, também o mesmo Filho Se sujeitará Àquele que todas as coisas Lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos”.

 

“Para que Deus seja tudo em todos”. Sim, Deus, pelo Filho, fez os mundos ou as eras. E quando os mundos ou as eras tiverem seguido seu curso e cumprido seu encargo, quando as dispensações tiverem manifestado os conselhos, as obras e as glórias que lhes foram ordenados, o Filho, como Aquele por Quem essas coisas foram estabelecidas e ordenadas, irá também Se sujeitar Àquele que colocou todas as coisas sob Ele, para que Deus seja tudo em todos.

 

É a sujeição do ofício, a sujeição d’Aquele que tinha todas as coisas colocadas sob Ele, Àquele que sujeitou todas as coisas sob Ele. Esse é o caráter dessa sujeição. Quanto à Pessoa, ao contrário do ofício, ela é eterna. O Filho é da glória da Divindade, como é o Pai e como é o Espírito Santo.

 

“Tu és a Palavra eterna,

 

O único Filho do Pai;

 

Deus manifesto, Deus visto e ouvido,

 

O Amado do céu.

 

 

 

Em Ti, mais perfeitamente expresso,

 

Resplandece o manto do próprio Pai;

 

Plenitude da Divindade, também:

 

 O divino eternamente Bendito.

 

 

 

Imagem do Infinito Invisível,

 

Cujo Ser ninguém pode conhecer;

 

Brilho de luz que nenhum olho viu,

 

O amor de Deus revelado abaixo.

 

 

 

Os mistérios mais elevados de Tua fama

 

 Transcendem as apreensões das criaturas;

 

O Pai, somente Teu nome bendito

 

Do Filho pode compreender.

 

Digno, ó Cordeiro de Deus, és Tu

 

Que todo joelho a Ti se dobre”.

 

 

 

É o mistério dos mistérios, a Pessoa, que estamos aqui olhando. Quando pensamos corretamente n’Ele, até mesmo todo o brilho do reino vindouro será visto apenas como um véu. O esplendor do trono pode exibi-Lo? As honras de Salomão, sim, dos reinos do mundo, não seriam um véu sobre a glória do Filho, tão realmente quanto o desprezo da sala de julgamento de Pilatos ou os espinhos do Calvário? É o Belemita a medida do Seu valor pessoal de um único título mais do que o Nazareno? Portanto, para a fé é fácil ver o Servo ainda, tanto em dias de exaltação como em dias de tristeza. Ele serviu como Servo, Ele serve como Sacerdote, Ele servirá como Rei.

 

É o elo dos elos, esse mistério que estamos aqui contemplando; e na fé disso, todas as distâncias e intervalos desaparecem. Céu e Terra, Deus e o homem, o Santificador e o santificado, o mais alto e o mais baixo, são apresentados um ao outro em formas de glória indescritível a Deus e bênção para nós.

 

Que elos, de fato, que mistérios, que harmonias, que conselhos sobre os fins da criação, nas eras ocultas da sabedoria divina e eterna antes da criação! “Por mais vasto que seja o curso que a Escritura traçou, ainda foi um círculo; e nessa forma mais perfeita volta ao ponto de partida. O céu que havia desaparecido desde o terceiro capítulo de Gênesis reaparece nos últimos capítulos do Apocalipse. A árvore da vida novamente está junto ao rio da água da vida, e novamente não há mais maldição.”

 

“Mesmo as próprias diferenças das formas sob as quais o reino celestial reaparece são profundamente características, marcando, como o fazem, não apenas que tudo é reconquistado, mas reconquistado de uma forma mais gloriosa do que aquela em que foi perdido, porque reconquistado no Filho. Ele não é mais o Paraíso, mas a Nova Jerusalém, não mais o Jardim, mas a Cidade de Deus, não mais o Jardim, livre, espontâneo e sem esforço, como a bem-aventurança do homem no estado de uma primeira inocência teria sido, mas a Cidade, mais cara, de fato, mais imponente e mais gloriosa, mas ao mesmo tempo o resultado de labuta e dores, criada em uma habitação mais nobre e duradoura, ainda com pedras que (segundo o padrão da pedra angular eleita), foram, cada uma em seu tempo, laboriosamente lavradas e dolorosamente ajustadas para os lugares que preenchem”.

 

Podemos nos unir a esses pensamentos, mas, tendo alcançado a entrega do reino, estamos nas fronteiras do “novo céu” e da “nova Terra”. Os céus e a Terra que existem agora terão sido a cena das energias do Filho em exercícios, e o testemunho de Suas perfeições em graça e em glória, em humilhação e em poder, nos serviços do Servo, do Sacerdote e do Rei, na vida de fé e no senhorio de todas as coisas. E quando o Filho tiver sido assim manifestado, tanto em fraqueza como em força, tanto na Terra como no céu, da manjedoura ao trono, como o Nazareno e o Belemita, o Cordeiro de Deus e o ungido Senhor de todos, de acordo com a predestinação dos conselhos eternos, estes céus e a Terra que há agora terão feito tudo o que tinham que fazer; quando eles tiverem continuado até essa manifestação do Filho, já terão continuado o suficiente. Eles darão lugar, e a alma que os examinou como tendo realizado tal serviço estará preparada para ouvir isso do profeta de Deus: “E vi um novo céu e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram” (Ap 21).

 

Mas, como eu disse antes, temos pouca liberdade da Escritura (nosso único mapa e bússola) para seguir o Senhor mais longe do que o reino. Há, no entanto, características do “novo céu” e da “nova Terra” que nos são dadas de passagem ou em observações ocasionais do Espírito.

 

Isaías fala que quando a nova criação vier, não haverá lembrança do céu e da Terra anteriores, insinuando assim a abundante excelência da última. E, novamente, ele diz: “Porque, como os céus novos e a Terra nova que hei de fazer estarão diante da Minha face”, sugerindo assim que é o estado eterno (Is 65-66).

 

Paulo diz que, após a entrega do reino, Deus será “tudo em todos”, por isso insinuando, julgo eu, que todo o poder delegado, toda a mordomia, de que falei, mesmo na mão do Filho, acaba, como tendo completado seu propósito.

 

Pedro fala dos “novos céus” e da “nova Terra” como sendo a morada da justiça, por tal pensamento levando nossa mente além do tempo do cetro da justiça.

 

Mas João, em Apocalipse, é mais completo: “E vi um novo céu e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe”. E novamente, João diz sobre o mesmo novo céu e nova Terra: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.  E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21).

 

Isto é abençoado: “As primeiras coisas já passaram”. As lágrimas se foram; a morte se foi, a tristeza, a dor e o choro se foram. Não resta nenhum vestígio das coisas anteriores do pecado e da morte. A Terra milenar não será uma testemunha de uma ordem tão alta como essa.

 

“As primeiras coisas já passaram”. Não que percamos qualquer coisa que tenha sido dada ou comunicada em Seus conselhos de graça e glória, nos serviços do Filho e nas operações do Espírito. Nada será perdido, do que colhemos no progresso das dispensações divinas. Isso não poderia acontecer. Mesmo os refrigérios temporais do Espírito, dos quais o trabalho da corrupção interior nos priva por muitas e muitas ocasiões, não estão perdidos por nós. Eles são o testemunho daquilo que é eterno em sua própria essência. E da mesma maneira, toda a sabedoria revelada de Deus deve ser desfrutada para sempre em seu brilhante resultado. Ela é em si mesma essencialmente eterna e não pode ser perdida por nós. Essas manifestações de Deus em Sua sabedoria e poder, e graça e glória, surgiram e se mostraram no progresso das eras, e encontraram um conflito em uma cena danificada, arruinada e degradada, como este nosso mundo; mas nos “novos céus” e na “nova Terra” todo esse conflito em todas as suas formas chegam ao seu fim, e essas manifestações serão conhecidas em seu resultado completo, triunfante e glorioso.

 

Diante d’Aquele que está assentado no cavalo branco, os poderes apóstatas do “presente século mau”, na hora de seu maior orgulho e ousadia, são feridos, e o Senhor e Seus santos assumem o justo governo na Terra para a era milenar designada. Diante d’Aquele que Se assenta no trono branco, o céu e a Terra atuais passam, e não há lugar para eles; e Aquele que Se assenta no trono diz: “Eis que faço novas todas as coisas”. Certamente, essas são distinções que são cheias de significado também, e tão significativas de avanço e desenvolvimento nos conselhos e caminhos divinos quanto em qualquer momento anterior.

 

Não será o cetro da justiça, mas sua morada, e, consequentemente, não será o trono do Filho, mas “o tabernáculo de Deus”. Essa não é autoridade divina sobre a cena, mas a casa de Deus na cena.

 

Não será mais a Terra que uma vez foi manchada com o sangue de Cristo e tem sido a sepultura de mil gerações, mas “a nova Terra”; não mais os céus que foram vestidos de saco, e onde trovões, vento e dilúvio fizeram a obra de julgamento e deram testemunho de ira justa, mas “novos céus”.

 

Aquele que tem sede beberá da fonte da água da vida; aquele que vencer herdará todas as coisas (Ap 21:6-7). Características abençoadas do santo! Quão pouco percebido na alma de alguns de nós! Mas ainda abençoados, quando podemos apenas ler ou pensar nelas; ansiar pelo Deus vivo e conquistar o curso deste mundo maligno.

 

Eu diria, no entanto, um pouco mais. Não devemos especular onde não podemos ensinar, não devemos ouvir onde não podemos aprender com Ele. Sua Palavra escrita é o padrão dos pensamentos de todos os Seus santos, enquanto alguns, por meio do Espírito, têm essa Palavra mais amplamente tornada possessão da alma, do que outros. Devemos conhecer o padrão comum e também nossa medida pessoal no Espírito. Gostaria, portanto, de fazer uma pausa aqui, apenas adicionando um pensamento que tem sido feliz para mim: que, embora não vejamos essas regiões distantes, podemos confiar nelas – ou melhor, confiar n’Ele, sim, que é o Senhor delas. Podemos assegurar ao nosso coração, em Sua presença, que elas serão exatamente o que gostaríamos que fossem, exatamente o que nossas novas condições pediriam.

 

O céu sempre foi aquilo que a Terra precisava. No início, o Sol estava lá para governar o dia e a Lua e as estrelas para governar a noite. Essas ordenanças foram estabelecidas no céu então, pois mediram a necessidade da Terra de então. Mas não havia arco-íris no céu, pois a Terra não precisava de um sinal que Deus iria visitá-la com julgamento. O julgamento não era conhecido. Mas quando a consciência foi vivificada, e o julgamento foi entendido e temido, quando Deus foi conhecido (nas ações que Ele havia realizado) como Justo, e a Terra precisava de uma promessa de que, na ira, Ele Se lembraria da misericórdia, o céu usou o sinal dessa misericórdia e pendurou-o como que em sua própria testa.

 

Dessa forma, o céu já se modificou ou se vestiu de novo, de acordo com a necessidade de mudança da Terra; e o passado promete o futuro, embora “um novo céu e uma nova Terra” estejam para ser revelados. Sim, devo acrescentar, a Terra Milenar, em seus dias, conhecerá a mesma fidelidade do céu a ela. Pois a habitação da glória será vista como estando lá então (assim como o santuário da paz é conhecido, pela fé, como estando lá agora), e a cidade celestial daquela época descerá naquele mesmo caráter que as nações da Terra, seus reis, sua glória e sua honra, precisarão e se deleitarão. O Deus do céu e da Terra, em ilimitada e incansável bondade, após este caminho antigo, constante e inabalável, será sempre e igualmente Fiel à bênção de Suas criaturas. “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em Quem não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1:17). E o “novo céu” e a “nova Terra” apenas retomarão a mesma história de bondade variada, mas inesgotável.

 

Precisamos apenas da fé feliz que concretiza tudo para a alma.

 

“Casa do Nosso Pai! Não mais nossa alma

 

À terrível distância nos inclinamos;

 

Entramos pelo sangue de Jesus,

 

Com feliz ousadia agora.”

 

 

 

“Nosso Pai! nunca pensei

 

Que o amor como o Teu poderia haver -

 

Amor misterioso que nos traz assim

 

Tão perto de Ti.”

 

 

 

Que essas meditações ajudem nossa alma a conhecer essa proximidade e essa realidade das coisas abençoadas da fé. Amém.

 

 

 

J. G. Bellett

 

 

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