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O Arrebatamento (Dezembro de 2017)





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Revista mensal publicada originalmente em dezembro/2017 pela Bible Truth Publishers

 

ÍNDICE


Tema da Edição

W.J.Prost

J. N. Darby (adaptado)

R. E. C. (adaptado)

Bible Treasure (adaptado)

R. W. (Christian Truth, adaptado)

W. J. Prost

J. N. Darby

J. N. Darby

J. N. Darby

A. C. White

Hino 137

 

O Arrebatamento

Em oração nas últimas horas antes de Sua morte, nosso Senhor Jesus, duas vezes, diz a Seu Deus e Pai, “Eu irei”. Primeiro, como um Servo perfeito e submisso, Ele ora: “Aba, Pai, todas as coisas Te são possíveis; afasta de Mim este cálice; não seja, porém, o que Eu quero, mas o que Tu queres” (Mc 14:36). Segundo, como Filho de Deus, Ele expressa Seu desejo concernente àqueles que o Pai lhe dera. Ele ora: “Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam Comigo, para que vejam a Minha glória que Me deste” (Jo 17:24). A obra que Seu Pai Lhe havia entregado para realizar na Terra estava agora concluída, e Ele estava deixando a Terra para voltar para casa, a casa do Pai. Mas Seus discípulos deveriam permanecer na Terra; eles receberam Suas palavras e foram enviados ao mundo para compartilhar essas palavras com todos os homens. Mas no tempo do Pai, Ele retornaria para eles. Esta edição é sobre esse evento, que Ele diariamente aguarda com mais desejo do que podemos imaginar – o momento em que Ele nos buscará para estar com Ele para sempre quando poderemos vê-Lo em Sua glória. Que cada dia da nossa vida possamos responder ao Seu desejo, sendo “homens que esperam o seu senhor” (Lc 12:36).

Tema da Edição

 

Nossa Esperança

Quando Paulo foi pregar o evangelho em Tessalônica pela primeira vez, sabemos que rapidamente enfrentou perseguição. Depois de estarem lá apenas “por três sábados” (At 17:2), os judeus instigaram um alvoroço que, por sua vez, fez com que os irmãos enviassem Paulo e Silas para Bereia. Mas durante seu breve tempo em Tessalônica, houve muita bênção, de modo que, quando Paulo e Silas partiram, foi formada uma assembleia naquela cidade. Paulo não somente pregou o evangelho a eles, mas também lhes deu verdadeiras instruções sobre os resultados benditos da salvação deles. Em tudo isso, a vinda do Senhor foi uma verdade primordial.


Sua vinda para nós e conosco

Mais tarde, quando se tornou evidente que houve alguns mal-entendidos entre esses novos Cristãos, Paulo escreveu a eles, procurando instruí-los ainda mais. Nas duas epístolas que Paulo escreveu aos tessalonicenses, a vinda do Senhor é mencionada em cada capítulo, mas com uma ênfase diferente em cada caso. Tanto a vinda do Senhor para nós (o Arrebatamento) quanto Sua vinda conosco (a Aparição) são retomadas, mostrando que essas verdades estão conectadas e que ambas são muito importantes para nós.


Uma esperança viva

Em 1 Tessalonicenses, no primeiro capítulo, discernimos que a vinda do Senhor para nós é o pensamento fundamental, pois é apresentado como uma esperança viva para o novo crente. Estando acostumados a adorar aos ídolos e, portanto, a não ter esperança, Paulo diz a esses novos Cristãos que “dos ídolos vos convertestes a Deus... e esperar dos céus a seu Filho” (1 Ts 1:9-10). O homem natural pode especular sobre o que acontece depois da morte, porém agora, esses crentes, não apenas sabiam para onde estavam indo, mas também esperavam que o Senhor viesse para eles ao invés de terem de passar pela morte. Não surpreende que eles pudessem superar suas circunstâncias para se ocuparem com sua “obra de fé” e “trabalho de amor”. Eles poderiam ter a “paciência da esperança”.


Uma esperança encorajadora

No segundo capítulo, é mais a vinda do Senhor conosco que está em vista, quando Paulo fala sobre como esses crentes tessalonicenses eram uma esperança encorajadora para o Cristão ativo. Foi maravilhoso para eles terem um verdadeiro gozo em seu coração ao esperar a vinda do Senhor a qualquer momento, mas esse gozo não se limitaria ao momento do Arrebatamento. Quando o Senhor voltar em glória e formos manifestados com Ele, Paulo lembra aos crentes tessalonicenses de que eles serão sua “esperança, ou gozo, ou coroa de glória” (1 Ts 2:19). Eles serão parte de sua recompensa naquele dia, e assim, eles foram um encorajamento para ele e outros trabalhadores para que continuassem apesar da oposição. Tudo valeria a pena naquele dia, ao vê-los em glória com Ele como o fruto de seu trabalho.


Uma esperança purificadora

No terceiro capítulo, o apóstolo exorta seus ouvintes sobre a necessidade de santidade pessoal. Uma vez que a responsabilidade está sempre ligada à Aparição do Senhor, mais uma vez a ênfase está no dia de Cristo, quando seremos manifestados com Ele em glória. A expectativa daquele dia de manifestação pública é uma esperança purificadora para o crente que está passando por um mundo contaminado. Mais do que isso, as aflições e tribulações pelas quais eles são obrigados a passar, podem muito bem fazer com que alguns desistam, e desencorajar estes crentes relativamente novos. A esperança de serem manifestados naquele dia diante de Deus, nosso Pai, os encoraja a prosseguir e firma seus corações “irrepreensíveis em santidade” (1 Ts 3:13).


Uma esperança consoladora

No quarto capítulo, Paulo considera o fato de que alguns deles haviam adormecido, e foi onde aqueles queridos santos tessalonicenses ficaram confusos. Eles temiam que aqueles que haviam adormecido, tendo morrido antes da vinda do Senhor para nós, perdessem, de alguma forma, esse evento importante. Por revelação divina, Paulo lhes dá instruções sobre como eles não perderiam esse evento, mas, na verdade, ressuscitariam primeiro, antes que nós, que estamos vivos, sejamos arrebatados para encontrar o Senhor nos ares.


Esta era uma nova revelação dada a Paulo por Cristo ressuscitado em glória, e mostrando, pela primeira vez, a sequência exata de eventos, quando o Senhor vem para nos levar para casa. Certamente, isso nos emociona toda vez que o lemos, pois consideramos que, a qualquer momento, isso pode acontecer! Mas Paulo também prossegue, dizendo: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4:18). A vinda do Senhor para nós é apresentada aqui como uma esperança consoladora para o Cristão que está em luto. Se nossos entes queridos se separarem de nós no corpo presente, nós os veremos novamente. Verdadeiramente o aguilhão da morte foi tirado, pois, não apenas veremos nossos entes queridos novamente, mas também os veremos em toda a perfeição do próprio Cristo, moral e fisicamente. Quão consolador é tudo isso em um momento de tristeza!


Uma esperança que desperta

No quinto capítulo, o apóstolo traz diante de nós tanto o Arrebatamento quanto a Aparição, como uma esperança que desperta o Cristão sonolento. Quando o Senhor aparecer para julgar este mundo, Ele virá de modo inesperado e indesejado, como um “ladrão de noite”. Mas nós, que somos do dia, não devemos ser embalados e postos para dormir pelas artimanhas de Satanás; em vez disso, devemos estar vigilantes. Em vez de estar moralmente bêbados, devemos estar sóbrios, considerando os dias solenes em que vivemos. O dia de descanso está chegando, mas aqui e agora, é o momento de colocar nossa armadura e nos engajar nessa batalha espiritual que continuará até que o Senhor nos leve para casa.


Uma esperança tranquilizadora

Agora chegamos a 2 Tessalonicenses, que foi escrito logo após a primeira epístola. Novamente encontramos a vinda do Senhor mencionada em cada capítulo, mas de uma maneira diferente.



No primeiro capítulo, notamos que a fé e o amor são mencionados, mas não a esperança. É triste dizer, mas a incessante perseguição à qual os tessalonicenses foram expostos, obscureceu a bendita esperança do iminente retorno do Senhor, e eles a perderam de vista. Desta vez, Paulo traz diante deles, não uma lembrança do Arrebatamento, mas sim da glória vindoura. Eles estavam sob tribulação neste mundo? Haverá um dia em que Deus retribuirá a tribulação àqueles que os atribulavam. Eles foram desprezados e rejeitados neste momento? Haverá um dia em que o Senhor Jesus será “glorificado nos Seus santos e para Se fazer admirável, naquele Dia, em todos os que creem” (2 Ts 1:10). Aqui, então, a Aparição do Senhor é apresentada como uma esperança tranquilizadora para o Cristão sofredor.


Uma esperança estabilizadora

No segundo capítulo, Paulo trata outro equívoco que tomou conta dos crentes em Tessalônica. Quando estava com eles, Paulo os instruiu quanto à tribulação, mas a perseguição tornou a vida tão difícil para eles, que erroneamente presumiram que estavam, de fato, passando pela tribulação. Desta vez, o antídoto para o erro no qual eles haviam caído era reiterar a verdade da vinda do Senhor para os crentes. Ele lhes suplica “pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com Ele” (2 Ts 2:1). O dia do Senhor não poderia vir até que o Espírito de Deus fosse retirado e o anticristo fosse revelado em seguida. Até então, o Espírito de Deus restringiria o mal, de modo que o que eles estavam experimentando não era de forma alguma a tribulação. Eles, de fato, experimentaram tribulação, mas o que a Escritura chama de “a tribulação” ou “a grande tribulação” não poderia vir antes do Arrebatamento. Aqui, então, a vinda do Senhor é uma esperança estabilizadora em face da dificuldade e um lembrete de que, antes que a tribulação comece, seremos levados embora. Quando a Igreja for arrebatada, somente naquele momento o Espírito de Deus deixará de estar neste mundo como uma presença permanente. Até lá, o pleno desenvolvimento da maldade e a revelação do anticristo não poderão acontecer.


A paciência de Cristo

Finalmente, no terceiro capítulo, encontramos algo muito especial. Neste capítulo, lemos: “Mas o Senhor direcione seus corações no amor de Deus e na paciência de o Cristo” (2 Ts 3:5 – JND). Até agora, nessas duas epístolas, Paulo falou sobre nossa parte tanto no Arrebatamento quanto na Aparição – o que eles significam para nós. Mas aqui, no último capítulo, ele traz o próprio Cristo. Muitas vezes, quando a expressão “o Cristo” é usada no ministério de Paulo, ela inclui Cristo e a Igreja, e assim é aqui.


Se estamos esperando para sermos retirados deste mundo, Ele está esperando pacientemente também. Certamente o Seu desejo de nos ter lá com Ele excede o nosso desejo de estar lá com Ele, pois, como vimos nesta epístola, nossos pensamentos e expectativas podem ser obscurecidos pelas circunstâncias ao nosso redor neste mundo. Quão edificante é, portanto, ter nossos pensamentos levados para fora de nós mesmos, para considerar Sua paciência e Sua expectativa de nos ter com Ele! Um dos privilégios dos crentes nesta dispensação é ver as coisas do lado de Deus, do Seu ponto de vista. Estar continuamente ocupados com nós mesmos, mesmo naquilo que Deus nos deu, pode encurtar nossa visão e até obscurecer nossa esperança. Mas ver tudo a partir do aspecto de Deus é ter uma visão eterna – uma visão que não seja diluída pelas coisas deste mundo. Este é o desejo final de Paulo para seus queridos santos tessalonicenses – aqueles que eram sua alegria e coroa.


W. J. Prost

 

Esperando por Ele

O que deve caracterizar os santos não é meramente sustentar a doutrina da vinda do Senhor, como aquilo em que creem, mas sua alma deve estar na atitude diária de expectativa, esperando e desejando Sua vinda! Mas por quê? Para que eles possam ver Ele em Si mesmo, estar com Ele e ser como Ele para sempre – não porque o mundo, que tem sido tão hostil a eles, será julgado, embora Deus ferirá os ímpios.


É verdade que haverá misericórdia para com os que forem preservados. No entanto, obtivemos misericórdia agora e estamos, portanto, esperando por Ele, pelo que Ele é em Si mesmo para nós, e não por causa do julgamento. Isso não seria motivo de gozo para mim, ainda que para alguns na Terra, pois “a cada pancada do bordão do juízo que o SENHOR der, haverá tamboris e harpas” (Is 30:32). Esta não é a nossa esperança, mas simplesmente esperamos por Ele. Toda a caminhada e caráter de um santo dependem disso, em sua espera pelo Senhor. Todos deveriam ser capazes de nos perceber dessa forma, como não tendo nada a ver com este mundo, mas como estando apenas de passagem por ele, e não como tendo qualquer porção nele, mas como aqueles que dos ídolos se converteram a Deus “para servir ao Deus vivo e verdadeiro e esperar dos céus a seu Filho”. Isto agora é considerado estranho, mas os tessalonicenses se converteram a esta esperança – porque pertenciam a um mundo que tinha rejeitado o Filho de Deus; portanto, eles tiveram que abandonar esses ídolos para servir ao Deus vivo e verdadeiro e esperar por Seu Filho vindo do céu.


Esperando pelo Senhor

O que eu desejo passar para todos vocês e para mim também é a espera individual pelo Senhor, não como uma mera doutrina, mas como uma espera diária por Ele. Qualquer que seja a vontade do Senhor, eu gostaria que Ele me encontrasse fazendo isso quando Ele vier. Mas essa não é a questão, porém, será que estou esperando por Ele dia a dia? No segundo capítulo da primeira carta de Tessalonicenses, a esperança está ligada ao ministério: “Qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura, não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em Sua vinda?” (v. 19). Então, Paulo receberia a recompensa de seu serviço aos santos. A seguir, no terceiro capítulo, a esperança está ligada à nossa caminhada, como motivo de santidade: “irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os Seus santos” (v. 13). Depois no quarto capítulo, a doutrina da esperança é revelada; a maneira como é apresentada: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4:16-17).


Uma expectativa presente

Assim, vemos o que era a expectativa presente da vinda do Senhor, por isso, Paulo diz: “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados”. Mas por que ele diz “NÓS”? Porque ele já estava esperando. Esse era o caráter de Paulo já naquela época, o de esperar pelo Senhor. E ele perdeu esse caráter, porque morreu antes de Cristo vir? Não, de modo nenhum.


Embora Paulo tivesse recebido uma revelação de que ele deixaria o tabernáculo de seu corpo, ainda assim ele continuou esperando pela vinda do Senhor, e este continuará sendo o caráter de Paulo quando o Senhor vier, ele não perderá nada por causa de sua morte. “E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor”. O caráter de sua espera deveria ser igual à de um servo à porta de entrada, que quando seu senhor batesse, ele estaria pronto para abrir imediatamente para ele. Essa é uma figura, claro, aqui, mas é o poder da presente expectativa a que se faz alusão. E a ruína da Igreja chegou praticamente dizendo, “O meu senhor tarda em vir”. “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!” (Lc 12:37).


Lombos cingidos e candeias acesas

“Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias” (Lc 12:35). “Tendo cingidos os vossos lombos com a verdade” (Ef 6:14), para o serviço. (N.T. cingir tem o sentido de restringir-se, de reprimir. “Ter nossos lombos cingidos com a verdade implica que todos os nossos movimentos na vida são governados pelos princípios da verdade de Deus” – Bruce Anstey – A Epístola de Paulo aos Efésios, 1ª ed. 2018). Você não deve deixar suas roupas fluírem soltas; isto é, você não deve deixar seus pensamentos e afeições fluírem para longe da verdade, mas esteja pronto, com suas vestes bem cingidas e suas luzes acesas. Este não é um momento de descanso, pois é extremamente cansativo ter de se sentar e vigiar durante uma noite longa e escura. Mas no espírito de serviço, o coração, os afetos, os pensamentos, os sentimentos e os desejos devem ser todos cingidos. E isso requer cuidado para não deixar a carne seguir seu próprio caminho, pois é um grande alívio fazer isso às vezes, mesmo que apenas por um momento, mas se o fizermos certamente adormeceremos como as virgens. Assim como as virgens dormiram com o óleo em suas lâmpadas, aqueles de nós que estiverem dispersos poderão dormir. Da mesma maneira que as virgens dormiram com óleo em suas lâmpadas, assim podemos dormir com o Espírito Santo em nosso coração. Mas, bem-aventurados são aqueles servos que forem achados vigiando. O Senhor disse que este é o nosso tempo para estar cingidos; a nossa vez de, em amor, servir e vigiar; e disse: quando Eu voltar, e tudo estiver conforme Minha vontade, então será Minha vez de, em amor, cingir a Mim mesmo e descingir vocês, e então vos servirei. Vocês devem estar bem cingidos e vigilantes no meio do mal, mas quando o mal estiver desfeito, então poderão descansar. Quando estiverem na casa do Pai, poderão se deitar e ficar à vontade. Então suas vestes poderão se arrastar pelo chão sem qualquer temor de que elas fiquem sujas. Naquele lugar abençoado de santidade e pureza vocês poderão deixar fluir suas afeições, pensamentos e desejos sem temor de que sejam contaminados.


J. N. Darby (adaptado)

 

A Vinda do Senhor e Seu Efeito Prático em Nós

Quando o Senhor Deus, depois da desobediência de Adão, o chamou no Jardim, Ele falou da Semente da mulher que deveria ferir a cabeça da serpente. Esta, então, é a primeira menção da vinda do Homem Jesus Cristo a este mundo – Aquele Homem que executará tudo para a glória de Deus e suprimirá toda a iniquidade. No entanto, a Igreja, na maior parte, perdeu a expectativa viva da vinda e do reino de Cristo, quando Ele julgará os vivos e os mortos. A Igreja está dizendo, como o servo mau, relatado na parábola: “O meu senhor tarda em vir”. Em consequência, ela se misturou com o mundo, ao invés de ser portadora da luz.


Os períodos distintos

A vinda do Senhor é um só tema, mas é marcado por períodos distintos. Houve a Sua vinda quando Ele foi morto e não teve nada (Dn 9:26 - JND). Sua primeira vinda foi em humilhação; a segunda vinda é dividida em duas partes. Ele divide a sua jornada (por assim dizer) no ar para levar os que são Seus para fora do cenário onde a ira de Deus será derramada. Qual deveria ser o efeito disso no caráter de nossa alma? O efeito que isso teve sobre os santos em Tessalônica, fez deles o assunto de todos ao redor (1 Ts 1:7-9), de modo que Paulo não precisava dizer nada. Nós lemos: “Dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a Quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus” (1 Ts 1:9-10). Vemos a seriedade que os marcava. Quando convertidos, eles se voltaram para Deus e se afastaram de tudo aquilo em que haviam sido criados. Se isso não é verdade para uma alma convertida, é porque o evangelho não é pregado adequadamente ou porque a mente do homem toma o lugar da Palavra de Deus.


A obra de fé

Em 1 Tessalonicenses 1:3, encontramos sua “obra de fé”, “trabalho de amor” e “paciência de esperança”. Se nos voltarmos para Apocalipse 2:2, onde o Senhor é visto andando entre os castiçais e Se dirige à assembleia de Éfeso, encontramos “obra”, mas nenhuma menção sobre fé; encontramos “trabalho”, mas não conectado com o amor e “paciência”, mas não a de esperança. A “paciência da esperança” é a vinda do Senhor. Se tudo isso é feito sem o princípio motivador do amor, de Deus e para Deus, não é aceitável para Ele. Não é muito barulho e correr de um lado para o outro, mas aquilo que é fielmente realizado em amor a Ele é o que Ele valoriza – um desejo ardente por Cristo habitando continuamente no coração, e Cristo formado ali.


Profecias do Velho Testamento

No Velho Testamento, a vinda do Senhor é vista como um evento único; os sofrimentos e a glória estão conectados. Por exemplo, em Zacarias 9:9 lemos, “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, Justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta”. Mas em Mateus 21:5, onde se cumpre, “Justo e Salvador” são deixados de fora, porque Ele era O rejeitado naquele momento. Em Lucas 4:21, quando o Senhor diz: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos”, Ele para de ler no meio da sentença (Lc 4:19) – compare com Isaías 61:1-2. Já existe um intervalo de mais de 2.000 anos entre o cumprimento das duas partes dessa sentença.


Em Deuteronômio 24:5, lemos que um homem que tomou uma nova esposa “não sairá à guerra por um ano inteiro ficará livre na sua casa e alegrará a sua mulher, que tomou”. Isso nos mostra o lugar que a Igreja ocupa no coração de Cristo. Coloca diante de nós o intervalo após o Arrebatamento e o deleite de Cristo em Sua Igreja, pois Ele não aparece como guerreiro em Apocalipse 19, até depois das bodas do Cordeiro. Ele estará escondido e Se deleitando em Sua Igreja enquanto as taças da ira estarão sendo derramadas. Ele estará na casa do Pai em êxtase de gozo. Então, quando Ele sair para a guerra, iremos com Ele para julgar até mesmo os anjos. Em Daniel 7:9 há tronos, mas não ocupantes para eles. Em Apocalipse 20:4, após as bodas do Cordeiro, aos ocupantes daqueles tronos será dado o poder para julgar. É muito conveniente aos santos que ocuparão esses tronos, que tenham a inteligência para pôr de lado tudo o que seja contrário a Ele, enquanto esperam Sua vinda.


R. E. C. (adaptado)

 

A Obra de Cristo, o Poder do Espírito e a Vinda do Senhor

A vinda do Senhor para nós se funde com todos os estados, pensamentos e motivos da vida Cristã. Ao deixar Seus discípulos, o Senhor os consola, em primeiro lugar, com a certeza de que Ele viria novamente e os receberia para Si mesmo. A última palavra de despedida no livro de Apocalipse é: “Certamente, cedo venho. Amém. Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20). Ter a Jesus entre eles novamente, que, em um sentido pessoal, eles haviam perdido, era a brilhante e bendita esperança colocada diante deles. Todo sentimento e motivo corretos estão ligados a isso; está fundido com o evangelho e entra em toda a sua estrutura.


Eu não faço advertências para o mundo, porque o meu objetivo são os santos, mas o Seu Aparecimento virá sobre o mundo como um ladrão na noite. Mas estamos completamente associados a Cristo em glória agora. Nossa vida ainda está escondida com Cristo em Deus, mas Ele Se manifestará, e nós seremos manifestados com Ele em glória. Sabemos que “quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos” (1 Jo 3:2) e, portanto, a palavra para nós é: “E qualquer que n’Ele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro” (1 Jo 3:3).


Vigiando

A declaração do Senhor, quanto ao verdadeiro caráter do Cristão (Lucas 12), é que ele está esperando pelo Senhor; a bênção repousa sobre aqueles que são encontrados vigiando. O ato de vigiar se distingue do serviço enquanto Ele está ausente, e a recompensa para cada um é distinta (ver v. 37, 43-44). Para o que vigia, a alegria do céu é ministrada por Cristo; para os servos, eles governarão sobre todas as coisas. “Negociai até que eu venha” (Lc 19:13) foi a direção para os servos quando ele foi embora. O que levou a Cristandade ao mundanismo e à opressão eclesiástica foi alguns dizerem em seu coração: “O meu senhor tarda em vir”, e o julgamento e a morte como incrédulos e hipócritas foram a consequência. Nem o Senhor nem Seus apóstolos jamais falaram de antemão sobre Sua vinda como algo além da vida dos que estavam envolvidos. As virgens que dormiram são as mesmas que despertaram; os servos que receberam os talentos são os mesmos que foram julgados.


Nosso destino

Somos predestinados para sermos conformados à imagem do Filho de Deus, para que Ele seja o Primogênito entre muitos irmãos, mas isso se refere a como Ele é em glória, não como quando Ele morreu e Seu corpo estava no sepulcro. Nós carregamos a imagem do terreno e devemos carregar a imagem do celestial. Devemos vê-Lo como Ele é, ser como Ele quando Ele aparecer; devemos aparecer com Ele quando Ele aparecer, tendo sido arrebatados para encontrá-Lo nos ares, e depois levado com Ele em glória.


Santidade

A santidade atual é sempre identificada com essa semelhança de Cristo em glória, aperfeiçoada quando formos ressuscitados. “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Co 3:18). Então, em João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos. E qualquer que n’Ele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro” (1 Jo 3:2-3). Assim, em 1 Tessalonicenses 3:13, a santidade agora buscada está em sua verdadeira perfeição diante de Deus, nosso Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os Seus santos. Em Efésios, lemos: “Cristo amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra, para a apresentar a Si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante” (Ef 5:25-27). A santidade é sempre identificada com nossa correspondência a Cristo em glória quando Ele vier – sendo então como Ele é.


A esperança de Sua vinda

Cada livro no Novo Testamento, exceto dois (Gálatas e Efésios), especifica e distintamente apresenta a vinda de Cristo como a conhecida esperança constante, caracterizando o Cristão. É identificada com cada elemento da vida e serviço Cristãos. O dizer: “O meu senhor tarda em vir” é notado como a causa do mundanismo e ruína na Igreja; a negação de Sua vinda é característica dos escarnecedores dos últimos dias.


A Igreja em geral perdeu o objeto, quanto ao que está diante de nós em esperança, para o qual eles foram convertidos. Estamos andando no poder do Espírito que habita em nós, que nos faz ter nossa conversação, nossas associações vivas no céu, ao qual pertencemos? A espera pelo Filho de Deus é o estado normal do Cristão, porque pertence a Ele. Até sermos arrebatados para estar com Cristo em glória, tudo é imperfeição, pois “temos, porém, esse tesouro em vasos de barro” (2 Co 4:7). A presença viva do Espírito Santo e a espera de Cristo caracterizam o Cristianismo e o estado Cristão. Não estar desfrutando disso é ter perdido tudo de vista.


Bible Treasure (adaptado)

 

O Meu Senhor Tarda em Vir

Mateus 24:48

Satanás sempre procura corromper o que ele não pode destruir, quer o objeto de seu propósito maligno seja os santos de Deus, ou qualquer verdade especial de Sua Palavra que envolve e abençoa suas almas. A verdade da vinda do Senhor como a bendita esperança do crente não é uma exceção. Desde que o Senhor graciosamente a reavivou neste período de encerramento do dia da graça, isso tem tomado tão firme controle sobre a alma dos Seus santos, em todos os lugares, como nunca foi conhecido antes, desde os tempos apostólicos, e nem foi, desde aqueles dias, nunca antes tão normalmente aceito como é agora.


As dez virgens

No início, todas as virgens saíram para encontrar o Noivo (Mateus 25), mas quão rapidamente este testemunho foi abandonado, e tudo se reduziu a isto: “tosquenejaram todas e adormeceram”.


Mas à meia-noite houve um clamor: “Eis o Noivo! Saí-lhe ao encontro!” (Mt 25:6 – AIBB). Quão perfeitamente isto tem se cumprido, e quão intimamente estas duas coisas – a Pessoa de Cristo e a saída de coração em direção a Ele como sendo Aquele que vem – foram conectadas na verdade agora restaurada! Agradecemos a Deus que o poder do Espírito Santo tem acompanhado esse testemunho de tal modo, que os esforços de Satanás não terão sucesso em privar os Cristãos daquilo que Deus tão graciosamente restaurou a eles. Mas há perigo, pois a característica mais precisa que essa esperança possui, considerada na prática, é sua iminência sem data específica. Satanás sabe que, se conseguisse remover essa característica peculiar – a proximidade indefinida, mas sempre presente, do retorno do Senhor, o cerne da verdade seria retirado. A casca da doutrina poderia permanecer, mas não seria mais um poder que está sempre operando e uma bendita esperança diante da alma.


Declínio do coração

Prevendo este perigo, o Espírito Santo fornece uma parábola para advertir, expressamente, contra esta armadilha que o inimigo coloca aos Cristãos professos (Mt 24:45-51). A armadilha especial de Satanás agora é a da retenção da sã doutrina quanto ao Arrebatamento, mas misturada com o mundanismo e coisas semelhantes que o Senhor apresenta no cenário de servos espancando seus conservos, comendo e bebendo com os bêbados. Esta violência e libertinagem, se exercida ou contida, são as obras da carne e a permissão do mundo, quando desenvolvidas e exibidas.


Por isso, nós trazemos para nossa própria alma e para nossos leitores a real importância de estarmos atentos a este declínio do coração, a respeito da volta do Senhor, que é a última armadilha do nosso astuto inimigo. Podemos dizer que, por tanto tempo esperando por Ele, estamos cada vez mais convencidos de que Ele está cada vez mais perto? Estão ambos, o desejo e a expectativa de Sua vinda, em razão do longo tempo decorrido, crescendo a cada dia mais forte em nossa alma?


Uma coisa é clara: se o desejo tão acalentado em nosso coração ainda não foi satisfeito pela esperança de Sua vinda, permitimos que nossa fé falhasse, nossos desejos esfriassem e nossas expectativas vacilassem. Assim, nesse sentido, o cotidiano com cada vez mais essa “bendita esperança”, escapou do coração. Não é de admirar que o coração infiel então se volte para o mundo que permitiu traí-lo em declínio, dizendo consigo mesmo: “O meu senhor tarda em vir” e, consequentemente, dando rédea à carne e suas obras. Ele não disse: “O Senhor não vem”, mas ele adia como algo que não está próximo ou não é esperado.


A esperança iminente

Quão diferente é para a fé! As cenas da Terra estão mais sombrias, o pobre corpo jaz à porta da morte, como se costuma dizer, e a vida está rapidamente se esvaindo? Não há para nós nenhuma escuridão profunda o suficiente que seja insondável aos raios penetrantes da “brilhante estrela da manhã”, nenhum tempo tão curto a ponto de impedir que Ele venha. Se há tempo para um piscar de olhos, há tempo para que Ele venha; para o gozo de Seu próprio coração. O primeiro ato de Sua vinda será produzir Seu efeito completo sobre os corpos das incontáveis multidões de Seus santos, num mesmo piscar de olhos! Para mudar o cenário, é igualmente um privilégio da fé, considerar a vinda do Senhor a coisa mais brilhante em nosso horizonte, envolvendo nosso coração supremamente, precisamente quando os favores divinos na Terra estão, em sua disposição, mais cintilante diante de nosso grato coração. E, se não é assim conosco, podemos desafiar nossa alma, se a Pessoa de Cristo e a promessa de Sua vinda novamente, alguma vez assumiram seu lugar incomparável no coração como deveriam!


A ceia do Senhor

Podemos também acrescentar que não sabemos nada que seja usado pelo Espírito Santo de forma mais poderosa e mais refrescante para reviver, de tempos em tempos, esta preciosa doutrina e esperança no coração dos santos, do que a lembrança do Senhor. E tão divinamente interligadas são as duas coisas (a ceia e Sua vinda) que raramente, ou nunca, os santos estarão realmente certos sobre qualquer uma delas, se estiverem errados sobre uma ou outra.


A ceia do Senhor realmente possui a maravilhosa e única propriedade de convergir em um só foco Sua morte e Sua vinda, trazendo de volta Sua morte como nosso único ontem e antecipando Sua vinda como nosso único amanhã, e a mesa sendo nosso único hoje, onde nossa comunhão é com o Pai e o Filho, e uns com os outros “até que Ele venha”. Nosso ontem: Cristo na morte de Quem nos lembramos; nosso hoje: Cristo glorificado a Quem estamos unidos; nosso amanhã: Cristo que vem pelo Qual ansiamos, brilhando sobre nós como a “Estrela da manhã”, enquanto mantemos vigília durante a longa noite de Sua prolongada ausência.


Que o Espírito Santo mantenha fresca, diante de nossa alma, esta “bendita esperança”, e que não permita que ela seja prejudicada por qualquer uma das cenas mutáveis da Terra, acima de tudo, preservando-nos de sempre dizer em nosso coração, com leviandade e mundanismo de Laodiceia, “O meu senhor tarda em vir”.


R. W. (retirado de Christian Truth, adaptado)

 

Felicidade

Uma recente edição especial da Revista Time foi intitulada, “A Ciência da Felicidade”, enfocando o que nos faz felizes e como podemos ajustar nosso pensamento e comportamento para ter uma vida mais alegre. Desnecessário dizer que o tema trouxe algumas leituras interessantes, pois abordou as várias maneiras pelas quais a pesquisa científica tinha, supostamente, nos mostrado como ser feliz. Os autores são Laura Kubzansky e K. “Vish” Viswanath, codiretores do Lee Kum Sheung Center for Health and Happiness (Centro de Saúde e Felicidade) em Harvard T. H. Chan School of Public Health (Escola Pública de Saúde). No decorrer da revista, eles exploram várias razões pelas quais os seres humanos não são felizes, e fazem sugestões para superar esses problemas.


Como poderíamos esperar, a abordagem deles é em grande parte secular, mas achei curioso que algumas das conclusões a que chegaram fossem apoiadas pela Escritura. Citaremos alguns desses exemplos. Vale ressaltar que muitas vezes a palavra “mais feliz” é usada pelos autores, pois a pesquisa do homem consiste em “comparar-se entre si” (2 Co 10:12). A verdadeira felicidade vem somente em conhecer a Cristo, em ter Ele como nosso Salvador e em andar em comunhão com Ele.


Resiliência

Percebendo que coisas ruins às vezes acontecem em nossa vida, o artigo valoriza muito a resiliência – a capacidade de “se recuperar” de eventos difíceis que podem surgir em nosso caminho. Entre as maneiras de se desenvolver a resiliência, eles mencionam o seguinte:


“Desenvolva um conjunto básico de crenças que nada pode abalar;


Tente encontrar significado em qualquer evento estressante ou traumático que tenha acontecido com você;


Seja rápido para pedir suporte quando as coisas derem errado.”


Para aqueles de nós que conhecem a Palavra de Deus, é fácil ver como todos esses três métodos de desenvolvimento de resiliência são encontrados nela. Visto que recebemos “um Reino que não pode ser abalado” (Hb 12:28), não devemos desprezar... “a correção do Senhor”, nem devemos “desmaiar” “quando, por Ele, fores repreendido” (Hb 12:5). Em vez disso, devemos ser exercitados por meio disso a fim de desfrutar do “fruto pacífico de justiça” (Hb 12:11), que vem do aprendizado da lição que Deus pretende para nós. Em tudo isso temos não só o apoio uns dos outros, mas também o Senhor, que prometeu: “Não te deixarei, nem te desampararei” (Hb 13:5).


Dinheiro

Os autores também mencionam o dinheiro, apontando que aqueles que são muito pobres não são tão felizes quanto aqueles que têm o suficiente para viver confortavelmente. Mas é interessante que, além desse nível básico de conforto, eles descobriram que mais dinheiro não traz mais felicidade. Nos Provérbios, lemos: “não me dês nem a pobreza nem a riqueza... para que, porventura, de farto Te não negue... Ou que, empobrecendo, venha a furtar” (Pv 30:8-9).


Casamento e estresse

O artigo também aponta que, um bom casamento e uma família que dê apoio, contribuem em grande parte para mais felicidade. Novamente, o próprio Senhor disse no início da história do homem: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18), e a Escritura reconhece que a companhia e a ajuda de outros é uma grande misericórdia, especialmente em dificuldades.


Além disso, a falta de estresse e tensão na vida, juntamente com uma verdadeira gratidão por aquilo que temos, são o que favorece um longo caminho para a felicidade. Mais uma vez, a Escritura nos diz que, “O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos” (Pv 17:22).


Há até mesmo várias referências na Palavra de Deus no artigo, como “E ninguém põe vinho novo em odres velhos” e “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus”. Tem até uma citação de Eclesiastes: “Eis que tudo era vaidade e aflição de espírito” (Ec 1:14). Mas tudo isso está misturado com citações de religiões falsas, levando à conclusão deles de que “aqueles com uma prática espiritual ou que seguem as crenças religiosas tendem a ser mais felizes do que aqueles que não o fazem”.


Tendências

É revelador notar que um tema especial como esse ocorre quando o homem está literalmente “à beira da loucura” e mal sabe em que direção virar. Uma vez que Deus e Suas reivindicações têm sido abandonados, o coração dos homens está de fato “desmaiando de terror”, e muitas vezes esse medo assume formas muito irracionais. Mas como outra edição da Revista Time comentou muito bem: “Em uma sociedade temível e tribalista, somos conduzidos pela emoção, que é a moeda das mídias sociais”. O nível de estresse e ódio na sociedade ocidental está aumentando, o que, por sua vez, causa um aumento na linguagem rude e violenta. Isso então se traduz em ações violentas. Para aqueles que são um pouco instáveis ou talvez se sintam um tanto marginalizados na sociedade, a violência sem sentido é geralmente direcionada simplesmente à pessoa ou instituição que representa sua desilusão. O nível de felicidade e contentamento neste mundo está diminuindo rapidamente, não aumentando, e o homem sente a necessidade, de alguma forma, reverter essa tendência, concentrando-se no que o faz feliz.


Conclusões

Embora algumas boas conclusões sejam apresentadas nesta edição especial da Revista Time, como seria de esperar, ela falha em não abordar a raiz do problema. Isto é, o homem no mundo de Caim, procurando felicidade num mundo que está manchado pelo pecado, e deixando Deus completamente de fora, exceto como um conceito nebuloso que não está fundado em nenhuma verdade absoluta. A raiz da infelicidade do homem é o pecado no mundo, e seus efeitos não podem ser revertidos pelo homem natural. Ele pode sentir-se o mais confortável possível neste mundo arruinado, mas, finalmente, ele reconhecerá o veredito de Salomão: “Eis que tudo era vaidade e aflição de espírito”. Um homem pode, de maneira temporal, ser mais feliz do que outro, pois o pecado introduziu desigualdade e ganância no mundo. Existem aqueles que se sentem relativamente confortáveis nesta vida e aqueles que passam por necessidades. Mas, sem Deus, todo esse conforto é meramente “prazeres transitórios do pecado” (Hb 11:25 – ARA). Não importa o que tenhamos nesta vida, nunca poderá nos dar completa satisfação ou felicidade. Como alguém observou: “A felicidade é um estado de espírito, não uma questão de circunstâncias”.


Soluções

Em segundo lugar, as soluções propostas não se elevam acima do próprio homem. Algumas das recomendações dadas são boas e razoáveis, mas muitas vezes não há poder para realizá-las. Dizem que devemos mostrar mais gratidão pelo que já temos, mas o homem em sua natureza caída sempre quer o que ele não tem. Dizem que devemos ajudar mais aos outros, mas o homem natural é egoísta e egocêntrico. Dizem que devemos dar um “tempo” na tecnologia moderna, mas a maioria das pessoas hoje é viciada em seu celular, em sua música, no Facebook e em outros veículos de mídia social. Dizem que devemos sair mais e fazer mais exercícios, mas a obesidade global quase dobrou nos últimos trinta anos, especialmente entre as crianças. Tudo isso cumpre as palavras do Senhor por meio de Jeremias: Eu sei “que não é do homem o seu caminho, nem do homem que caminha, o dirigir os seus passos” (Jr 10:23).


Outras alternativas

Terceiro, a busca do homem pela felicidade leva-o a todos os tipos de caminhos diferentes, incluindo aqueles que não são apenas pecaminosos, mas perigosos. Desde que o mundo rejeitou a Cristo, Satanás é seu deus e príncipe, e ele governa o homem por seus desejos. Como o deus deste mundo, ele tem arquitetado falsas religiões, que agora estão sendo procuradas por muitos seguidores em países que antes eram considerados Cristãos. Há uma forte ênfase em um artigo sobre o conceito de “mindfulness” (atenção plena) – o foco em tudo o que estamos fazendo no presente, ao invés de ter nossas mentes preocupadas com o que quer que seja que possa vir na nossa agenda. (Para uma discussão mais completa sobre mindfulness, veja a edição de junho de 2017 da revista O Cristão).


Como foi apontado no artigo sobre mindfulness, o conceito está enraizado no budismo e pode levar as pessoas desavisadas a influências satânicas. O desejo de algo “espiritual” sem Cristo sempre foi um caminho para a superstição demoníaca, e pode ser o precursor de hoje da “operação do erro” que irá prevalecer, durante o período da tribulação, naqueles que rejeitaram o evangelho da graça de Deus. Uma vez que o artigo nivela todas as religiões como semelhantes, a mensagem é que não importa em que você deposita sua fé, contanto que você tenha uma “crença central”. Essa ilusão é exatamente o que Satanás usa para acalmar os homens com uma falsa sensação de segurança.


Verdadeira felicidade

Mas Deus nos disse em Sua Palavra que a verdadeira felicidade vem somente quando o homem olha para fora de si mesmo, para o Deus que não apenas o ama, mas providenciou um caminho de volta para Si mesmo por meio do dom de Seu Filho. Em Cristo temos um Objeto que preenche nosso coração, não apenas neste mundo, mas por toda a eternidade. Nosso testemunho ao mundo é nosso gozo em Cristo, que é independente de nossas circunstâncias.


W. J. Prost

 

Propósito e Passagem

Nossa passagem por este mundo não faz parte do propósito de Deus; faz parte do caminho de Deus, mas Seu propósito é simplesmente nos colocar em Cristo e sermos perfeitamente semelhantes a Cristo na glória que Ele tem como homem.


J. N. Darby

 

Afeições e Atividades

Há duas coisas que fazemos bem em aprender a distinguir: (1) ter uma consciência tranquila sobre as afeições daqueles com quem temos que lidar e (2) o fulgor da esperança que traz atividade para a alma.


J. N. Darby

 

Progresso e Realização

Nosso chamado é para glória com Cristo, somos predestinados para sermos conformados à Sua imagem, e esse é o tempo em que Cristo verá o fruto do trabalho da Sua alma; essa deve ser a medida de tudo; haverá progresso até então, e realização no sentido de progresso, mas ainda não realização plena. Deve haver, é claro, o espírito de santidade aqui, porque somos Cristãos. Se estivermos à procura de uma plena realização a ser alcançada neste mundo, ficaremos aquém da santidade da Escritura, pois devemos ser conformados à imagem do Filho de Deus.


J. N. Darby

 

Nossa Esperança


Um grito! Uma nota de trombeta! Uma presença gloriosa no céu azul; Um suspiro! Uma emoção de alegria E nós estamos com Ele num piscar de olhos!


Um relance! Um olhar para cima! Apanhados para estar com Cristo para todo o sempre! Os mortos vivem! Os vivos glorificados! Cumpridas são todas as Suas promessas que vieram antes!


Sua face! Seu supremo gozo! Nossas almas se encontram arrebatadas aos Seus pés! Inculpáveis! Sem uma mancha! Entramos na alegria completa do Céu!


Sons de harpas! Oh, soe Seu louvor – Nós O conheceremos como nunca antes O conhecemos! A graça de Deus sem igual! De Deus o amor Demorará toda a eternidade para deles falar enquanto O adoramos!


A. C. White

 

Quando Nós Formos Chamados


Quando a trombeta do Senhor ouvirmos afinal,

Anunciando-nos o dia eternal,

Subiremos redimidos para a casa celestial,

Quando nós formos chamados para o lar!


"Quando nós formos chamados",

"Quando nós formos chamados",

"Quando nós formos chamados",

Subiremos entre nuvens para o lar.


Quando as sombras todas se afastarem na ressurreição,

Os que dormem em Jesus lá estarão;

E entre nuvens ao Senhor subindo, que consolação!

Quando nós formos chamados para o lar!


Agradar, sim, nós queremos sem cessar, ao bom Senhor,

E falar de Sua graça e amor,

Até terminar o tempo de serviço ao Salvador.

Quando nós formos chamados para o lar!


Contra as hostes poderosas nós devemos batalhar

Com as forças que Jesus só pode dar;

Com a espada da Palavra vamos sempre aqui lutar,

Subiremos entre nuvens para o lar.

Hino 137

 

“E, assim, estaremos sempre com o Senhor”

1 Tessalonicenses 4:17

 




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