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Evangelização (Dezembro de 2005)


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Revista mensal publicada originalmente em dezembro/2005 pela Bible Truth Publishers

 

ÍNDICE


          Tema da edição

          W. J. Prost

          W. T. P. Wolston, Writing to Sunday School Teachers

         Adaptado de To Every Man His Work

          Autor desconhecido

         P. Wilson, adaptado de Christian Truth, vol. 7, pág. 303

          Autor desconhecido

          W. J. Prost

          A. Miller, adaptado de Choice Meditations of the Gospel

          Autor desconhecido

          W. J. Prost

          Ida A. Guirey


 

Evangelização 


Deus é um Evangelista. Com todo o amor do Seu coração, Ele, por meio de Seus servos, de maneira sincera, paciente e fielmente procura os perdidos para serem reconciliados a Si mesmo. Seus servos são embaixadores de Cristo, que foi Quem realizou a poderosa obra para Deus para que pudesse haver uma mensagem de amor, chamando pecadores ao arrependimento e a aceitarem a tão grande salvação de Deus.

 

Todo filho de Deus com uma alma saudável é um evangelista. Como Seu pai, Seu coração de amor sai em busca dos perdidos e leva as boas novas de Deus para eles. Deus não deu a cada um o distinto dom de evangelista, mas Deus quer que cada um compartilhe do Seu coração para as almas e procurar que sejam abençoadas. Todos nós, de uma forma ou de outra, podemos e devemos fazer “a obra de um evangelista”.

 

Existem maneiras certas e erradas de fazer esta obra. Para nossa instrução e aviso, algumas das formas erradas serão identificadas nesta edição. No entanto, nenhum de nós deve se concentrar em outras pessoas que possam não estar fazendo a obra da maneira certa. Talvez Deus possa elogiar o desejo que há neles e, em Sua soberania, abençoar a obra que eles fazem. Mas o que Ele encontrará em nós para elogiar se formos apenas um espectador e juiz dos outros?

 

“Levantemo-nos, e edifiquemos. E fortaleceram as mãos para a boa obra” (Ne 2:18 – AIBB).

 

Tema da edição

 

A Evangelização Hoje 


“Eu acredito que o Cristão que não está cultivando e manifestando um espírito evangelístico está em uma condição deplorável. Creio, também, que a assembleia que não está cultivando e manifestando um espírito evangelístico está em um estado morto” (C. H. Mackintosh).

 

Essas palavras foram escritas há mais de cem anos, mas são tão verdadeiras hoje quanto quando foram escritas. Quão necessário é que mantenhamos o evangelho diante de nós e sejamos sinceros em divulgá-lo! No entanto, nestes dias de declínio espiritual, especialmente em países relativamente ricos, podemos nos perguntar: “Como devemos apresentar o evangelho de maneira eficaz?” É triste dizer que houve um afastamento do respeito e atenção que a Palavra de Deus uma vez teve, e não é fácil levar as pessoas para ouvir o evangelho. Os “cuidados, e riquezas, e deleites da vida” (Lc 8:14) cobraram seu preço, e Satanás usou essas coisas muito bem para impedir as pessoas de pensarem sobre assuntos eternos. Por um lado, não devemos nos surpreender com isso, pois o Senhor nos disse em Sua Palavra que isso aconteceria nos últimos dias. Por outro lado, crentes fervorosos que amam e querem alcançar almas perdidas às vezes ficam intrigados sobre como devem fazê-lo.

 

Entendendo os tempos 

Passaram-se os dias quando aqueles que tinham um coração para o evangelho poderiam simplesmente anunciar uma reunião de pregação do evangelho e fazer com que as pessoas se reunissem para ouvir. Hoje é raro que as pessoas respondam a esse convite. Da mesma forma, métodos que foram usados efetivamente em anos passados, como a pregação de rua, não são praticados hoje em muitas partes do mundo. Os prazeres e diversões disponíveis para as crianças dificultaram até mesmo que elas frequentem a escola dominical. Tendo em vista essa atitude em grande parte do mundo de hoje, é fácil desistir e recorrer à soberania de Deus, confiando que Ele operará nos corações para salvá-los sem a nossa intervenção. Esta é uma atitude errada e lamentável. Sua obra será feita, sem dúvida, mas perderemos o privilégio de servi-Lo e de suportar o opróbrio do mundo enquanto falamos de Cristo no lugar onde Ele foi rejeitado. Então, qual é a solução?

 

Principalmente uma obra individual 

Primeiro de tudo, precisamos reconhecer que a Escritura apresenta a evangelização primariamente como uma obra individual, não como uma responsabilidade da assembleia. Não há dúvida de que mais do que um pode compartilhar desse exercício, e é bom que todos os indivíduos em uma assembleia cuidem das almas perdidas. É bom ver um testemunho do evangelho conectado, se possível, com o local onde a assembleia se reúne. No entanto, é um erro achar que ter uma reunião anunciada do evangelho toda semana “atende aos critérios” e que agora cumprimos nossa responsabilidade. Não há dúvida de que os santos são renovados e encorajados ao ouvir o evangelho, mesmo que não haja almas perdidas. Muitas vezes, um entendimento mais profundo da verdade do evangelho é obtido dessa maneira, especialmente pelos mais jovens. No entanto, o evangelho é propriamente para “os lugares que estão além” e, embora isso inclua campos estrangeiros, também significa que devemos continuamente buscar alcançar aqueles que não ouviram em nossa própria área. Como é um exercício individual, todos devem sentir a responsabilidade e o fardo, e estar diante do Senhor quanto ao que fazer.

 

Apelando para a carne 

Quando há pouco interesse nas coisas de Deus, pode haver uma tendência de atrair pessoas por meios humanos. O uso constante de coisas como a música mundana, dramatizando as Escrituras por meio da atuação teatral e outros apelos à natureza tende a enfraquecer a autoridade e o poder da Palavra de Deus. No entanto, devemos perceber que, no caso de jovens e crianças, muitos hoje não foram disciplinados a se concentrar ou mesmo ler a Palavra de maneira apropriada, e assim eles acham difícil prestar atenção por qualquer período significativo de tempo enquanto a Palavra de Deus é lida e aplicada. Ao conduzir uma escola dominical onde o Senhor enviou crianças da vizinhança, é bom apresentar o evangelho no nível delas. Nesses casos, é sempre útil dar a elas algo para manusear com as mãos, talvez uma habilidade relacionada à mensagem ou uma boa lição objetiva, de modo que haja uma conexão visual com a mensagem apresentada. Em vez de ser prejudicial para as crianças que frequentam lares Cristãos, pode, com a ajuda do Senhor, dar a elas um coração para alcançar as pessoas da mesma idade com as boas novas.

 

As crianças e jovens de hoje 

Muitos jovens e crianças hoje estão completamente entediados com a vida, são negligenciados por pais que estão ocupados demais para estarem com eles e anseiam por algo para fazer. Uma “oficina de hobbies” com vários ofícios – como pintar placas de gesso, fazer trabalhos em couro e marcenaria – podem ser usados de maneira eficaz. Outros com a energia necessária para isso, alugaram um ginásio para passarem a noite e jogarem, depois servem refrescos e tem uma mensagem do evangelho. As crianças que não frequentam a escola dominical muitas vezes vão a uma “noite de diversões” ou a uma “aula de hobbies” e acabam ouvindo o evangelho. Naturalmente, todas essas coisas envolvem uma quantidade tremenda de preparação antecipada, e algumas despesas também. Mas os resultados valem a pena.

 

Além disso, a vida de jovens e crianças hoje em dia muitas vezes carece desse ingrediente mais importante – o amor. Em muitos casos, as casas foram destruídas pelo divórcio e as crianças são as vítimas. Eles anseiam por amor e estabilidade em suas vidas e responderão àqueles que separarão um tempo para fornecê-lo, mesmo em meio período. Sua visão do amor de Deus é muitas vezes um pouco dependente do que eles experimentaram do amor natural, e isso nós podemos dar a eles. Que possamos ter tempo para fazer isso!

 

Os adultos de hoje 

No caso dos adultos, alguém observou que a abordagem “tiro de revólver” que acontecia no passado, deve dar lugar a uma abordagem “tiro de fuzil” hoje. Embora isso possa não ser totalmente verdade, no entanto, é um fato que a maioria dos que são salvos hoje são salvos por um contato pessoal em vez de ouvir uma mensagem pregada. Que tenhamos um espírito evangelístico sobre nós em todos os momentos. Que tenhamos sempre folhetos evangélicos conosco e “instes a tempo e fora de tempo” (2 Tm 4:2). Se tivermos um coração para as almas, o Senhor abrirá oportunidades para aqueles com quem entramos em contato no trabalho, na escola, em restaurantes, bancos, postos de gasolina e onde quer que estejamos.

 

Os lugares que estão além 

Finalmente, não nos esqueçamos dos “lugares que estão além”. Viajar e comunicar são mais fáceis hoje do que eram antes, e há muitas partes do mundo que precisam desesperadamente do evangelho. É verdade que missionários estrangeiros, particularmente do Ocidente, não são bem-vindos em muitos países hoje em dia. Os obreiros nativos são frequentemente mais eficazes e aceitos. No entanto, o Senhor tem dado aos que estão nos países ocidentais os meios e, muitas vezes, o ensinamento espiritual para ajudá-los a ser de muita ajuda, mesmo que seja por visitas ocasionais e encorajamento. Que o Senhor nos dê uma “visão de mundo” de Sua obra! Que estejamos prontos para suportar um pouco de dificuldade e encorajar a obra do Senhor em partes do mundo que precisam dela.

 

Estamos vivendo no final da dispensação da graça, e não seria inteligente, espiritualmente falando, esperar ver os avivamentos que Deus operou algumas vezes no passado. No entanto, provavelmente há mais almas sendo salvas hoje, em números, do que nunca. Que sejamos exercitados para termos uma parte nisso!


 W. J. Prost

 

A Importância da Escola Dominical


É absolutamente impossível estimar a verdadeira a importância de se alcançar a alma humana durante seus primeiros anos de vida. O jesuíta diz, e diz com sabedoria: “Dá-me o teu filho pelos primeiros sete anos da sua vida e eu o darei a ti por todo o resto”. A mente infantil tem essa condição receptiva e fértil, que o que é então implantado nela é raramente, ou nunca, eliminado ou completamente destruído. Então, se o erro for introduzido, de forma diligente e efetiva, o fruto pernicioso disso será manifesto durante toda a vida. Por outro lado, se a verdade de Deus é depositada na criança, então há material para que, nos anos seguintes, o Espírito de Deus possa utilizar e realizar, e muito frequentemente Ele o faz.

 

Por isso, minhas mais cordiais empatias são para com a obra da escola dominical e todos os esforços para alcançar os jovens são levados adiante de um modo piedoso. Pessoalmente, devo tudo ao ensino e instrução precoces nas Escrituras. Assim que aprendi as letras, minha querida mãe me ensinou a ler a Escritura, particularmente as partes históricas dela, e quando eu era criança, com sete anos, eu podia frequentemente ser encontrado de pernas cruzadas debaixo da mesa da sala de jantar, lendo a grande Bíblia da família que meu pai lia na hora da oração. Embora não tivesse sido ainda tocado pelo Espírito de Deus, e praticamente um inconverso, as histórias das Escrituras que fui encorajado a ler entraram em minha mente e nunca saíram. Quando fui trazido ao Senhor aos vinte anos, vi que eu era possuidor de uma vasta massa de informações bíblicas que, como servo de Deus, tem sido de grande utilidade para mim ao procurar ajudar e ensinar os outros.

 

Podem argumentar que isso foi o resultado do ensino familiar. Certamente, mas se você está ciente de que existem crianças cujos pais não lhes dão este privilégio, deve ser seu feliz privilégio pregar e ensinar a eles a Palavra de Deus. Isso exige oração, abnegação e perseverança, mas certamente será recompensado pelo Senhor. De uma coisa podemos estar certos: não haverá recompensa para a nossa preguiça – preguiça que muitas vezes é o resultado da falta de inclinação para nos expormos, embora às vezes possamos lisonjear nossas almas indolentes com o pensamento de que a obra da escola dominical e coisas do tipo não são para nós. Se chegássemos ao fundo da questão, provavelmente descobriríamos que não estávamos suficientemente interessados nas crianças pequenas para abrir mão de nosso confortável lar para estarmos sentados no banco duro, o barulho, e o trabalho geral relacionado com a obra da escola dominical.

 

A todos os meus jovens irmãos e irmãs, eu diria – dediquem-se ao Senhor, talvez nesta linha especial de trabalho. Lembrem-se de que você tem apenas uma vida – viva e use-a para Cristo.

 

W. T. P. Wolston, Writing to Sunday School Teachers

 

Sugestões Práticas para Jovens Pregadores


1. Mantenha seu coração aberto 

Cultive o amor pelas almas. Permaneça muito no amor de Deus, que abriu mão de tudo para que os pecadores fossem salvos e abençoados de acordo com o Seu propósito. Em breve você aprenderá a abrir mão do seu tempo de lazer e do seu melhor para estar em sintonia com o Seu coração. Pense no Senhor Jesus e em Seus sofrimentos para salvá-los, você aprenderá a sofrer dificuldades e fadigas para ganhar almas para Ele. Pense em como o Senhor Jesus chorou quando os pecadores rejeitaram Seu testemunho. Se você pensar em pecadores, orará por eles e aprenderemos a amar aqueles pelos quais oramos.

 

2. Mantenha seus olhos abertos 

Não tenha medo de usar ilustrações da natureza ou objetos da natureza, nem hesite em usar, com moderação, casos de conversão, com os quais você esteja preparado para confirmar. Não podemos melhorar o modo de serviço do Mestre, e Ele ilustrou Seus discursos a partir dos objetos comuns da vida cotidiana. Ele usou fatos da história natural, episódios da vida doméstica, negociações entre senhores e servos e até mesmo ocorrências no mundo político. Até mesmo o clima lhe serviu de exemplo por várias vezes.

 

3. Mantenha seu caderno aberto 

Em suas leituras particulares, você frequentemente apanha material útil. Use um caderno para você mesmo. Anote as coisas que vêm a sua mente. Muitas vezes, uma linha de pensamento lhe ocorrerá em um capítulo de um livro da Bíblia – anote-a! Às vezes, uma ilustração de uma verdade irá aparecer em sua mente – anote-a! De vez em quando, um ponto ou dois para uma pregação do evangelho tomará forma enquanto você vigia e ora – anote-o! Ou você pode ouvir uma observação expressiva ou um assunto comovente de outro santo procurando servir ao Senhor – anote-a! Então use estas notas como o Senhor conduzir.

 

4. Mantenha sua carteira aberta 

É maravilhoso o interesse que temos na obra do Senhor quando nos custa algo! Os santos mais ricos podem dar muito, e podemos ser capazes de dar comparativamente pouco. No entanto, o Senhor é capaz de multiplicar e usar o que temos, e há doçura e proveito em fazer aquilo que nos custa algo. Deus é um Deus que dá e Ele ama um doador que dá com alegria. É a Sua graça que nos faz doadores em um mundo como este.

 

Adaptado de To Every Man His Work

 

 A Obra Saudável

 

Nada é mais saudável para a própria alma do que a dedicação cuidadosa do evangelho, publicamente ou em particular.


Autor desconhecido

 

Métodos de Evangelismo


O homem naturalmente fica impressionado com as grandes manifestações como os filisteus ficaram quando todo o Israel jubilou e a Terra estremeceu, mas a agitação religiosa de Israel naquela ocasião foi vazia e em vão, e logo eles foram derrotados pelos filisteus. Até mesmo Elias foi movido por um grande vento, terremoto e fogo, mas o poder do Senhor estava na voz mansa e delicada. Preparações elaboradas e grande publicidade não substituem a obra do Espírito de Deus.

 

Evangelismo moderno 

O evangelismo moderno está se misturando com o mundo que ele pretende converter, e o resultado final disso será inevitavelmente um tom espiritual muito mais baixo em toda a Cristandade. Isso irá promover e criar mundanismo entre os verdadeiros crentes e abrir as comportas para o erro. A fim de atrair as multidões e obter o que são considerados “resultados”, usam de muito apelo à carne. Não é um Cristo rejeitado e desprezado que é pregado, mas um Cristo popular e adornado de uma maneira mundana que é o que está sendo pregado. Não é a cruz que Paulo disse que o crucificou para o mundo e o mundo para ele, mas uma cruz que de repente se tornou honrosa e grande no mundo. Paulo nunca pregou um evangelho popular em seus dias. O evangelho popular daquele tempo era aquele que poderia misturar a circuncisão e o judaísmo com a verdade de Deus. O judaísmo era uma religião adaptada para o homem na carne e que se acomodava ao mundo em suas políticas e esquemas, mas Paulo pregava a Cristo crucificado – um Homem banido pelo mundo – que era loucura para o grego culto e uma pedra de tropeço para o judeu religioso.

 

Evangelho glamourizado 

Quando Paulo foi para Roma, foi como prisioneiro. Os grandes do mundo estavam lá, e Deus havia decretado que eles deveriam ouvir o evangelho, mas não de um modo que os lisonjeasse – eles deveriam ouvi-lo de um homem acorrentado. Alguns na casa de César foram salvos, mas não foram exibidos como “celebridades Cristãs” para glamourizar o evangelho. Alguns podem dizer que os tempos mudaram desde então, e realmente mudaram, mas um Cristo rejeitado não é mais desejado hoje em dia do que era naquela época. Constantino foi o imperador romano que popularizou o Cristianismo, e milhares e milhares foram adicionados à Igreja, em vez de os Cristãos serem perseguidos, eles passaram a ser honrados. A Igreja rapidamente afundou ao nível do mundo. Tal será sempre o resultado de um evangelho popular e glamourizado.

 

Celebridades Cristãs 

Pessoas proeminentes nos assuntos do mundo – mesmo no campo do entretenimento – são procuradas por causa de sua influência. Agora, não estamos dizendo que o mundo do entretenimento de Hollywood tem maiores pecadores do que em outros lugares, nem pensamos que o evangelho da graça de Deus não pode alcançá-los – graças a Deus, pode e talvez o faça. Mas isso faz deles “celebridades Cristãs” que devam ser exibidas, enquanto muitos deles continuam em seu trabalho de entreter homens, mulheres e crianças que estão no caminho para o inferno? Tal alimentação é o que o deus deste mundo serve para iludir suas vítimas. Uma declaração de uma celebridade se justificando por cantar canções religiosas segundo a maneira do mundo era: “A juventude do país precisa de impulso. Se eles souberem que a religião pode ser divertida e feliz, eles ficarão interessados”. E para tornar a religião divertida, as pessoas são ensinadas que podem aceitar a Cristo e seguir em frente com suas ocupações e passatempos mundanos; em outras palavras, eles podem ter Cristo e o mundo também. Tal Cristianismo carnal só pode ter um efeito desmoralizador sobre a profissão como um todo e sobre o chamado fundamentalismo em particular.

 

O evangelho e a consciência 

As pessoas que professam ser salvas sob a influência do evangelismo atual com suas encenações teatrais habilmente planejadas tendem a ser meros ouvintes “em terrenos pedregosos” que não têm raízes. As consciências de tais nunca foram aradas, e nunca se sentiram pecadores perdidos aos olhos de Deus, nem foram diante d’Ele para tratar sobre o assunto de seus pecados. Eles nunca precisaram calcular o custo de confessar Cristo diante de um mundo hostil, pois foram levados a crer que é algo popular a se fazer. “Bom é o sal, mas, se ele degenerar, com que se adubará?” (Lc 14:34). Cristianismo sem arrependimento, e sem sua separação dos efeitos do mundo, é como o sal que já não é mais sal – é inútil.

 

Estamos atentos ao fato que Deus é soberano e pode usar tais apresentações carnais do evangelho para salvar almas se assim Ele escolher fazer, mas mesmo onde isso é real, está fadado a ser raso e superficial a não ser que Deus aprofunde a obra por outros meios. O Cristianismo bíblico é algo profundo, vital e pulsante que vai influenciar vidas dia-a-dia – para separar crentes no coração do mundo condenado. Oh, que haja mais profundidade nas conversões das almas! Oh, que haja mais santa separação do mundo – de sua religião, suas filosofias, seus prazeres, seu espírito de riqueza, sua política e tudo!

 

A partir desses movimentos que ligam métodos mundanos com um esforço evangélico, e do quais muitos queridos filhos de Deus participam, há muitas degradações do Cristianismo mundano até chegar numa grotesca imitação vulgarizada. Pense em um mundo sem Deus e que rejeita a Cristo, embriagado pelo prazer do pecado, descendo ao inferno enquanto desfruta de um espetáculo sarcástico de lições solenes da Palavra de Deus. Para onde a Cristandade está indo? Quão fiel a descrição que nos foi dada destes dias: “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela” (2 Tm 3:5).

 

Uma palavra de exortação 

E agora, companheiro Cristão, não desanimemos. Procuremos caminhar na santa separação do mundo e reter a Palavra da vida em qualquer esfera que ocupemos. Vamos viver Cristo diante do mundo e buscar, quando tivermos oportunidade, falar uma palavra sobre Ele ou dar um bom panfleto evangelístico a uma alma cansada. Que possamos manter uma perspectiva clara da tendência atual e, ainda assim, insistir em testemunhar discretamente a verdadeira graça de Deus.

 

Se o leitor for alguém que foi chamado para pregar o evangelho, então ele deve fazê-lo com a capacidade que Deus dá: “Aquele em quem está a Minha Palavra, que fale a Minha Palavra, com verdade. Que tem a palha com o trigo? – diz o SENHOR” (Jr 23:28). O Senhor é seu mestre, e Ele cuidadosamente toma nota de tudo o que você faz e como você faz isso. Ele não te recompensará por desobedecer a Sua Palavra. É a fidelidade que Ele valoriza – fidelidade a Ele e à Sua Palavra. Você pode ter pouco do que os homens chamam de sucesso para mostrar por seus esforços, mas no dia vindouro que Ele possa dizer a você: “Bem está, servo bom e fiel” (Mt 25:21, 23).

 

P. Wilson, adaptado de Christian Truth, vol. 7, pág. 303

 

Trabalho Individual 


O que é trabalho individual? É simplesmente dizer aos outros sobre nossa experiência do amor de Cristo, para que eles possam compartilhar d’Ele. Isso não exige um conhecimento especializado do conteúdo da Bíblia, nem habilidade na discussão e poder na argumentação. Ela exige um conhecimento inabalável do que Jesus Cristo fez por nós e um propósito profundamente arraigado de compartilhar esse conhecimento com os outros.


Autor desconhecido

 

 A Soberania e a Responsabilidade no Evangelho

 

A percepção da responsabilidade do homem me energizará para pregar o evangelho. Se eu entendi claramente o terrível fim de uma vida sem Cristo e, por outro lado, sei algo do amor de Deus por essas almas perdidas, isso me dará uma seriedade em trazer o evangelho diante delas. Terei um coração que vai até eles, derrama lágrimas sobre eles e implora a eles que aceitem a Cristo.

 

A percepção da soberania de Deus, por outro lado, me dará paz e descanso na pregação do evangelho, e me afastará de uma atitude frenética e fanática que assume que as almas irão para o inferno se eu não alcançar todas elas.

 

Mais do que isso, devemos reconhecer que é uma obra soberana de Deus pelo Seu Espírito salvar uma alma, seja para iniciar o trabalho ou para completá-lo. Podemos ser instrumentos em Suas mãos, e é um privilégio abençoado ser um, mas devemos lembrar que somos apenas instrumentos, não agentes. Quão linda, completa e equilibrada é a Palavra de Deus!

 

W. J. Prost

 

“Faze a Obra de Um Evangelista”


As questões da vida e da morte, céu e inferno, estão envolvidas na pregação do evangelho. Isso dá uma solenidade peculiar à sua proclamação. “Porque para Deus somos”, diz o apóstolo, “o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes, certamente, cheiro de morte para morte; mas, para aqueles, cheiro de vida para vida. E, para essas coisas, quem é idôneo?” (2 Co 2:15-16). Esta verdade solene e de peso é conhecida por todos os Cristãos, e deve levar todos a vigiar e cuidar da salvação das almas imortais. É verdade que nem todos são evangelistas no sentido de serem pregadores públicos, mas todos podem evangelizar dizendo uma palavra para o coração ou consciência à medida que o Senhor nos dá oportunidade. Tudo o que é necessário para tal trabalho é o amor pelas almas – um amor que age em harmonia com o coração de Cristo. Este é o melhor dom do evangelista. Milhões de almas finalmente estarão no céu e engrandecerão o cântico dos remidos, que foram levados a conhecer o Senhor por uma palavra apropriada, por conversas pessoais e orações. Por mais importante que seja o ministério da Palavra para os Cristãos, nunca é uma questão de vida ou morte.

 

Uma obra para todos fazerem 

O Senhor tem Seus obreiros especiais para os diferentes departamentos de Seu serviço, mas TODOS podem procurar ganhar almas para Cristo. Aquele que disse: “Apascenta os Meus cordeiros” e “Apascenta as Minhas ovelhas”, disse também: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. O grande apóstolo, que cuidou do rebanho de Cristo como ninguém desde então, pôde dizer: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”, e novamente: “Ai de mim se não anunciar o evangelho”, e, com sua última epístola, ele exorta seu filho Timóteo “participa das aflições do evangelho”, e o encarrega de “faze a obra de um evangelista” (At 20:24; Lc 14:23; 1 Co 9:16; 2 Tm 1:8; 2 Tm 4:5).

 

Um sintoma doentio 

“É um sintoma doentio”, disse alguém, “quando o simples evangelho não é apreciado. Isso mostra que a mente está em ação, em vez de a consciência exercitada diante de Deus ou as afeições engajadas com Cristo. O Espírito, que conduz a toda a verdade, conecta tudo em Seu ensino com aquelas grandes verdades primárias: a Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo”. Não são poucos, infelizmente, em nossos dias, que são afetados por esse sintoma pouco saudável. “É apenas o evangelho”, dizem alguns, especialmente aqueles que assumem um tom elevado de espiritualidade e que falam com desdém sobre os fervorosos obreiros do evangelho.

 

Um zelo saudável 

Mas, sejam quais forem os nossos pensamentos individuais sobre o evangelho, somos obrigados a pensar nisso de acordo com a Palavra do Senhor e pela causa dos não-salvos. “Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” (Mc 8:36). Aqui o bendito Mestre assegura a todos os Seus servos que uma alma humana é mais valiosa do que todo o mundo material. E pode ser uma coisa leve aos Seus olhos que qualquer dos Seus servos seja indiferente aos meios do eterno bem-estar daquilo que é tão precioso para Ele? Ele não recomendou, da maneira mais elevada, o zelo dos quatro homens que trouxeram, apesar de todas as dificuldades, o homem paralítico e o puseram a Seus pés? “E Jesus, vendo-lhes a fé” – a deles, não a do paralítico – “disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados” (Mc 2). Nós queremos tal zelo agora, em conexão com toda nossa pregação – corações fervorosos que trariam, na fé, pobres almas paralisadas ao lugar onde o Espírito de Deus está operando. Tal zelo é certamente encontrará sua recompensa brilhante. De nenhum outro modo um pregador pode ser tão ajudado e encorajado. Aquele que então honrou a fé dos quatro é imutável e honra tal fé agora.

 

Uma grande responsabilidade 

Uma grande responsabilidade, portanto, repousa com todos os que conhecem o evangelho – as boas novas da salvação para os perdidos. Reter esta verdade, ou de qualquer forma impedir a sua plena e livre proclamação, é roubar do pecador a sua única esperança do céu, e a Cristo da Sua especial glória como o Salvador. “Pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”. Que dignidade e glória isso dá ao evangelho! Não é nada menos que o poder de Deus – “e qual a sobreexcelente grandeza do Seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do Seu poder; que manifestou em Cristo, ressuscitando-O dos mortos e pondo-O à Sua direita nos céus”. Tais são os maravilhosos resultados da abençoada missão do evangelho da graça de Deus. Levanta todos os que a recebem desde as profundezas de sua culpa e miséria, e os coloca na presença de Deus, perdoados e aceitos no Amado.

 

Este é o evangelho que o Senhor deu a Seus servos, ou, como Paulo expressa: “Conforme o evangelho da glória do Deus bem-aventurado, que me foi confiado” (1 Tm 1:11). Privilégio indizível! Responsabilidade solene! Ser comissionado pelo próprio Senhor para proclamar esse evangelho, longe e perto, que é a mais alta demonstração da glória divina na demonstração mais rica de graça soberana para o homem.

 

Que Ele, em misericórdia, conceda que o leitor e o escritor sejam encontrados fiéis a essa confiança sagrada. E que só o Seu nome tenha todo o louvor e a glória.

  

A. Miller, adaptado de Choice Meditations of the Gospel

 

 Obra Cara a Cara

 

É preciso mais fé e coragem para dizer duas palavras cara a cara com um único pecador do que em um púlpito para repreender duas ou três mil pessoas, que estão prontas para ouvir tudo, em condições de se esquecerem de tudo.


Autor desconhecido

 

A  Pena Capital

 

Nos últimos cinquenta anos, a questão da pena capital (pena de morte) tem sido objeto de controvérsia no mundo. Durante esse tempo, várias nações ocidentais aboliram a pena capital. Por outro lado, a pena capital ainda é praticada em muitas outras nações, particularmente na China e em países muçulmanos, e também em muitos estados dos EUA. Como o crime grave se torna mais um problema, alguns estão pedindo a reintrodução da pena de morte em nações que a aboliram. Outros que são igualmente inflexíveis estão pedindo sua abolição nos EUA e em outros países.

 

Superficialmente, os dois lados podem apresentar argumentos convincentes para sua posição. Aqueles que defendem a pena capital apontam para a crescente violência no mundo e argumentam que apenas a pena capital pode fornecer um verdadeiro impedimento para crimes violentos envolvendo homicídio. Dizem que isso é o meio de intimidação final, pois um assassino executado nunca matará novamente. Aqueles que favorecem a abolição apontam para o fato de que a pena capital é tão definitiva, e que, se alguém é executado de forma errada, ele não pode ser trazido de volta. Desenvolvimentos recentes no campo do teste de DNA tornaram possível determinar com uma precisão surpreendente se as amostras de tecido realmente pertencem ao indivíduo em questão, e esta tecnologia tem algumas vezes fornecido evidência de que alguém foi erroneamente condenado por homicídio. Da mesma forma, os abolicionistas argumentam que um longo período de prisão não é apenas tão dissuasivo quanto a execução, mas que também oferece a oportunidade de uma revisão da condenação se novas evidências se tornarem disponíveis. Eles também argumentam que a execução não prevê qualquer tentativa de reabilitação daquele que foi condenado.

 

Como em todas as questões morais, somente a Palavra de Deus pode nos dar a resposta correta. O homem pode raciocinar, mas Deus nos deu em Cristo por meio da Sua Palavra “tudo o que diz respeito à vida e piedade” (2 Pe 1:3). Vamos examinar a Escritura para ver o que Deus tem a dizer sobre o assunto.

 

Razões bíblicas para a pena capital 

A Escritura mostra que a pena capital é correta, pois Deus a instituiu neste mundo. Existem várias razões que são dadas para isso.

 

A primeira alusão ao assunto é encontrada em Gênesis 4:10, depois que Caim matou seu irmão Abel. Quando o Senhor falou a Caim sobre o que ele havia feito, Ele disse, entre outras coisas: “A voz do sangue do teu irmão clama a Mim desde a terra”. Embora o governo ainda não tivesse sido confiado às mãos dos homens, Deus mostra claramente que o derramamento do sangue do homem era uma coisa muito séria aos Seus olhos e que o sangue daquele que foi morto clamava por Ele.

 

Após o dilúvio, o governo foi formalmente entregue às mãos dos homens, e o Senhor disse a Noé: “E certamente requererei o vosso sangue... Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado” (Gn 9:5-6). Esses versículos mostram claramente que Deus requer a pena capital para expiar o homicídio e dá ao homem a responsabilidade de realizá-la. Apesar das mudanças dispensacionais que surgiram nos tratamentos de Deus com o homem, este mandamento dado ao homem no governo nunca foi revogado. Os princípios morais de Deus não mudam com as dispensações.

 

Quando Ele entregou o governo nas mãos dos homens, Deus deu outra razão pela qual a pena capital é correta. Em Gênesis 9:6, já referido, Ele também diz: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a Sua imagem”. Quando Ele criou o homem, Deus disse: “Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a Terra, e sobre todo réptil que se move sobre a Terra” (Gn 1:26). Assim, o homem é o representante de Deus na Terra, tendo domínio sobre todas as outras criaturas e sobre a própria Terra. Enquanto a semelhança com Deus no homem foi manchada quando ele pecou, ainda assim ele retém a imagem de Deus como Seu representante na Terra. Aquele que tira a vida do homem mata quem está aqui como a imagem de Deus. Por esse crime, Deus exige o sangue do homicida.

 

A necessidade de pena capital também foi reafirmada na lei. Deus disse a Israel por meio da lei: “Assim, não profanareis a terra em que estais; porque o sangue faz profanar a Terra; e nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue que se derramar nela, senão com o sangue daquele que o derramou” (Nm 35:33). Aqui vemos claramente que Deus vê a terra como estando contaminada pelo derramamento de sangue, e Ele diz que ela pode ser purificada somente pelo sangue daquele que derramou o sangue.

 

No Novo Testamento, Deus confirma que espera que o homem exerça governo, até ao ponto de usar a espada. “Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más... Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal” (Rm 13:34). A espada é claramente uma referência à pena de morte que Deus espera que o homem use para lidar com certos crimes, particularmente o homicídio.

 

Salvaguardas e equilíbrio na pena capital 

Surge a questão da “finalidade” ou caráter absoluto da pena de morte. Dada a fragilidade humana, existe a possibilidade de que uma pessoa inocente seja condenada e sentenciada à morte. Eu acredito que a Escritura também responde a esta pergunta para nós.

 

Em primeiro lugar, a lei mosaica claramente salvaguarda o uso da pena de morte. Um suposto homicida não poderia ser condenado por provas circunstanciais, nem poderia ser condenado à morte pelo depoimento de uma testemunha. Números 35:30 diz: “Todo aquele que ferir a alguma pessoa, conforme o dito das testemunhas, matarão o homicida; mas uma só testemunha não testemunhará contra alguém para que morra”. Além disso, a possibilidade de falsas testemunhas era sempre mantida em mente, e a punição era severa para uma testemunha falsa. “Quando se levantar testemunha falsa contra alguém, para testificar contra ele acerca de transgressão... os juízes bem inquirirão; e eis que, sendo a testemunha falsa testemunha, que testificou falsidade... far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e, assim, tirarás o mal do meio de ti” (Dt 19:16, 18-19). Assim, a penalidade por uma testemunha falsa em um caso de homicídio era que ele próprio seria executado – um meio de intimidação muito forte!

 

Mais do que isso, nenhum presente ou suborno foi permitido que pudesse induzir o juiz a diminuir a sentença. Uma vez que sua culpa foi claramente estabelecida, eles deveriam “não tomareis expiação [literalmente resgate] pela vida do homicida” (Nm 35:31). Ele não podia pagar uma multa para evitar a pena de morte, ele deveria ser morto. Da mesma forma, eles não deveriam tomar “expiação por aquele que se acolher à cidade do seu refúgio, para tornar a habitar na terra” (Nm 35:32). Aquele que era culpado apenas de homicídio culposo, não de homicídio intencional, deveria permanecer na cidade de refúgio até a morte do sumo sacerdote. Eles não deviam ter pena dele e tentar encurtar tempo de seu confinamento, pois até mesmo o crime de homicídio culposo era sério. Seja no caso de homicídio culposo ou intencional, os sentimentos humanos não deviam governar a situação, mas sim as reivindicações de Deus.

 

Graça e governo 

Não podemos misturar a graça de Deus a um mundo perdido e a Suas justas exigências em governo. São verdades paralelas, mas diferentes. Alguns tentariam dizer que, porque o Senhor Jesus pregou o perdão, a lei não deveria mais realizar a pena capital. Isso é misturar coisas que diferem. O Senhor Jesus veio em graça, e assim, por exemplo, não condenaria à morte a mulher apanhada em adultério (Jo 8:11). Somente Ele poderia fazer isso, pois Ele iria morrer por ela na cruz. Por outro lado, Ele sustentou a responsabilidade da nação judaica em reconhecer o governo romano e pagar tributo a eles (Mt 22:21). Da mesma forma, podemos pregar Cristo a um homicida convicto e dizer-lhe que ele pode ter pleno perdão diante de Deus, pois Cristo morreu por ele. No entanto, a lei ainda é responsável por executá-lo por seu crime. Vários anos atrás, uma mulher condenada por homicídio nos EUA pediu que sua sentença de morte fosse revogada, alegando que ela havia se tornado uma Cristã “nascida de novo”. As autoridades não consideraram esta uma razão válida para não executá-la, e com razão. A graça não anula o governo, assim como o governo também não anula a graça de Deus!

 

Finalmente, devemos fazer um comentário sobre o lugar do Cristão em tudo isso. O crente está no mundo, mas não é do mundo. Ele não deve estar envolvido no governo, mas antes esperar que o Senhor Jesus Cristo, o legítimo Rei, venha e conserte as coisas. Como um cidadão celestial, sua responsabilidade é obedecer aos poderes que Deus estabeleceu, mas ele não deve estar envolvido no governo deste mundo.

 

Que tenhamos a graça de caminhar por este mundo como crentes, reconhecendo e honrando as reivindicações de Deus, por um lado, mas mostrando Sua graça a todos!

 

W. J. Prost

 

Servindo Cristo

 

Há um gozo em servir a Cristo

Que nada mais pode dar,

As mais ricas bênçãos coroam a vida

Quando para o Senhor vivemos.

 

Nossos “pães e peixes” trazidos a Ele

Ele parte e multiplica

Para alimentar as almas famintas dos homens

Com pão que satisfaz.

 

Como é bom ser um instrumento

Da graça que Ele pode usar

A qualquer hora, em qualquer lugar,

Seja como for, Ele pode escolher.

 

Um vaso purificado e cheio

Com doce água viva,

Uma harpa divinamente afinada e vibrante

No propiciatório do céu!


Ida A. Guirey

 

Jesus disse: “Eu Sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim”

 João 14:6

 

 

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