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Revista mensal publicada originalmente em junho/2007 pela Bible Truth Publishers
ÍNDICE
Tema da edição
W. J. Prost
J. N. Darby
H. Smith, adaptado de uma mensagem
E. Dennett (adaptado)
J. N. Darby, adaptado
W. J. Prost
J. S. Tait
A Casa de Deus
Eu costumava passar por um escritório imobiliário com uma placa que dizia: “Sua casa é onde está seu coração!” O coração de Deus sempre foi ocupado pelo homem, Sua criatura. Ele nos ama tanto que quer habitar conosco, e assim Ele tem, faz e quer. Nos tempos do Velho Testamento Ele habitou entre o Seu povo no tabernáculo e depois no templo. Agora a Igreja se tornou uma “morada de Deus no Espírito”.
Uma casa geralmente reflete o caráter de seu dono. A rainha de Sabá ficou impressionada quando conheceu Salomão e viu sua sabedoria, a casa que ele construiu e tudo o que havia nela, inclusive a comida, as pessoas e suas roupas. A casa de Deus deve ser um lugar onde Sua santidade, Seu amor, Sua ordem e, em resumo, Sua natureza são exibidas e mantidas.
Deus projetou perfeitamente a Sua casa. Ele forneceu alimento espiritual rico e saudável para todos que estão dentro dela. Também forneceu a Seus servos belas vestes de salvação. Ele deu instruções perfeitas de como eles devem se comportar em Sua casa, manifestando Seu caráter na vida de cada um deles e juntos sendo coluna e a base da verdade no mundo onde a casa está.
Vamos olhar novamente para a casa de Deus, onde Ele habita conosco, para desfrutar do privilégio de estar ali e para refletir também sobre o nosso comportamento na casa.
Tema da edição
Privilégios e Responsabilidades na Casa de Deus
Sempre foi o desejo de Deus habitar entre o Seu povo, tanto para desfrutar da companhia deles como para que eles desfrutem da Sua. É verdade que não encontramos a casa de Deus em Gênesis, mas logo que a redenção foi trazida e o povo de Deus, Israel, foi libertado do Egito, Deus imediatamente pediu que Lhe construíssem um tabernáculo para que pudesse morar entre eles.
De maneira semelhante no Novo Testamento, encontramos Deus querendo habitar entre o Seu povo como a casa de Deus e formando esta casa no dia de Pentecostes. Contudo, há esta diferença, que o tabernáculo foi caracterizado por comunicações de Deus que exigiram algo do homem, enquanto o dia de Pentecostes foi caracterizado pela comunicação de bênçãos de Deus ao homem. Em cada caso, porém, descobrimos que a casa de Deus está conectada tanto com privilégios como com responsabilidades.
Se a verdade da Igreja como o corpo de Cristo leva nossos pensamentos até nossa Cabeça no céu, a casa de Deus traz diante de nós o lugar da Igreja agora na Terra. A responsabilidade é certamente proeminente quando pensamos na casa de Deus, mas é notável que a Escritura traga diante de nós, antes de tudo, nossos maravilhosos privilégios na casa de Deus. Há pelo menos três privilégios que caracterizam a casa de Deus no Novo Testamento, privilégios que não estavam presentes anteriormente.
Privilégio – pecados perdoados
Primeiro de tudo, os crentes na casa de Deus (pelo menos de acordo com os pensamentos originais de Deus sobre Sua casa) sabem que seus pecados são perdoados, e assim podem estar completamente à vontade na presença de Deus. Pedro pôde dizer: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (At 3:19). Os crentes no Senhor Jesus têm a certeza de que o sangue de Cristo aniquilou todo pecado, pois “o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1:7). Estamos “em casa” na casa de Deus, pois os que estão naquela casa não têm mais “consciência de pecado” (Hb 10:2).
A presença do Espírito Santo
Em segundo lugar, a casa de Deus hoje é caracterizada pela habitação permanente do Espírito de Deus, pois “também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2:22). Os crentes não apenas tem o Espírito habitando neles individualmente, mas são trazidos para a casa de Deus onde o Espírito habita. Este é um privilégio inestimável que não fazia parte de qualquer dispensação anterior e não ocorrerá depois que a Igreja for chamada para casa.
O Espírito está ali por dois motivos. Primeiro de tudo, Ele está ali para tornar Deus conhecido ao homem e para ministrar as glórias de Cristo aos redimidos. O Senhor Jesus pôde dizer do Espírito: “Ele Me glorificará, porque há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar” (Jo 16:14). Todas as glórias de Cristo são agora reveladas pelo Espírito, como Paulo pôde dizer: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu... são as [coisas] que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo Seu Espírito” (1 Co 2:9-10). Em segundo lugar, o Espírito está na casa de Deus para conduzir nosso coração em louvor e ação de graças a Deus, em resposta ao Seu amor. Pedro nos diz que somos uma “casa espiritual... para oferecerdes sacrifícios espirituais” e “para que anuncieis as virtudes d’Aquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Pe 2:5, 9).
O privilégio do batismo
Finalmente, os que estão na casa de Deus têm o privilégio do batismo – de assumir de maneira prática a posição de estar morto com Cristo e levar Seu nome neste mundo. Entramos na casa pela fé na obra de Cristo e depois pelo batismo em Seu nome. Que privilégio é levar o Seu nome e honrá-Lo no mundo que O rejeitou!
Responsabilidade – Santidade
É um princípio de Deus, no entanto, que privilégios sempre trazem consigo responsabilidades. Na casa de Deus, há sérias responsabilidades que acompanham o fato de estarmos lá, e elas não devem ser menosprezadas ou negligenciadas. Primeiro de tudo, a santidade deve caracterizar a casa de Deus. O princípio é claramente afirmado mesmo no Velho Testamento: “A santidade convém à Tua casa, SENHOR, para sempre” (Sl 93:5). Quão mais importante isso se torna à luz do Cristianismo! Paulo escreveu a Timóteo para que ele soubesse como se comportar na casa de Deus (1 Tm 3:15), e assim que Pedro introduziu o pensamento da casa de Deus em sua primeira epístola, ele deu instruções sobre nosso comportamento ali.
A Escritura traz diante de nós a casa de Deus como Ele a construindo, em perfeição, mas também nos mostra o aspecto da responsabilidade do homem em construir. Em conexão com esta responsabilidade, Paulo pôde falar de ter estabelecido o fundamento, mas então emitiu a advertência: “Mas veja cada um como edifica sobre ele” (1 Co 3:10). Neste caso, alguém pode ser um verdadeiro crente, mas construir de tal maneira a desonrar o Senhor, na casa de Quem ele está. Quantas doutrinas e práticas más foram introduzidas na casa de Deus na Terra, e quantos foram introduzidos que nem eram verdadeiros crentes! Isso é muito mais sério do que se alguém fizesse isso sob o guarda-chuva de uma religião falsa, pois está introduzindo o mal no lugar onde o Espírito de Deus habita. A santidade de Deus deve ser primordial, seja em nossa caminhada pessoal ou em nosso trabalho para o Senhor.
O senhorio de Cristo
Outra responsabilidade está ligada à santidade, a saber, o reconhecimento do senhorio de Cristo. Cristo é “Filho, sobre a Sua própria casa” (Hb 3:6), e os que estão na casa são responsáveis por se submeterem à Sua autoridade. Não podemos nos comportar de maneira desordenada na casa de Deus mais do que poderíamos em uma casa sob a autoridade de um homem. “Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade” (2 Tm 2:19).
A coluna e a firmeza da verdade
Nos primeiros dias da Igreja, Paulo pôde escrever a Timóteo e usar a expressão: “A casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3:15). A Igreja, em seu caráter de casa de Deus, é responsável por ser “a coluna e firmeza da verdade”. Essas palavras estão diretamente relacionadas à Igreja como um edifício, pois um edifício que se mantenha de pé deve ter uma base adequada e uma estrutura sólida nessa base. A Igreja em si não ensina, mas é ensinada pelo Espírito Santo por meio da Palavra de Deus e dos vários dons que Deus deu a ela. Então, é responsável para usar o que foi ensinado para apoiar a verdade comprometida com isso.
A história da Igreja mostra quão deficientemente o homem se conduziu na casa de Deus, e na época em que Paulo escreveu a segunda epístola a Timóteo, o Espírito Santo a caracterizou como uma “grande casa” (2 Tm 2:20). Se as fundações não forem mantidas e a estrutura não for construída de acordo com a Palavra de Deus, a casa deixará de ser a casa de Deus e não mais será “a coluna e firmeza da verdade”. O declínio já havia começado enquanto Paulo ainda estava vivo, mas a expressão “uma grande casa” antecipa a completa ruína do testemunho de Deus neste mundo e a resultante “grande casa” chamada Cristandade. O que Deus constrói em perfeição, é claro, nunca pode ser estragado pelo homem, mas o que Deus confiou ao homem em responsabilidade foi tristemente arruinado em sua mão. Por essa razão, a Igreja como tal nem é mencionada em 2 Timóteo; em vez disso, tornou-se a “grande casa” da profissão.
Santificação na grande casa
A grande casa não tem apenas “vasos de ouro e de prata”, mas também tem “pau e barro” (2 Tm 2:20). Alguns vasos são “para honra”, mas alguns “para desonra”. Um verdadeiro crente não é chamado a deixar a grande casa, nem pode fazê-lo, mas agora ele deve estar preparado para “se purificar” dos vasos de desonra. Só assim ele pode ser um “vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra” (2 Tm 2:21). Quando ele fizer isso, ele se encontrará em companhia de outros que também fizeram isso e que “com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2:22).
Apesar da casa de Deus ter se tornado uma “grande casa”, os privilégios e responsabilidades ligados a ela permanecem os mesmos. O Senhor é o mesmo, Seu Espírito ainda está aqui até que o Senhor venha, e nós ainda podemos levar o Seu nome diante do mundo. Temos uma responsabilidade na casa, pois a expressão “o homem de Deus” (2 Tm 3:17) é sempre usada em conexão com a fidelidade quando há um afastamento geral de Deus. Sempre será possível agir em fidelidade e desfrutar dos privilégios da casa de Deus até que o Senhor venha e nos chame para casa.
W. J. Prost
A Grande Casa
A primeira epístola a Timóteo descreve para nós a ordem da casa de Deus e como o homem deve se comportar na casa de Deus. A segunda epístola a Timóteo dirige a conduta dos fiéis quando a confusão chegasse. Já [quando Paulo escreveu] as coisas Cristãs não estavam mais na condição em que estavam anteriormente. No início, “todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar”. Eles foram manifestados e foram adicionados à vista do mundo a um corpo bem conhecido. Agora, quando o apóstolo escreve sua segunda epístola a Timóteo, isso já tinha mudado. Tudo o que ele pode dizer é: “O Senhor conhece os que são Seus”. Eles podem de fato estar escondidos do homem, pois os sete mil estavam escondidos de Elias. Mas junto com isso, há uma regra para o fiel: “E qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade”. Então vem o pensamento da grande casa. Devemos esperar encontrar em uma grande casa vasos para desonra, bem como vasos para honra, mas, novamente, há uma regra para o fiel. Ele deve se purificar dos vasos de desonra, e não apenas para isso, ele deve seguir “a justiça, a fé, a caridade [ou amor] e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor”. Neste estado de desordem, não posso conhecer, como no princípio, todos aqueles que pertencem a Deus, mas quanto à minha própria caminhada, devo associar-me com aqueles que têm um coração puro.
J. N. Darby
O Padrão da Casa
“Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel esta casa, para que se envergonhe das suas maldades; sirva-lhe ela de modelo. E, envergonhando-se eles de tudo quanto fizeram, faze-lhes saber a forma desta casa, e a sua figura, e as suas saídas, e as suas entradas, e todas as suas formas, e todos os seus estatutos, e todas as suas formas, e todas as suas leis; e escreve isto aos seus olhos, para que guardem toda a sua forma e todos os seus estatutos e os cumpram. Esta é a lei da casa” (Ez 43:10-12).
O padrão e lei de Ezequiel
Ezequiel foi o profeta do cativeiro; ele estava falando ao povo de Israel quando eles foram mantidos em cativeiro por causa de suas iniquidades. Há duas coisas que foram ditas ao profeta para que ele fizesse. Primeiro, ele deveria mostrar o padrão “da casa”. Então ele diz em essência uma segunda coisa: “Se essas pessoas se envergonharem do modo como se afastaram do modelo, você pode continuar e mostrá-las a lei da casa”. Há então estas duas coisas: (1) o modelo da casa e (2) a lei da casa.
Deus tem a Sua casa e Ele tem os Seus princípios para a administração da Sua casa; você não pode ter um padrão próprio e depois tentar executar esse padrão nos princípios de Deus. Assim, a menos que o povo se arrependesse, o profeta não tinha mais nada a dizer para eles, mas se eles se arrependessem, se eles reconhecessem que haviam se desviado do padrão, ele poderia dizer-lhes a lei da casa.
A casa de Deus hoje
Chegando agora aos tempos do Novo Testamento, descobrimos que Deus ainda tem a Sua casa na Terra. De Efésios 2 e 1 Timóteo 3, é muito evidente que a casa de Deus hoje não é formada de pedras materiais. É uma casa formada de pedras vivas, de crentes. Além disso, Deus nos deu o modelo de Sua casa, bem como a lei – o princípio – sobre o qual Sua casa é administrada. Agora, a fim de trazer diante de vocês a imensa importância desta grande verdade, vamos brevemente ver o lugar de importância que a casa de Deus tem no Novo Testamento.
Em Atos, vemos o modelo exemplificado de uma maneira prática;
Em 1 Timóteo encontramos o modelo da casa de maneira doutrinal;
Em 1 e 2 Coríntios, temos a lei da casa – os princípios divinos para a administração da casa, tais como associação, comunhão, santidade, liberdade, amor, edificação e separação;
Em Apocalipse 2-3, temos a história profética da Igreja como a casa de Deus em responsabilidade dos homens e o julgamento resultante;
Em 2 Timóteo, recebemos instruções sobre como andar num dia de ruína;
Em Apocalipse 21, na visão daquela cidade magnífica, temos apresentada a nós simbolicamente a casa de Deus em manifestação milenar.
A partir dessas Escrituras, você verá que uma parte muito grande do Novo Testamento é tomada com instruções sobre a assembleia, vista como a casa de Deus.
O padrão em Atos 2
Volte a Atos 2 para alguns fatos definidos que nos trazem o padrão da casa de Deus de uma maneira prática. Ao olharmos a nossa volta hoje, vemos a Cristandade dividida em inúmeras seitas, cada uma tendo uma forma especial de governo eclesiástico, mantendo credos distintos e conduzindo serviços de acordo com formas e cerimônias especiais. Vemos também um vasto número de sociedades e organizações para enviar missionários e geralmente conduzir trabalhos religiosos, e neles vemos homens dedicados pelos quais podemos verdadeiramente agradecer a Deus.
Mas, ao vermos todo esse vasto mecanismo para levar adiante o serviço de Deus, podemos nos perguntar: É de acordo com o padrão? Esta, certamente, é uma pergunta apropriada a ser feita e, para responder a essa pergunta, devemos voltar ao Livro para ver a ordem apropriada para a casa de Deus. Para obter uma verdadeira concepção da casa de Deus, devemos buscar o padrão da casa de Deus conforme apresentado na Escritura, voltando aos dias pentecostais. Ouvimos muito hoje em dia sobre voltar ao poder exterior de Pentecostes; eles gostariam que voltassem as línguas, curas e milagres. Não tenho esse pensamento de tentar voltar ao poder exterior do Pentecostes, mas procuraria voltar aos princípios divinos dos dias de Pentecostes. O Espírito Santo ainda está aqui!
Três grandes fatos
No capítulo de abertura dos Atos, nos deparamos com três grandes fatos. Primeiro, a redenção está completada. Segundo, o Senhor Jesus Cristo é recebido em glória e, terceiro, o Espírito Santo é recebido na Terra. A Igreja não poderia existir sem a realização desses três fatos estupendos. A redenção deve ser realizada para remover tudo o que impediria que Deus tivesse Sua Igreja, então o Senhor Jesus Cristo deve tomar o Seu lugar em glória, e o Espírito Santo deve descer à Terra. Hoje há um Homem, um Homem real, na glória, e há uma Pessoa divina na Terra. Eles são perfeitamente adequados e perfeitamente competentes para mostrar essas coisas para você e para mim.
Sete práticas em Atos 2
Agora, quero apresentar a você de uma maneira simples sete declarações em Atos 2 que, acredito, nos darão uma ideia do padrão da casa de Deus. A primeira grande coisa que vem diante de nós neste capítulo é a presença, o poder e o controle do Espírito Santo. No instante em que o Espírito Santo vem, tudo o que esses discípulos fazem está no poder e sob o controle do Espírito Santo. Eles proclamam as boas novas “conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. O Espírito Santo está presente na casa de Deus para assumir todo o controle. Deixe-me dizer também que onde está o Espírito Santo, não pode haver lugar para a carne.
A segunda grande declaração que flui deste capítulo é que a casa de Deus é o lugar onde a disposição de Deus para com os homens é tornada conhecida. Este é um grande e importante pensamento na casa de Deus. Quando a casa de Deus é formada, os homens começam a ouvir as maravilhosas obras de Deus. Quando ela é formada, sai desta casa esta maravilhosa mensagem que diz ao mundo a disposição de Deus para aquelas mesmas pessoas que expulsaram Seu Filho. A casa de Deus é o lugar onde Deus é conhecido. Irmãos, se abrirmos mão do evangelho, nos afastamos do padrão da casa.
Uma terceira declaração está no versículo 41. A casa de Deus era formada por um povo que estava separado deste mundo. Diz: “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra”. Eles eram uma companhia separada. O batismo apresenta a ideia de separação. Os convertidos foram separados do círculo deste mundo e foram trazidos para o círculo Cristão pelo batismo – a figura da morte.
Uma quarta declaração está no versículo 42. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos”, ou no ensinamento dos apóstolos. A casa de Deus é o lugar do ensino divino. Temos a doutrina dos apóstolos nas epístolas. Temos toda a mente de Deus revelada nas Escrituras e, especialmente, nas epístolas de Paulo. Queremos voltar à Palavra e ter nossos pensamentos formados pelo ensinamento dos apóstolos.
A quinta declaração é que eles permaneceram em “comunhão”. É a comunhão de Jesus Cristo, nosso Senhor – não apenas comunhão com o Seu Filho, mas com a comunhão de Seu Filho. A comunhão é um pensamento muito simples; significa que nós participamos em comum, e isso envolve um vínculo que nos une. Participamos em comum no domínio e administração do Senhor Jesus Cristo, reconhecemos um só Senhor, Ele é o elo de nossa comunhão e, amados irmãos, somos responsáveis por sermos fiéis a essa comunhão.
A sexta declaração é: “E perseveravam... no partir do pão”. No partir do pão, nos comprometemos formalmente a ter comunhão na morte de Cristo. “O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?” Quando tomamos a ceia do Senhor, isto é algo que fazemos. Comprometemo-nos formalmente com a morte de Cristo. Lembrando-nos d’Ele em Sua Morte.
A sétima declaração é: “E perseveravam... nas orações”. Aqui, então, é a última grande marca da casa de Deus. É marcado por ser um lugar de oração. É um lugar onde podemos entrar em contato com Deus. É um lugar onde expressamos nossa dependência de Deus.
Que o Senhor nos dê um senso mais profundo do padrão da casa de acordo com a Sua própria mente, e que esse padrão seja transferido das Escrituras para nosso coração e mente, para que possamos procurar andar e viver de acordo com os princípios e padrões da casa de Deus!
H. Smith, adaptado de uma mensagem
A Casa de Deus Traçada pela Escritura
O tabernáculo no deserto
Está claro na Escritura que Deus não habitou na Terra antes da redenção de Israel do Egito. Ele visitou Adão no paraíso e apareceu a Abraão, Isaque e Jacó. Ele também Se revelou a Moisés no deserto e no monte de Deus. Mas depois da redenção do Egito, o Senhor disse a Moisés: “E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx 25:8). Esta é realmente a primeira menção de uma morada para Deus na Terra.
O pensamento de habitar no meio do Seu povo veio primeiro do próprio Deus, e isto está em harmonia com os Seus próprios propósitos de graça na redenção. Nós lemos que o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo “nos elegeu n’Ele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante d’Ele em caridade [amor – ARA]” (Ef 1:4). Naquela eternidade passada, Deus habitou na perfeição de Sua própria bem-aventurança, mas na plenitude de Sua graça propôs cercar-Se de um povo redimido que deveria ser para Seu próprio gozo e para a glória de Seu amado Filho. Gradualmente, Seus propósitos foram revelados em figuras e sombras, em Seus caminhos com Abel, Enoque, Noé e os patriarcas, e finalmente na libertação dos filhos de Israel do Egito. Daí em diante eles eram um povo redimido.
Tendo agora escolhido e redimido um povo para Si mesmo, o Senhor anuncia Seu desejo de habitar entre eles. No entanto, enquanto a Sua morada no meio de Israel indicava toda a verdade da redenção, era apenas uma sombra do cumprimento de todos os Seus conselhos de graça na eternidade. Foi apenas uma antecipação do tempo em que o tabernáculo de Deus (a Igreja, a cidade santa, preparada como uma noiva adornada para seu marido) estará com os homens, e Ele habitará com eles, e eles serão Seu povo (Ap 21).
O templo de Salomão
O tabernáculo foi levado pelos filhos de Israel para Canaã e foi armado em Siló. Aqui foi chamado “a tenda da congregação” (1 Sm 2:22), mas também “o templo do SENHOR” e “a Casa do SENHOR” (1 Sm 3:3, 15). Esses últimos nomes prenunciavam a casa que mais tarde seria construída em Jerusalém. Enquanto os filhos de Israel eram peregrinos, o próprio Deus habitou em uma tenda, mas quando Ele estabeleceu a glória do reino, foi erigida uma casa que em certa medida deveria ser a expressão de Sua majestade.
Assim como no tabernáculo, o plano do templo foi divinamente comunicado. Tudo o que Salomão fez estava de acordo com as instruções que recebeu. O próprio local tinha sido escolhido por Deus, assim como o design e a maneira de construí-lo. Embora confiado a mãos humanas para ser erigido, o edifício era divino, pois pensamentos humanos e concepções humanas não devem se intrometer nas coisas de Deus.
O templo após o retorno da Babilônia
O templo de Salomão durou até a sua destruição por Nabucodonosor, e Ezequiel descreve a partida da glória do Senhor, mesmo antes de ser consumido pelo fogo pelos caldeus. Mas depois de setenta anos, o Senhor despertou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, “para edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá” (Ed 1:2). Esta casa tomou o lugar daquela que Salomão havia construído. Houve, no entanto, diferenças importantes. Nenhuma nuvem ou glória do Senhor encheu esta casa, como no caso do tabernáculo e do primeiro templo, e nenhum fogo desceu do céu para consumir seus sacrifícios, como com Moisés e com Salomão. É este fato que torna o paralelo entre este remanescente e a Igreja tão interessante, que a posição deste débil remanescente nos tipifica. Deus aceitou seus sacrifícios e habitou em Sua casa, mas era inteiramente uma questão de fé baseada na Palavra de Deus. Da mesma forma, a presença do Senhor Jesus Cristo no meio daqueles reunidos ao Seu nome é apreendida apenas pela fé (Mt 18). Mas o Senhor considerou esta como Sua casa e, por meio do profeta Ageu, Ele a identificou com aquela que a precedeu. A casa era apenas uma na mente divina e, portanto, a habitação de Deus igualmente com o templo de Salomão.
Esta casa existiu até o tempo de Herodes, o Grande, que a reconstruiu em uma escala de grandeza e magnificência. É um fato muito notável que, mesmo que este templo tenha sido construído por um rei estrangeiro, o próprio Senhor o reconheceu como sendo a casa de Seu Pai. Ele não a abandonou até Sua rejeição por Seu povo. Então Ele pronunciou a sentença: “Eis que a vossa casa vos ficará deserta” (Mt 23:38).
A Igreja – a Casa de Deus
Nós traçamos a história da casa de Deus desde Êxodo até o fim da dispensação mosaica. Durante a vida de nosso Senhor na Terra, contudo, houve premonições da mudança vindoura. Falando aos judeus, Ele disse: “Derribai este templo, e em três dias o levantarei... Mas...”, o evangelista nos diz: “... Ele falava do templo do Seu corpo” (Jo 2:19, 21). Ele disse a Pedro, além disso, em sua confissão de que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja” (Mt 16:18). Se passarmos para o dia de Pentecostes, vemos que Deus começou então a habitar na Terra de um modo novo e duplo. O Espírito Santo desceu de acordo com a Palavra do Senhor. O efeito foi que Deus, pelo Espírito, fez Seu templo no crente individual (veja 1 Co 6:19), e Ele fez Sua habitação com os crentes coletivamente, como Paulo escreve aos Efésios, “Vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2:22). A casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, foi agora formada.
Em Atos 2, temos não apenas a construção da casa de Deus, mas também o modo de entrar nela. Quanto à construção da casa, no dia de Pentecostes os discípulos estavam todos unidos em um só lugar. O mesmo poder divino que os salvou pela fé no Senhor Jesus os reuniu neste dia juntos e os colocou silenciosamente em seus lugares designados na única pedra fundamental para formar a habitação de Deus na Terra por meio do Espírito. Assim, o edifício foi erguido. Outros poderiam entrar e, de fato, seriam trazidos para formar parte da casa – “E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar” (v. 47) – mas ainda assim a casa de Deus foi construída. Neste aspecto, a casa de Deus é sempre vista como completa, embora outros crentes sejam continuamente trazidos para ocupar seus lugares designados no edifício.
Havendo a casa de Deus sido construída, encontramos o caminho muito claramente indicado pelo qual as almas deveriam ser trazidas para ela. Duas coisas devem ser feitas – elas deveriam se arrepender e serem batizadas ao nome do Senhor Jesus. Eles não deveriam apenas acreditar no testemunho sobre Sua morte, ressurreição e lugar presente à destra de Deus, mas elas também devem ser identificadas com Ele em Sua morte. Aceitando a morte por si mesmos (por meio do batismo), eles seriam, assim, em figura, dissociados do homem e trazidos ao terreno da associação com a morte de Cristo. De agora em diante, eles aceitariam para si o lugar de estarem mortos – morto com Cristo – neste mundo. Uma vez que esta morte com Cristo é o terreno Cristão, e uma vez que o batismo é o modo divinamente designado de entrada nela, não há, consequentemente, outro caminho para a casa de Deus na Terra. Portanto, era necessário que esses judeus se arrependessem e fossem batizados ao nome do Senhor Jesus. A fé em Cristo seria produzida pelo Espírito de Deus operando por meio do testemunho que haviam ouvido, enquanto que pelo batismo eles seriam publicamente separados da nação que havia crucificado o Senhor Jesus. A partir daquele momento, eles deixariam de ser judeus e seriam trazidos para a casa de Deus.
A casa construída pelo homem
Em 1 Coríntios 3, Paulo mostra a responsabilidade dos obreiros de Deus na obra confiada aos seus cuidados. Ele diz: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (vs. 10-11). Duas coisas vão ao mesmo tempo atingir o leitor em contraste com o que foi considerado anteriormente. Primeiro, o apóstolo fala de si mesmo como quem colocou o fundamento, e segundo, ele fala de si mesmo e de outros como construindo sobre ele. Isso é algo muito diferente daquele contido nas palavras do Senhor a Pedro: “sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja”. É essa diferença que explica os dois aspectos da casa de Deus. A obra de Cristo na edificação de Sua Igreja deve necessariamente ser perfeita. Sendo Ele mesmo o fundamento, toda pedra que Ele coloca nela deve ser uma pedra viva. Mas como essa Escritura em 1 Coríntios ensina, Ele também confia a obra de edificação a Seus servos e os responsabiliza pelo caráter de seu trabalho. Paulo pode dizer: “Pus eu o fundamento”, pois ele foi o primeiro a proclamar o evangelho em Corinto, e assim foi o meio de formar a assembleia de Deus naquela cidade. Ele estabeleceu o fundamento como um sábio mestre-construtor, e adverte os outros quanto à maneira como eles poderiam construí-lo.
O aspecto final da Igreja
O último aspecto da Igreja como a casa de Deus na Terra é apresentado em Efésios 2:21 e Apocalipse 21:23. O templo em Efésios 2 ainda não está concluído. O apóstolo diz: “o qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor” (v. 21). O templo estava em processo de construção – estava crescendo.
O templo neste aspecto inclui todos os santos de Deus desta dispensação, desde o dia de Pentecostes até a volta do Senhor, enquanto a casa ou a habitação de Deus, como foi explicada antes, é considerada completa em qualquer momento dado. Se nos voltarmos para Apocalipse 21, encontraremos os mesmos dois aspectos – a Igreja como a noiva de Cristo e como o tabernáculo (não como o templo aqui) de Deus. “E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa [noiva – ARA] ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (vs. 2-3) O primeiro céu e a primeira Terra haviam passado, e um novo céu e uma nova Terra haviam surgido, onde a justiça poderia eternamente habitar. A nova criação foi consumada. A Igreja como a noiva, a esposa do Cordeiro, agora desce sobre a nova Terra, e em conexão com isso é feita a proclamação: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens”. Sua morada havia sido na Terra por meio do Espírito, e agora, completada como o templo, tornou-se Seu tabernáculo para a eternidade, um privilégio especial, que não é permitido aos santos de outras dispensações compartilhar. Eles cercam o tabernáculo, e Deus os levará ao desfrute do relacionamento com Ele mesmo e será o seu Deus.
E. Dennett (adaptado)
Julgamento na Casa de Deus
Deus julga tudo de acordo com a Sua própria natureza. Ele deseja que tudo esteja de acordo com a Sua natureza. E naquilo que está mais próximo a Ele, Ele deve acima de tudo desejar que tudo corresponda à Sua natureza e Sua santidade – a tudo o que Ele é. Assim, o julgamento deve começar na casa de Deus. É um princípio solene. Nenhuma graça, nenhum privilégio, muda a natureza de Deus, e tudo deve ser conformado a essa natureza, ou, no final, deve ser banido de Sua presença. A graça pode nos conformar, e nos conforma. Ela concede a natureza divina, de modo que existe um princípio de absoluta conformidade com Deus.
J. N. Darby, adaptado
Desenvolvimentos Recentes na Rússia
A reunião dos ministros das Relações Exteriores da Índia, China e Rússia, em Nova Deli, na Índia, em 14 de fevereiro de 2007, sinalizou uma aproximação cada vez maior entre as três nações. Além disso, é claro que a Rússia está especialmente interessada na cooperação trilateral entre esses três grandes países e fomentou a ideia de uma maior consulta entre eles. Não há dúvida de que todos os três estão buscando seguir políticas externas que atendam cada vez mais a seus interesses nacionais, mas é a Rússia que provavelmente tem mais a ganhar com fortes laços com a Índia e a China. Com a economia da China agora em quarto lugar no mundo e a Índia se tornando uma força econômica maior, é certamente uma vantagem para a Rússia buscar uma associação mais próxima com eles.
Todos os três estão preocupados com problemas no Iraque, Irã, Afeganistão e Coréia, e cada um também tem movimentos separatistas dentro de suas próprias fronteiras. Além disso, a China e a Índia são deficientes em energia, enquanto a Rússia tem enormes recursos em petróleo e gás natural. Todos os três países tradicionalmente dirigem suas políticas externas em uma direção similar, já que seu pensamento político tem sido geralmente contra o Ocidente. Por essas e outras razões, eles têm muito em comum.
Vladimir Putin
Nos anos 90, depois que a antiga União Soviética se desfez, a Rússia estava em situação desesperadora. Sua economia estava em frangalhos, a comida era escassa e o maquinário básico do estado praticamente paralisado. A segurança nacional era inepta e incapaz de lidar com o vazio produzido pelo colapso do governo comunista, e o país ficou aberto ao caos e à exploração. Além disso, ela foi relegada pelo Ocidente à irrelevância estratégica na era pós-Guerra Fria. Quando várias medidas não conseguiram corrigir o problema, Boris Yeltsin por fim nomeou Vladimir Putin como primeiro-ministro em 1999, e pouco depois ele se tornou presidente em exercício no lugar de Yeltsin. Quando ele concorreu à presidência no ano 2000, ele foi eleito com uma maioria de votos, e em 2004 ele foi reeleito com uma maioria esmagadora.
Um ex-agente da KGB, Putin é duro, franco e muito nacionalista. Embora afirme garantir as conquistas democráticas na Rússia, ele se tornou cada vez mais autoritário. Em um país que tem sido tradicionalmente governado com um “punho de ferro”, ele goza de um índice de aprovação de 75% e a confiança da maioria da comunidade empresarial. Os altos preços das exportações de petróleo e gás alimentaram a prosperidade e a recuperação econômica, produzindo uma sensação de estabilidade que atrai muitos russos. Para seus admiradores, ele representa a ordem e a estabilidade, embora seus críticos temam que a repressão se esconda em segundo plano. Seu patriotismo e nostalgia pela URSS são muito evidentes. Seu objetivo é claramente promover a recuperação econômica e, finalmente, restaurar a influência da Rússia no mundo.
O papel futuro da Rússia
Onde tudo isso nos deixa na luz da Palavra de Deus? Está claro na profecia que a Rússia não será apenas uma nação poderosa, mas também desempenhará um papel importante nos eventos mundiais no final da grande tribulação. Quando o colapso da União Soviética resultou na dramática diminuição do poder e influência da Rússia, muitos crentes que entenderam a profecia se perguntaram como ela se tornaria proeminente novamente. Agora vemos um homem no poder que bem pode fazer isso.
As três confederações
Podemos muito bem perguntar onde tudo vai acabar, mas a Palavra de Deus claramente nos dá a resposta. No final da grande tribulação, haverá três grandes confederações que estarão envolvidas com Israel. Antes de mais nada, a confederação ocidental sob a besta romana encontrará sua destruição às mãos do Senhor e dos exércitos do céu. Nós lemos sobre isso em Apocalipse: “E vi a besta, e os reis da Terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra Àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao Seu exército. E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela... Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo” (Ap 19:19-21).
Antes disso, o rei do norte (chamado na Escritura, o assírio e provavelmente uma confederação das nações árabes), terá descido para atacar Israel. Está claro em Daniel 8:24 que ele “se fortalecerá a sua força, mas não pelo seu próprio poder”. Outra nação vai apoiá-lo, muito provavelmente a Rússia e seus aliados. Ele passará pela terra de Israel, causando terrível derramamento de sangue e destruição, e continuará no Egito. Mas então “os rumores do Oriente e do Norte o espantarão” (Dn 11:44), fazendo com que ele retorne à terra de Israel. Possivelmente estas notícias anunciarão a chegada dos exércitos da besta, que vem defender Israel, tendo ouvido falar da invasão do rei do norte. Ele (o rei do norte) se levantará contra o Senhor em batalha (Dn 8:25), mas será destruído (Dn 11:45). É evidente que a Rússia não virá em seu auxílio, pois “não haverá quem o socorra” (Dn 11:45).
Israel restabelecido
Nesse momento o Senhor restabelece o verdadeiro remanescente de Israel em sua Terra, e sob Sua proteção Israel prospera e está em repouso. Então a Rússia e seus aliados, vendo que todos os outros inimigos estão destruídos, pensam em “tomar o despojo, e de arrebatar a presa” (Ez 38:12). A Rússia virá contra Israel “como uma nuvem, para cobrir a Terra” (Ez 38:16), tão grandes serão os exércitos envolvidos. No entanto, desta vez não lhe será permitido tocar em Israel. O Senhor diz: “E te farei voltear... Nos montes de Israel, cairás” (Ez 39:2, 4). Tão maciça será a destruição que o povo de Israel passará sete meses enterrando os mortos (Ez 39:12), e sete anos queimando as armas de guerra (Ez 39:9-10). O resultado final será que “Me farei conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que Eu Sou o SENHOR” (Ez 38:23).
Embora a Rússia (junto com muitas outras nações) esteja flexionando seus músculos hoje, Deus nos diz que “os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada; e só o SENHOR será exaltado naquele dia” (Is 2:11). O julgamento necessário para realizar isso é terrível de contemplar, mas nosso coração pode olhar para cima, pois a esperança do crente é que o Senhor nos chame de volta antes que tudo isso aconteça. Os julgamentos, embora terríveis, inaugurarão um tempo de bênção maravilhosa para este mundo. “Havendo os Teus juízos na Terra, os moradores do mundo aprendem justiça” (Is 26:9). Mais importante, o Senhor Jesus será, então, vindicado no mundo que O rejeitou e terá o Seu legítimo lugar de poder e autoridade. Por esta razão, nós que conhecemos e amamos o Senhor Jesus também “amamos a Sua Aparição” (2 Tm 4:8 – JND), e haverá uma “coroa de justiça” para aqueles que anseiam por aquele dia. “Ora, vem, Senhor Jesus!”
W. J. Prost
Moradas Apostólicas
Duas casas te são dadas para morar;
Feliz és Tu, se bem utilizares ambas;
A uma tu sobes alto, com pés dispostos,
Acima do mundo, a encontrar teu Senhor ressuscitado;
A outra fica aberta, livre, para a rua movimentada
Para que os homens enfermos pelo pecado possam vir te encontrar.
O sopro do céu se deleita em teu cenáculo;
Tua “casa alugada” convida os gemidos daTerra;
Então, com uma dupla graça, tua vida é coroada:
Comunhão pura e empatia profunda;
Amor a teu Senhor, e amor a todos ao redor.
J. S. Tait
“Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa, mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade”
1 Timóteo 3:14-15
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